Bodegas Roda é o Top dos vinhos espanhóis da Ravin

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Sonhar sempre é possível, concretizar um sonho é uma alegria marcante.

É desta forma que a Ravin trouxe para incorporar seu conjunto de produtores e produtos um dos mais renomados e consagrados (e tão sonhados) produtores.

Trata-se da Bodegas Roda da Espanha que trabalha seu produto final, o vinho, com vinhas velhas e um conceito moderno de produção aliado ao uso de uvas autóctonas.

Produzindo vinhos de forma sustentável a Bodegas Roda apresenta uma gama numérica invejável em se tratando de avaliações internacionais para seus vinhos.

Uma infindável lista de pontuações que vão de Robert Parker a Wine Enthusiast, entre outros, em pontuações que chegam acima de 90 pontos nas avaliações.

Mas não estou falando de pontos, mas de produto nobre e conceito. Isso todos estes vinhos possuem.

Concretizar o sonho de trazer esta gama incontestável de vinhos ao Brasil foi o que fez a Ravin.

10 anos de trabalho desta bodega transformaram os vinhos produzidos em verdadeiras joias cobiçadas por qualquer enófilo ou entusiasta do vinho.

RODA é a soma das iniciais contidas nos sobrenomes de seus fundadores: Mario Rotllant e Carmen Daurell, que com paixão se instalaram em La Rioja nos anos 80 e implantaram sua marca e produtos tão diferenciados.

No almoço muito bem elaborado, cinco vinhos marcantes e de grande expressão, tanto nos aromas como em boca. São eles:

– Sela 2010: R$ 198,00 / 90 pontos Robert Parker / 14,5% de teor alcoólico

De Rioja. Um vinho blend de três castas, 95% Tempranillo, 3% Graciano e 2% Garnacha. Provenientes de plantas que têm entre 15 e 30 anos, este vinho de uvas colhidas manualmente, tem fermentação por 19 dias em barricas de carvalho francês e passam mais 12 meses para amadurecimento e afinamento em carvalho.

Meu destaque vai para o conjunto de aromas, onde se destaca fortemente as frutas vermelhas e o toque mineral. Em boca é macio e de ótima persistência. Muito elegante!

– Corimbo 2011: R$ 198,00 / 90 pontos Robert Parker / 14,5% de teor alcoólico

O único dos cinco vinhos com origem em Ribera del Duero. É 100% Tempranillo. Vinhas de 20 anos, amadurecimento de 80% em carvalho francês e 20% em carvalho americano, em um total de 12 meses.  Nos aromas apresenta notas de café tostado e em boca muita fruta e frescor.

– Roda Reserva 2008: R$ 308,00 / 91 pontos Robert Parker / 13,5% de teor alcoólico

Vinhas velhas de 30 anos. Um vinho proveniente de Rioja e com 90% de Tempranillo em sua composição, 4% de Granacha e 6% de Graciano. É intenso e marcante. Nos aromas além da fruta, toque de pimenta e tostado. Em boca é aveludado e muito correto. Apresenta um conjunto surpreendente!

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– Roda I Reserva 2007: R$ 409,00 / 92 pontos Robert Parker / 90 pontos Wine Enthusiast / 85 pontos Wine Spectator / 14,5% de teor alcoólico

Muitos diriam que este vinho é um ícone. Acho isso também! De Rioja, 100% Tempranillo. Expressa todo o seu aroma como chocolate e especiarias. Passagem por 16 meses em barricas de primeiro e segundo uso e afina em garrafa por mais 20 meses. O resultado deste trabalho é exuberância!

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– Cirsion 2010: R$ 1.442,00 / 94 pontos Robert Parker / 14,5% de teor alcoólico

Um vinho que amadurece por 8 meses em carvalho francês e mais 4 meses em garrafa para afinamento.

É completo e complexo. Esta complexidade se observa nos aromas e no palato, bem como em todo o conjunto. Tem taninos delicados, final longo e intenso. O nome dele é qualidade e equilíbrio.

Impossível não gostar de algum dos vinhos apresentados. Todos com sua característica particular revelam força e elegância. Vinhos marcantes e muito expressivos. Tânicos e generosos. Gordos e potentes.Car acterísticas predominantes em todos os vinhos degustados.

Mas claro, como em toda a degustação aparecem minhas preferências. Adorei dois vinhos, o Sela e o Roda Reserva 2008. Pela amplitude de aromas apresentados, pela unidade em boca e pela sinergia do conjunto.

O Cirsion é um vinho que pode ser guardado por mais quinze anos, fácil, fácil. É sensacional!

O Corimbo é muito bem feito e o Roda I Reserva 2007 que tem sua diferenciação no fato de ser o único de Ribera del Duero, é austero e imponente, muito diferenciado e especial.

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Vale o conjunto, vale ter a oportunidade de provar. Vale cada centavo para experimentar!

Saúde!

 

 

 

O Chile avança na qualidade dos vinhos e na preferência do consumidor

Eu poderia discorrer longamente sobre a degustação “Wines of Chile”. Foram muitos produtores e muitos vinhos.

A “Wines of Chile”, ocorreu dia 10 de agosto último, no Unique. O local estava bem cheio, prova de que os vinhos chilenos caíram no gosto popular do brasileiro e assim, o interesse dos profissionais do vinho, avança na mesma proporção.

Talvez esta tenha sido a mais concorrida degustação em termos de visitantes.

Importadoras já consagradas, algumas que há tempos não víamos em um evento, como a Santar. Produtores buscando parceiros de negócios e profissionais de mercado buscando as novidades e o aprendizado.

Pude provar vinhos ícones, como o Don Melchor 2006 (Cabernet Sauvignon) e o Amélia Chardonnay da Concha y Toro. Bem como grande parte dos vinhos tops da Tarapacá, trazidos pela Épice, explendidos!

É claro que nomes como a Decanter, Winebrands, Ravin, Mistral, Interfood, entre outras, não poderiam faltar e já fazem parte do nosso cotidiano e sempre somos brindados com a qualidade e o apreço nos vinhos.

A surpresa ficou por conta de dois vinhos tintos da Santar, que surpreenderam em muito. O Fines Terrae 2007 e o Lota 2006, ambos da “Cousiño Macul”. Vinhos potentes e bem desenvolvidos.

Finis Terrae e Lota, ambos da Santar - Cousiño Macul

 

Com taninos redondos e macios, aromas delicados de frutas vermelhas maduras. Na boca, chocolate, baunilha e ótima harmonia e persistência. Vinhos de guarda,

– Cousiño Macul Fines Terrae 2007: Corte das uvas 60% Cabernet Sauvignon, 40% Merlot.

Região: Vale de Maipo. Cor púrpura escura, um vinho elegante. Aromas de cereja negra, amora, violeta, sálvia, aníz e baunilha. Sabores de ameixa madura, moka e sálvia. De corpo médio e taninos equilibrados, muito harmônico. O final é sedoso, com toques sutis de baunilha e especiarias. 

Harmoniza com pato assado, ganso, perdiz ou lebre. Também harmoniza com um bom ossobuco e frango ao vinho tinto. Faixa de preço: R$ 70,00.

– Lota Reserva Especial 2006: 75% Cabernet Sauvignon, 25% Merlot, da região do Alto Maipo, com graduação alcoólica de 14%. Cor rubí escuro e profundo, com aromas de amora e ameixas, cassis e notas de sálvia e especiarias.

Grande corpo e taninos elegantes. Sabor de amora, passas, cacau e especiarias adocicadas. Um toque de carvalho tostado e taninos maduros, final suave. 

Harmoniza com pratos a base em carnes vermelhas assadas ou guisadas. Cordeiro ao forno ou simplesmente Steak au Poivre. Faixa de preço: R$ 250,00

 É comprar e provar, vale a pena!

Degustação Bodega Cinco Tierras (MS Import): Na doçura dos vinhos, seu diferencial

Já ouvimos várias vezes a frase “Gosto não se discute” e “Gosto é gosto”.

Bem, estivemos em degustação no restaurante “A Figueira Rubayat”, para avaliação e apresentação dos vinhos do produtor Bodega Cinco Tierras, localizado em Mendoza na Argentina e importados pela MS Import.

Degustamos 7 vinhos, sendo 6 tintos e 1 branco. Foram eles:

– Cinco Tierras Torrontés 2009: 100% Torrontés Riojano, coloração amarelo palha/esverdeado, fresco e frutado, com aromas de aspargos. Um torrontés que se mostrou diferente dos habitualmente degustados por nós. Apresentando-se menos floral do que o convencional, mas com delicadeza. Na faixa de R$ 45,00.

– Cinco Tierras Clásico Bonarda 2008: 100% Bonarda, coloração rubi adequada, frutas vermelhas e um adocicado na boca. Gastronômico com boa adstringência. Faixa de preço R$ 40,00.

– Cinco Tierras Clásico Mlbec 2005: 100% Malbec, vinho ainda jovem na taça e em suas colorações. Aromas de frutas, adocicado na boca, baixa acidez, “esquentando” na boca (13,9% de graduação alcoólica. Doçura no palato. Faixa de preço: R$ 45,00.

– Cinco Tierras Reserva Cabernet Sauvignon 2006: 100% Cabernet Sauvignon, aromas curtos, na boca um adocicado não tão característico nos vinhos desta uva, mas com bom corpo e bastante frutado para uma Cabernet. Faixa de preço: R$ 78,00.

– Cinco Tierras Premium Merlot 2005: 100% Merlot, cores vibrantes, médio corpo na boca e também adocicado. Um vinho correto. Faixa de preço: R$ 70,00.

– Cinco Tierras Reserva Malbec 2005: 100% Malbec, vermelho vivo, aromas de fruta doces, frutas vermelhas e cassis na boca, ligeiro toque de baunilha. Taninos doces. Faixa de preço: R$ 78,00.

– Cinco Tierras  Reserva Familia 2002: 50% Malbec 50% Merlot. Vinho elaborado com o melhor de cada safra. Vermelho intenso e vivo, Notas de frutas vermelhas. Na boca uva passa adocicada e característica. Bom corpo e estrutura, notas de baunilha e chocolate. 14% de álcool equilibrado. Bom potencial de guarda e longevidade. Faixa de preço: R$ 220,00.

Walter Tommasi, Almir e Claudio (Vinho dos Anjos e Vinobile)

Nossa análise:

No vinho branco estamos acostumados ao Torrontés com aromas extremamente aromáticos. Neste caso seus aromas nos pareceram um pouco contidos.

Com relação aos vinhos tintos, com exceção do último (Reserva Familia), todos se apresentaram com uma doçura “atípica”, talvez proveniente do “terroir” ou mesmo da forma de condução em todo o processo. Não é um defeito, mas é diferente, o que acaba dando uma característica própria aos vinhos deste produtor.

Os preços nos parecem adequados e justos, embora tenhamos gostado do último, o mais caro, por sua complexidade.

Cristina Xavier (Blog Sommelière) e Rubén Banfi (Bodega Cinco Tierras)

Como sempre degustamos vinhos, também acabamos efetuando comparações, mas sem esquecer que “Vinho bom é o vinho que se gosta”. Assim, todo vinho tem seu público, seu charme, seu mercado e no tempo, o próprio consumidor, dita as regras da demanda.

Podemos dizer que vale a pena experimentar, e que na experimentação e comparações é que definimos o nosso gosto, nossas preferências e, portanto, o sucesso de um novo produto.