Selo 7 Sommeliers realiza avaliação de tintos argentinos e chilenos

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Após um breve período sem realizar suas avaliações, o Selo 7 Sommeliers está de casa nova.

No novo espaço, avaliações do Selo, realização das aulas do Grupo Ver o Vinho, Aromas do Vinho, cursos e muitas novidades por vir.

Nesta última avaliação uma grande quantidade de vinhos do Chile e Argentina foram avaliados e o resultado pode ser conferido abaixo.

Selo Chile ar

O Selo 7 Sommeliers é o selo do Brasil. O grupo é formado por profissionais da área, em todas as degustações de avaliação são convidados outros profissionais do mercado para contribuírem com as análises.

O Selo compila as informações das avaliações feitas às cegas, criando um painel de notas que vão de 1 a 5 taças para todos os vinhos avaliados.

Atua de forma independente e todos os vinhos são comprados no mercado, criando credibilidade.

Selo avaliação II

Faz parcerias com lojas que vendem os vinhos, cedendo os selos para serem colocados nas garrafas avaliadas e servirem de base de avaliação pelo consumidor. É também parceiro de vários restaurantes, que “compraram” a ideia do Selo e comunicam isso a seus clientes, demonstrando que vinhos da carta forma avaliados pelo grupo.

Todo este trabalho gera credibilidade, e o Selo vem prestando serviços de avaliação para produtores. Importadoras e outros interessados em verem seus vinhos avaliados pelo grupo. O que gera uma maior facilidade no direcionamento de importações, adequação ao mercado e aos clientes.

Selo Avaliação

Interessados podem consultar a página do Selo: http://www.selo7s.com.br/

 

 

A ação da natureza e como são avaliados os preços dos vinhos

Domingo, um dia que amanhece silencioso. O sol surge no horizonte como que querendo dizer: “Brindo ao seu novo dia e que ele seja cheio
de esperanças”.

Assim é a nossa vida, assim o é, quando levantamos a nossa taça e imaginamos tudo o que de bom pode acontecer. Brindamos à vida, ao amor,
à saúde e às realizações.

O ato de erguer a taça carrega em cada um de nós, a esperança de dias melhores e realizações. Ás vezes nem percebemos, mas direcionamos nossa energia totalmente, no momento.

Quem conhece um pouco de vinho, sabe o que representa para cada produtor, o percurso até a taça, o quanto se colocou de intenções para que a
colheita fosse boa, para que não chovesse e encharcasse a uva, diminuindo a quantidade de açucares e com isso desequilibrando a fermentação e o álcool final.

Hoje já se faz uso da tecnologia, que também está presente na Fórmula 1, nas medições do tempo, da chuva e da precipitação em mm de água.
O céu encoberto, as nuvens, são o grande inimigo do produtor, na sua busca por uma colheita excepcional que coroará todo o trabalho realizado desde o plantio.

E mais uma vez a natureza pode construir ou destruir, trazer ou retirar o sucesso.

Os vinhos de Bordeaux, por exemplo, especificamente os do Chateau Margaux, com sua emblemática e sofisticada marca, tiveram na safra de 2008, uma das mais tardias, na colheita, de todos os tempos. Algo assim como: esperar… …esperar… e colher. Um risco calculado dentro do possível, mas que amedronta qualquer produto sério.

A partir daí, vêm as avaliações as provas, o índice Nasdaq, Robert Parker e suas notas, etc. que irão determinar o quanto o produtor poderá cobrar no preço final do vinho. Regras que determinam o mercado, e quanto vale o vinho que está na sua mesa.

Ou seja, as variáveis são muitas, e além de tudo isso, países como o Brasil, têm uma alta carga tributária, que avassala o preço, tornando o que poderia ser altamente acessível, apenas um “objeto de desejo”, como tantos outros.

Como nosso consumo é ainda pequeno, (próximo de duas garrafas por habitante, por ano), o segmento não tem a força necessária pra pressionar o governo. A classe também é desunida, “correndo” cada um para os seus interesses particulares e esquecendo que por traz de tudo isso, haveria um ganho final de todos, pelo aumento do consumo e volume de vendas.

Claro que existe e existirá no vinho, seu glamour, por tudo o que ele representa na história e no conhecimento, mas há de se tornar mais acessível para um maior grupo de pessoas.

Lá fora, os produtores em crise vêm o Brasil como a “válvula de escape”, a ”tábua de salvação”. Mas na hora das vendas, os volumes acabam não correspondendo às expectativas e assim, vem a frustração e o “troca-troca” de importadoras.

Claro que quando falo de preço nesses termos, falo de vinhos de guarda, vinhos ícones por quem o mercado espera a chegada. Quando falamos de vinhos de consumo e de marcas (que não sejam necessariamente ícones), há em cada país uma regra, legislação, e no Brasil isto não seria diferente.

Há as provas de vinhos e os estudiosos e preparados degustadores que avaliam e dão notas aos vinhos. Isto seria uma referência ao consumidor.
Medalhas são concedidas em provas internacionais e nacionais. E a partir daí, o vinho passa a ter ou não, seu reconhecimento público que pode determinar seu sucesso.

Há também o aspecto comparativo em relação aos vinhos de cada produtor e a adequação a uma “faixa de preço” do mercado. O que corresponderia a um valor “justo” em relação aos vinhos semelhantes de outros produtores e regiões.

Mas deixemos o imediatismo de lado. Vamos avançar na troca sadia de informações, premiar o mercado com os vinhos maravilhosos da colheita
perfeita que a natureza proporcionou no tempo. Sem esquecer que quem determinou o sucesso, em grande parte, foi ela mesma. Que constrói ou destrói na proporção que dela tratamos.