O fim da Salvaguarda ao vinho brasileiro chegou. O que aprendemos com tudo isto?

Não poderia ser diferente:  O fim das salvaguardas chegou!

Mas, como eu mesmo havia dito, as marcas ficarão visíveis nos encontros entre aqueles que diretamente se ofenderam.

Não que eu fosse a favor das salvaguardas, nada disso, mas sim, porque ainda acredito nas pessoas e nas boas relações que se formam quando se tem boa vontade e um pouco de paciência.

Não me omiti em nenhum momento, mas também não fiz uma pressão de forma descontrolada ou ofensiva.

Tomei minha posição diante das questões requeridas, senti o perigo para o grande universo que se abre para os vinhos no Brasil, e me preocupei…

Mas vi ofensas, li ofensas, e talvez isto tenha me preocupado mais do que os próprios vinhos e o resultado de tudo isto.

A relação humana me preocupa e me preocupa para onde queremos nos levar, por onde segue o curso das coisas, onde não há o diálogo e sim imposições e interesses.

Alguns diriam que capitalismo é isso mesmo. Discordo. A sociedade é competitiva, mas ainda acredito em competição saudável, em relações que se formam, em parcerias, em troca, em objetivos bem traçados e planejados e em integração.

Qual o mundo que queremos deixar para nossos filhos? Que exemplos estamos dando aqueles que nos seguem?

Questões que antes não foram observadas e no “calor da batalha” nos deixamos levar…

Como eu mesmo comentei alguns não poderão nem ao menos se cumprimentar, mas terão que conviver…

O vinho está ai, continua, seja ele importado ou nacional, a maré em algum momento passaria, mesmo que houvessem sido anos…

Deixo estas poucas palavras, ainda acreditando nas pessoas, no tempo e naquilo que chamo de destino de todos nós. Ao VINHO! E ao CONSUMIDOR, grande perdedor de todas as batalhas, nós mesmos!

Leia meu post anterior e posicionamento:

http://vinhodosanjos.wordpress.com/2012/03/26/o-desejo-intimo-da-verdade-nos-vinhos-a-uniao-e-o-respeito-mutuo/

A ação da natureza e como são avaliados os preços dos vinhos

Domingo, um dia que amanhece silencioso. O sol surge no horizonte como que querendo dizer: “Brindo ao seu novo dia e que ele seja cheio
de esperanças”.

Assim é a nossa vida, assim o é, quando levantamos a nossa taça e imaginamos tudo o que de bom pode acontecer. Brindamos à vida, ao amor,
à saúde e às realizações.

O ato de erguer a taça carrega em cada um de nós, a esperança de dias melhores e realizações. Ás vezes nem percebemos, mas direcionamos nossa energia totalmente, no momento.

Quem conhece um pouco de vinho, sabe o que representa para cada produtor, o percurso até a taça, o quanto se colocou de intenções para que a
colheita fosse boa, para que não chovesse e encharcasse a uva, diminuindo a quantidade de açucares e com isso desequilibrando a fermentação e o álcool final.

Hoje já se faz uso da tecnologia, que também está presente na Fórmula 1, nas medições do tempo, da chuva e da precipitação em mm de água.
O céu encoberto, as nuvens, são o grande inimigo do produtor, na sua busca por uma colheita excepcional que coroará todo o trabalho realizado desde o plantio.

E mais uma vez a natureza pode construir ou destruir, trazer ou retirar o sucesso.

Os vinhos de Bordeaux, por exemplo, especificamente os do Chateau Margaux, com sua emblemática e sofisticada marca, tiveram na safra de 2008, uma das mais tardias, na colheita, de todos os tempos. Algo assim como: esperar… …esperar… e colher. Um risco calculado dentro do possível, mas que amedronta qualquer produto sério.

A partir daí, vêm as avaliações as provas, o índice Nasdaq, Robert Parker e suas notas, etc. que irão determinar o quanto o produtor poderá cobrar no preço final do vinho. Regras que determinam o mercado, e quanto vale o vinho que está na sua mesa.

Ou seja, as variáveis são muitas, e além de tudo isso, países como o Brasil, têm uma alta carga tributária, que avassala o preço, tornando o que poderia ser altamente acessível, apenas um “objeto de desejo”, como tantos outros.

Como nosso consumo é ainda pequeno, (próximo de duas garrafas por habitante, por ano), o segmento não tem a força necessária pra pressionar o governo. A classe também é desunida, “correndo” cada um para os seus interesses particulares e esquecendo que por traz de tudo isso, haveria um ganho final de todos, pelo aumento do consumo e volume de vendas.

Claro que existe e existirá no vinho, seu glamour, por tudo o que ele representa na história e no conhecimento, mas há de se tornar mais acessível para um maior grupo de pessoas.

Lá fora, os produtores em crise vêm o Brasil como a “válvula de escape”, a ”tábua de salvação”. Mas na hora das vendas, os volumes acabam não correspondendo às expectativas e assim, vem a frustração e o “troca-troca” de importadoras.

Claro que quando falo de preço nesses termos, falo de vinhos de guarda, vinhos ícones por quem o mercado espera a chegada. Quando falamos de vinhos de consumo e de marcas (que não sejam necessariamente ícones), há em cada país uma regra, legislação, e no Brasil isto não seria diferente.

Há as provas de vinhos e os estudiosos e preparados degustadores que avaliam e dão notas aos vinhos. Isto seria uma referência ao consumidor.
Medalhas são concedidas em provas internacionais e nacionais. E a partir daí, o vinho passa a ter ou não, seu reconhecimento público que pode determinar seu sucesso.

Há também o aspecto comparativo em relação aos vinhos de cada produtor e a adequação a uma “faixa de preço” do mercado. O que corresponderia a um valor “justo” em relação aos vinhos semelhantes de outros produtores e regiões.

Mas deixemos o imediatismo de lado. Vamos avançar na troca sadia de informações, premiar o mercado com os vinhos maravilhosos da colheita
perfeita que a natureza proporcionou no tempo. Sem esquecer que quem determinou o sucesso, em grande parte, foi ela mesma. Que constrói ou destrói na proporção que dela tratamos.

Grand Tasting Grand Cru 2011 – Evento em Agosto, de tirar o fôlego!

Edição 2011, que já passou por Curitiba e Porto Alegre, percorrerá Brasília, Campinas, São Paulo e Rio de Janeiro, de 8 a 12 de agosto

 
Começaram os preparativos para a edição 2011 do Grand Tasting Grand Cru, evento que reúne renomados produtores, degustações temáticas exclusivas e uma seleção especial dos melhores rótulos da importadora.

A feira, que este ano já aconteceu nas unidades de Curitiba (PR) e Porto Alegre (RS), será promovida na semana de 8 a 12 de agosto, em Brasília, Campinas, São Paulo e Rio de Janeiro, respectivamente.

Entre as bodegas que já confirmaram presença estão, Santa Rita (Chile), Tabali (Chile), Leyda (Chile), Matetic (Chile), Koyle (Chile), Doña Paula (Argentina), Escorihuela (Argentina), COBOS (Argentina), Pizzorno (Uruguai), Quinta do Noval (Portugal), Castellroig (Espanha), Matarromera (Espanha), Bordeaux Tradition (França), Allegrini (Itália), Brancaia (Itália), Saracco (Itália), Produttori del Barbaresco (Itália), e as novidades Viticcio, San Pacrazio, Quinta Nova da Nossa senhora do Carmo, Ruggeri  entre outras.

A feira terá vinhos da Itália, França, Espanha, Portugal e seleção de melhores do Novo Mundo, cepas emblemáticas, e achados do Velho Mundo.

Em São Paulo a feira acontece durante dois dias na Casa da Fazenda do Morumbi e contará com as degustações paralelas “Vertical de Amarone” e “Potencial de Guarda: Bordeaux x Borgogne”, com verdadeiras raridades francesas.

Serviço:
Grand Tasting 2011
De 8 a 12 de agosto

Segunda-feira, 8 de agosto
Grand Cru Brasília
Horário: 19h – 23h
Valor: R$ 180
Local: SHIS, QI. 9/11, Conjunto L – Lj. 06, QI. 9/11 – Lago Sul – Brasília / DF
RSVP: fernando.r@grandcrubsb.com.br
Tel.: (61) 3368-6868

Terça-feira, 9 de agosto
Grand Cru Campinas
Horário: 19h – 23h
Valor: R$ 180
Local: R. Dr. Sampaio Ferraz, 336 – Cambuí – Campinas / SP
RSVP: andre@foodwine.com.br
Tel.: (19) 3252-4311

Quarta e quinta-feira, dias 10 e 11 de agosto
São Paulo – Casa da Fazenda do Morumbi
Serão dois dias de feira, sendo o primeiro para consumidor final e o segundo para profissionais da área
Consumidor Final
Quarta-feira, 10 de Agosto
Horário: 19h – 23h (consumidores) e dia 11/08 – 15:30h ás 20:00 para profissionais
Valor: R$ 180 / Ingresso Geral

 
Degustações Paralelas:
Vertical de Amarone / 2000-2001-2002-2003-2004-2005-2006-2007
Valor: R$ 300 (Valor da feira incluso)
Horário: 20h
Potencial de guarda / Bordeaux x Bourgogne
Valor: R$ 590 (Valor da feira incluso)
Horário: 21h30
Local: Casa da Fazenda do Morumbi – Avenida Morumbi 5594
RSVP: Patricia Aires / patricia_marketing@grandcru.com.br / 11 3062-6388
Profissionais
Quinta-feira, 11 de Agosto
Horário: 15h – 20h
Local: Casa da Fazenda do Morumbi – Avenida Morumbi 5594
RSVP: Patricia Aires / patricia_marketing@grandcru.com.br / 11 3062-6388
RSVP IMPRENSA: Camila Perossi / camila.perossi@uol.com.br / 9230-4844
É extremamente necessária a confirmação de presença.
 
Sexta-feira, 12 de agosto
Rio de Janeiro
Local: a confirmar
Horário: 19h – 23h
Valor: R$ 180 / Ingresso Geral
Grand Cru Jardim Botanico: R. Lopes Quintas, 180 – Jardim Botânico – Rio de Janeiro
RSVP:  inforj@grandcru.com.br
Tel.: (21) 2511-7045