Kaiken da Argentina “engorda” o portfólio de produtos da Qualimpor

Kaiken logo

Produtor da Viña Montes do Chile é o proprietário da vinícola

A vinícola já é nossa conhecida e muito conhecida no Brasil. Localizada no coração de Mendoza, foi adquirida pelo fundador da Viña Montes do Chile, Aurélio Montes.

Os vinhos Kaiken são uma combinação do terroir argentino com o talento dos profissionais do Chile. O nome foi inspirado em um ganso selvagem, que consegue atravessar a cordilheira voando muito alto. É uma alusão aos vinhos de dois países e se são produzidos por conhecedores dos dois lados da fronteira, levam o melhor em sua concepção.

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Para quem não sabe, a Qualimpor é uma importadora criada em 1995 por João Roquette e hoje bem posicionada no mercado brasileiro com seus vinhos e azeites portugueses, espanhóis e agora a primeira vinícola sul-americana, a Kaiken.

No grande grupo de produtos importados constam vinhos produzidos em três vinhedos próprios de diferentes terroirs: Vistalba, Agrelo e Vista Flores.

São doze rótulos, Estate Sauvignon Blanc, Estate Rosé, Estate Cabernet Sauvignon, Estate Malbec, Terroir Series Torrontés, Terroir Series Cabernet Sauvignon, Terroir Series Malbec, Ultra Chardonnay, Ultra Cabenet Sauvignon, Ultra Malbec e os vinhos ícones Obertura e Mai.

A produção total é de sete milhões de litros, sendo boa parte deles destinada para envelhecimento em longo prazo. Exportando para mais de 50 países.

Já tive a oportunidade de provar a maioria deles e posso dizer que se trata de um produto muito bem feito e de qualidade indiscutível.

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Eu provei recentemente o jovem Kaiken Estate Malbec safra 2017. Um vinho na verdade composto de 96% Malbec e 4% Cabernet Sauvignon, permitido pela legislação. Permanece seis meses em barricas de carvalho francês.

Vermelho púrpura muito vivo, frutado nos aromas lembrando ameixas e amoras, com notas de chocolate e tabaco. Na boca é fresco com taninos suaves e delicados.

Ideal para acompanhar massas, carnes leves e pizza.

Referência de preço R$ 85,00 mais ou menos

 

 

Casa de Uco Vineyards: Sobre como produzir o seu próprio vinho

Casa de Uco a noite

Já se imaginou produzindo o seu próprio vinho ou ainda podendo definir que uvas vai compor a sua garrafa?

Bem, aqui uma oportunidade única de experimentar, definir e possuir, assim como comercializar o seu próprio vinho.

Não se trata de pegadinha, é uma oportunidade muito bem estruturada para quem é amante de vinhos, ou vislumbra uma oportunidade de mercado.

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A Casa de Uco Vineyards & Wine Resorts, Vale de Uco, Mendoza, Argentina dispõe de estrutura física, vinhedos, capacidade produtiva e venda de lotes, inclusive realizando a consultoria e orientações para todas as fases da produção na totalidade.

O local além de ser um paraíso ao visitante com seu hotel localizado no Vale de Uco, com 320 hectares onde oferece a hospedagem e passeios, ao adquirir seu lote, o proprietário pode ter o seu espaço de hospedagem próprio, criando a “sua vila”, o seu espaço particular junto ás vinhas, construindo e se quiser até morando no local.

Para se ter uma ideia do projeto como um todo, é possível definir as uvas do seu lote, o seu terreno, a sua parcela, o blend, o processo de vinificação e até se terá passagem por madeira, ovo de concreto, garrafa, rótulo, etc. Uma experiência única em se tratando de vinhos e produção individual.

Cada lote pode ter entre 2 mil e 32 mil metros quadrados, sendo que há lotes que começam com preços á partir de US$ 50 mil mais a taxa de manutenção anual de US$ 7 mil.

Atualmente existem cerca de 4 tipos de uvas tintas plantadas na propriedade e 4 tipos de variedades brancas.

Nas tintas há a possibilidade de se elaborar com as uvas Cabernet Franc, Malbec, Petit Verdot e Pinot Noir, inclusive varietais.

Para as brancas a Chardonnay, a Sauvignon Blanc, a Torrontes e a Pinot Grigio.

Os vinhedos começaram a ser plantados em 2008/2009 sendo que as primeiras safras são de 2014/2015. Utilizam as leveduras indígenas sendo que é possível atingir teor alcoólico na casa de 14% ou mais dependendo da condução, clima e precipitações.

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É uma experiência única que em parte tive a oportunidade de desenvolver, ao efetuar uma série de misturas e blends com uvas locais e nas proporções por mim definidas, assim como estilo do vinho, características, etc.

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Na minha brincadeira meu blend foi 85% da uva Malbec 2014 barricada por 36 meses, 10% de Cabernet Franc e 5% de Malbec 2016. Resultou em um vinho elegante, com ótimo corpo, concentração de fruta em compota, estruturado, taninos macios. Um vinho de meditação, de guarda, um Gran Reserva que me agradou muito.

Amei participar desta experiência única que pode ser experimentada por quem deseja se hospedar no hotel e adquirir um dos lotes do projeto.

Para maiores informações contatar:

www.casadeuco.com

ou com Luciano: luciano@casadeuco.com  / +54 261 476 9831

 

 

 

 

Degustação Bodega Cinco Tierras (MS Import): Na doçura dos vinhos, seu diferencial

Já ouvimos várias vezes a frase “Gosto não se discute” e “Gosto é gosto”.

Bem, estivemos em degustação no restaurante “A Figueira Rubayat”, para avaliação e apresentação dos vinhos do produtor Bodega Cinco Tierras, localizado em Mendoza na Argentina e importados pela MS Import.

Degustamos 7 vinhos, sendo 6 tintos e 1 branco. Foram eles:

– Cinco Tierras Torrontés 2009: 100% Torrontés Riojano, coloração amarelo palha/esverdeado, fresco e frutado, com aromas de aspargos. Um torrontés que se mostrou diferente dos habitualmente degustados por nós. Apresentando-se menos floral do que o convencional, mas com delicadeza. Na faixa de R$ 45,00.

– Cinco Tierras Clásico Bonarda 2008: 100% Bonarda, coloração rubi adequada, frutas vermelhas e um adocicado na boca. Gastronômico com boa adstringência. Faixa de preço R$ 40,00.

– Cinco Tierras Clásico Mlbec 2005: 100% Malbec, vinho ainda jovem na taça e em suas colorações. Aromas de frutas, adocicado na boca, baixa acidez, “esquentando” na boca (13,9% de graduação alcoólica. Doçura no palato. Faixa de preço: R$ 45,00.

– Cinco Tierras Reserva Cabernet Sauvignon 2006: 100% Cabernet Sauvignon, aromas curtos, na boca um adocicado não tão característico nos vinhos desta uva, mas com bom corpo e bastante frutado para uma Cabernet. Faixa de preço: R$ 78,00.

– Cinco Tierras Premium Merlot 2005: 100% Merlot, cores vibrantes, médio corpo na boca e também adocicado. Um vinho correto. Faixa de preço: R$ 70,00.

– Cinco Tierras Reserva Malbec 2005: 100% Malbec, vermelho vivo, aromas de fruta doces, frutas vermelhas e cassis na boca, ligeiro toque de baunilha. Taninos doces. Faixa de preço: R$ 78,00.

– Cinco Tierras  Reserva Familia 2002: 50% Malbec 50% Merlot. Vinho elaborado com o melhor de cada safra. Vermelho intenso e vivo, Notas de frutas vermelhas. Na boca uva passa adocicada e característica. Bom corpo e estrutura, notas de baunilha e chocolate. 14% de álcool equilibrado. Bom potencial de guarda e longevidade. Faixa de preço: R$ 220,00.

Walter Tommasi, Almir e Claudio (Vinho dos Anjos e Vinobile)

Nossa análise:

No vinho branco estamos acostumados ao Torrontés com aromas extremamente aromáticos. Neste caso seus aromas nos pareceram um pouco contidos.

Com relação aos vinhos tintos, com exceção do último (Reserva Familia), todos se apresentaram com uma doçura “atípica”, talvez proveniente do “terroir” ou mesmo da forma de condução em todo o processo. Não é um defeito, mas é diferente, o que acaba dando uma característica própria aos vinhos deste produtor.

Os preços nos parecem adequados e justos, embora tenhamos gostado do último, o mais caro, por sua complexidade.

Cristina Xavier (Blog Sommelière) e Rubén Banfi (Bodega Cinco Tierras)

Como sempre degustamos vinhos, também acabamos efetuando comparações, mas sem esquecer que “Vinho bom é o vinho que se gosta”. Assim, todo vinho tem seu público, seu charme, seu mercado e no tempo, o próprio consumidor, dita as regras da demanda.

Podemos dizer que vale a pena experimentar, e que na experimentação e comparações é que definimos o nosso gosto, nossas preferências e, portanto, o sucesso de um novo produto.

Um pouco sobre a Bodega Norton e argentinos…

O vinho argentino já se consolidou como uma das principais preferências dos brasileiros, embora toda a rivalidade que exista em outras áreas.

Como os vinhos do Novo Mundo, apresentam características mais potentes, em alguns casos com presença de taninos, e corpo que vai de médio a encorpado.

No entanto, não deixam de ter sua elegância e representam hoje, boa parte do consumo nacional, que ainda caminha a passos lentos para o conhecimento sobre vinhos, suas diferenças e particularidades.

Bodega Norton - Vinhos argentinos

A Bodega Norton, localizada em Mendoza, tem exemplares de produtos que por sua harmonia na elaboração e dedicação, no plantio e vinificação, representam algo de significativo e agradável em sua linha de produtos.

Perdriel Del Centenário
Perdriel Single

Seu vinho ícone Perdriel Del Centenário, corte das uvas Malbec, Cabernet e Merlot, expressa as sutilezas e particularidades do terroir, exibindo aroma de frutas negras, trufas e toques terrosos. Na boca, os taninos são finos e macios, muito agradáveis e marcantes.

Sem falar no Perdriel Single Vineyard, um vinho de “classe”, corte das mesmas uvas, potente e elegante.

Vinhos equilibrados que vale a pena experimentar.

Veja ficha técnica dos vinhos em: http://vinnobile.wordpress.com/2010/09/21/perdriel-e-seus-excelentes-tintos/