Vinhos do Tejo em São Paulo: Evolução dos vinhos de Portugal

Tejo

 

O Consulado Geral de Portugal/São Paulo recebeu convidados e imprensa para conhecer os vinhos do Tejo e suas harmonizações gastronômicas no evento “Grande Prova Anual dos Vinhos do Tejo”, realizado pela Comissão Vitivinícola Regional do Tejo (CVRTejo), organizado pela Wine Senses Brasil e assessorado pela Malu Abib Comunicação.

Localizada no coração de Portugal, a região banhada pelo Rio Tejo produz vinhos desde a Idade Média e em passado não distante, tinha seus vinhos conhecidos como zona de produção do Ribatejo. Com uma ação de marketing eficiente adotou a denominação Tejo, associando sua marca ao Rio Tejo símbolo da região (como outros rios de regiões produtoras do mundo), trazendo maior reconhecimento econômico.

A CVRTejo tem grande interesse no mercado brasileiro, promovendo ações contínuas em várias cidades através da “Caravana dos Vinhos do Tejo”, programa que investe na formação da cultura dos vinhos do Tejo.

A grandiosidade do Rio Tejo induz a existência de três zonas vitivinícolas distintas (terroir) na CVRTejo, que produzem vinhos brancos, roses, tintos, espumantes, frisantes, licorosos e colheita tardia:

– Lezíria ou Campo – situada nas margens férteis do rio, com aptidão para produção de vinhos brancos;

– Bairro – situada entre o Vale do rio e os maciços de Mós, Candeeiros e Montejunto, com solos argilo-calcários, ideal para castas tintas;

– Charneca – situada ao sul do campo, na margem esquerda do rio, com solos arenosos aonde são produzidos vinhos tintos e brancos.

Os vinhos DOC do Tejo e Vinho Regional Tejo são produzidos em 17.000 ha de vinhedos, com produção anual de 630.000 hl. A região possui clima moderado, com temperaturas médias de 15,5 – 16,5 graus C, insolação de 2.800 horas/ano e precipitação de 750 mm/ano.

Na CVRTejo temos a presença de castas portuguesas e introduzidas, dentre as quais as brancas: Fernão Pires, Arinto, Verdelho, Sauvignon Blanc, Chardonnay, Alvarinho e as tintas: Touriga Nacional, Trincadeira, Cabernet Sauvignon, Castelão, Aragonez, Syrah, Merlot, Alicante Bouschet.

A prova trouxe quatorze produtores para São Paulo:

Adega Cooperativa do Cartaxo, Agro-Batoreu, Quinta da Badula, Casal Branco, Casa Cadaval, Casal da Coelheira (Centro Agríc. de Tramagal), Soc. Agríc. Casal do Conde, Falua Soc. de Vinhos, Fiuza & Bright, Pinhal da Torre Vinhos, Quinta da Alorna Vinhos, Quinta da Lapa (Agrovia Soc. Agropec.), Quinta do Casal Monteiro e Soc. Agríc. Vale de Fornos, sendo que alguns estão à procura de importador para o Brasil.

Os vinhos provados são elaborados com modernas técnicas vitivinícolas, possuem perfil moderno, agradam facilmente o consumidor e estão presentes em vários países. Citamos apenas alguns:

– Brancos:

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Quinta do Casal Branco Alvarinho 2013 e Casal do Conde Alvarinho 2013.

Vinhos característicos com aromas cítricos (flores e frutos), vegetais verdes e na boca apresenta frescor devido à boa acidez, boa persistência e volume.

– Tintos:

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Quinta da Coelheira Reserva 2011 e Quinta do Casal Monteiro Clavis Aurea Reserva 2012.

Vinhos elaborados com corte de uvas, frutados e frescos, com madeira bem integrada, taninos agradáveis, bom corpo, equilíbrio e persistência.

A regularidade das ações da CVRTejo e a consistência de seus produtos estão sendo reconhecidas pelo consumidor, refletindo no crescente volume das vendas no Brasil.

Portugal tem avançado em suas conquistas no nosso mercado, provando mais uma vez que são produtores de vinhos de alta qualidade, reconhecidamente no mundo todo.

Colaboração: Eduardo Morya

Vinhos Casal da Coelheira Reserva e Marquesa de Cadaval surpreendem no evento de vinhos do Tejo

Estive na prova de vinhos do Tejo ocorrida em 13/04/2014 no Hotel Tívoli Mofarrej em São Paulo.

Casa Cadaval (2)

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Claro, como sempre provei vários vinhos de diversos produtores, sendo que alguns me surpreenderam bastante, como o Marquesa de Cadaval 2010, corte das uvas Touriga Nacional, Trincadeira e Alicante Bouschet.

Possui uma cor intensa, quase negra, com notas de flores, especiarias e chocolate.

Na boca é estruturado e muito equilibrado. Os taninos são macios e integrados. O final de boca revela persistência, elegância e bastante corpo. Estagio de 12 meses em barricas novas de carvalho francês. Exuberante!

Um vinho trazido pela Importadora Mercovino.

Casal Coelheira (2)

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Mas um dos vinhos que mais gostei foi o Casal da Coelheira Reserva Tinto 2011, corte das uvas Touriga Nacional, Cabernet Sauvignon e Touriga Franca.

Um vinho que ainda não faz parte do portfólio da Importadora Max Brands, mas que sem dúvida é adequado ao mercado brasileiro.

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Eu e o enólogo

Conversei com o enólogo e proprietário Nuno Falcão, que me contou um pouco da história da vinícola, suas vinhas de até 30 anos, e sobre o terroir e a região.

Um vinho que também estagiou por 12 meses em barricas de carvalho francês e americano. Frutado e equilibrado. Um vinho profundo de muita persistência, e corpo médio. Aveludado, elegante, inesquecível!

Provei uma infinidade de outros vinhos, entre brancos e tintos, alguns muito bons que oportunamente mencionarei.

Saúde!

Max Brands apresenta seus novos vinhos Ripasso, Amarone e uma surpresa…

Em noite que reuniu especialistas do vinho e jornalistas do setor, a Importadora Max Brands apresentou mais três vinhos que irão compor o portfólio de produtos da empresa.

Primeiramente fomos apresentados á um desafio, descobrir a origem e as uvas de um novo vinho apresentado e que em breve estará no Brasil.

Foi extremamente difícil, pois a uva não é uma uva reconhecida facilmente e difundida.

No final, a surpresa. O vinho Chilcas Single Vineyard País, da casta País, oriundo do Chile. Uma nova aposta da empresa, apresentando uma boa qualidade X preço (por volta de R$ 50,00 ao consumidor), elaborado com uma uva ainda não distribuída em nosso país, uma novidade, sem dúvida!

Mas voltando aos outros lançamentos, foram apresentados dois novos vinhos, degustados com outros dois na mesma linha para efeito de comparação.

Os dois novos vinhos foram o Ripasso Mara Valpolicella Superiore DOC 2009 (preço por volta de R$ 140,00) e o Il Bosco Amarone Classico dela Valpolicella DOC 2006 (preço por volta de R$ 300,00).

O primeiro, Ripasso, se apresentou elegante e muito agradável ao paladar. Elaborado com as uvas Corvina (75%), Rondinella (20%) e Molinara (5%). Teor alcoólico de 13,5%. Do Vêneto, Itália.

Em comparação ao Ripasso Basan(R$ 180,00), também já importado pela Max Brands, me pareceu menos complexo, porém bem equilibrado. Mas ambos, dois excelentes vinhos.

O Il Bosco Amarone, é composto de 80% Corvina e 20% Rondinella. Teor alcoólico mais elevado (15%), o que não interferiu de forma alguma na qualidade e no equilíbrio do vinho.

Um vinho para ser degustado lentamente, elegante e complexo. Com aromas quase doces, de chocolate e especiarias. Em comparação com o Amarone dela Valpolicell Classico (por volta de R$ 210,00), também trazido pela importadora, se mostrou mais complexo, mas ambos são uma ótima opção de consumo, com sutis diferenças e que agradam paladares diferentes.

O encontro aconteceu no North Gril da Vila Nova Conceição, onde foi servido também o vinho rose, Casal da Coelheira (já consagrado nos concursos internacionais), harmonizado com a entrada de Carpaccio de lagosta defumada e um entrecorte grelhado, harmonizado com os vinhos tintos, entre eles, o Jèma, vinho recentemente premiado e lançado no ano passado pela importadora (ver link do lançamento: http://vinhodosanjos.wordpress.com/2012/06/28/jema-da-max-brands-um-vinho-premiado-e-reconhecido-pronto-para-ser-degustado/ ou http://vinhodosanjos.wordpress.com/2011/06/21/degustacao-max-brands-um-%E2%80%9Cdiluvio%E2%80%9D-em-emocoes-e-profusoes/ ).

Uma noite agradável e sem dúvida, de sucesso garantido nos novos vinhos que vêm por aí.

É esperar e conferir, em breve nas lojas especializadas e também na Vinnobile (www.vinnobile.com.br).

 

O verão, os vinhos brancos, os rosés e os espumantes

Nesta época do ano, onde o calor “fala mais alto”, é impossível não falar de vinhos frescos e que são, em sua maior parte, nossas companhias na praia, na piscina ou no momento de puro lazer.

Os vinhos brancos, rosés e espumantes são assim: descontraídos e descompromissados.

Quando o sol aperta e a sombra é o único refúgio após a piscina ou a praia, lá estão eles, no balde nos esperando, como se para nos dar o alívio e atiçar ainda mais nossos sentidos, trazendo o frescor na boca e o gosto da uva compactado em um só lugar.

Sempre gostei desta época. Ela lembra liberdade.

Liberdade é esta sensação de poder ir e vir de forma despreocupada, como são estes vinhos. Não há stress, apenas desfrutamos das coisas. A sensação trazida por isso tudo é única e muito particular. Esta analogia com os vinhos pode ser notada simplesmente segurando uma taça nestas condições que descrevi.

Recomendo para quem gosta, um bom Chardonnay ou Chablis, pela leveza e pela elegância. Entre os rosés, o Casal da Coelheira de Portugal surpreende e é uma das minhas preferências. Além disso, foi eleito como o melhor rosé de 2010.

 

Mas há ótimas opções em vinhos de todo o mundo, basta procurar seu estilo e sem dúvida provar bastante, pois vinhos é experimentação.

O meu gosto pela Chardonnay vem de longe. Com passagem em madeira, ou mesmo um Chardonnay do “Velho Mundo” com estilo da fruta predominando, e ainda o Chablis.

Temos alguns exemplares disso tudo, como cito abaixo 3 vinhos:

Montes Alpha Chardonnay 2009: Da região de Casablanca, Chile, este Chardonnay se caracteriza pela exuberância epela fruta. Com 70% em passagem por madeira, é agradável, tem um corpo médio, é untuoso e elegante.  Um vinho sem dúvida muito bem feito. Um vinho na faixa de R$ 88,00.

Tarapacá Gran Reserva Chardonnay: Produzido no Chile, da região do Vale do Maipo e Vale de Leyda. Um vinho com 13% de teor alcoólico que estagia em 90% em barricas de carvalho francês. Colheita manual, notas de frutas e minerais, aromas tostados fruto da passagem em barricas. Na faixa de R$ 64,00.

Chablis Domaine Long-Depaquit 2009: Não poderia faltar um Chablis francês. Um vinho muito saboroso, fresco e mineral, com toques florais. Do produtor Albert Bichot, na faixa de R$ 98,00. Vinho elegante como se caracterizam os vinhos deste produtor e o cuidado com as uvas em todo o processo.

Visite a Loja Virtual da Vinnobile: www.vinnobile.com.br

Saúde á todos!