A arte de harmonizar: Vinho Cacique Maravilha Naranja com Bucatini ao molho de cogumelos

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Vinho natureba do Chile em completo conjunto de sabores e texturas

O conjunto desta harmonização foi fabuloso, texturas na boca se dissipando com a acidez grande do vinho, bem como os sabores se sobrepondo um ao outro a cada garfada e gole da taça. Um envolvimento sensorial vibrante e espetacular de concentrações organolépticas variadas, intensas e muito unificadas.

Escolhemos uma massa mais encorpada (Bucatini nº 9 da Barilla), por ser mais rústica assim como o nosso molho de cogumelos, tomates e creme de leite.

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Sobre o vinho

Revelação no Descorchados de 2014, o vinho tem sua história de mais de 300 anos iniciada no crepúsculo da Guerra do Arauco, com a família Gutiérrez , ocupando as terras do interior de Santa Lucía de Yumbel.

Esta plantação de videiras foi registrada, com a marca Viña Nº 33 no Chile.

Sem  agroquímicos contaminantes, sem irrigação, com leveduras  naturais das uvas na fermentação.

Recuperando todo o seu significado e tradição dos antepassados, é uma homenagem ao amante espanhol dessas terras antigas da família Gutierrez, a quem os locais chamavam para honrá-lo de Cacique Maravilla.

Cacique Maravilha Vinõ Naranja Moscatel de Alejandria 2017

Oriundo do Chile, região do Valle del Bio-Bio

A cor é turva e laranja, com reflexos dourado claros e brilhantes. Nos aromas frutas tropicais frescas e maduras. Em boca acidez alta, uma pequena carga tânica, bela intensidade no palato e ótima persistência com muita fruta.

RECEITA

Ingredientes:

– 300 gramas de Bucatini (Usei o Barilla)

– 4 bandejas de 180 gramas cada de cogumelos diferentes frescos:

Cogumelo branco (2 bandejas), shimeji branco (1 bandeja), shimeji preto (1 bandeja)

– 1 Caixa de tomate cereja 180 gramas

– 1 cebola grande picada em pedaços médios

– 1 cálice de rum cheio para flambar

– 1 cebola grande picada em pedaços médios

– 1 caixa de creme de leite de 200 gramas

– 4 colheres de sopa de azeite e 1 colher de sopa de manteiga para iniciar

– sal a gosto (Umas 2 boas pitadas)

– 1 colher de café de pimenta calabresa seca

– 6 colheres de sopa cebolinha picada (4 para o molho e 2 para finalizar)

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Modo de fazer: Molho

 

Em uma panela, coloque azeite, manteiga e a cebola picada para refogar, assim que estiver transparente, junte os cogumelos picados em pedaços grandes e deixe refogar por ao menos por 30 minutos em fogo baixo.

Junte o sal, a pimenta calabresa seca, a cebolinha (4 colheres de sopa) e deixa refogar por mais 10 minutos em fogo brando.

Em paralelo coloque em uma panela grande a água com um pouco de sal e óleo para cozinhar o macarrão. Assim que ferver adicione a massa (os 300 gramas da receita) e aguarde o ponto de sua preferência (ao dente ou mais mole).

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Leve o molho de cogumelos para uma frigideira baixa, adicione o cálice de rum e vire ligeiramente a frigideira para que o fogo da boca do fogão encoste no líquido do rum. Deixe flambar até o fogo desaparecer por completo.

Junte o tomate cereja inteiro e mantenha o fogo baixo por mais 5 minutos. Adicione a caixa de creme de leite e mantenha tudo em fogo baixo, mexa até o molho ficar todo integrado, sem deixar ferver.

Apague o fogo do molho e coloque as 2 colheres de cebolinha que não será dissolvida. E mexa.

Em paralelo escorra a massa e coloque no prato que irá servir adicionando o molho por cima.

Polvilhe com parmesão e decore ao seu gosto.

Pronto, agora é só desfrutar do vinho e da massa! Saúde!

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O Vinho Cacique Maravilha Naranja Moscatel de Alejandria é importado pela La Charbonade e pode ser encontrado no site da importadora.

Também em alguns eventos que participamos, como a Feira Naturebas em São Paulo.

Acompanhem nossas postagens no instagram @vinhodosanjos e nosso site.

www.lacharbonnade.com.br

 

 

 

Lado “B” do vinho revela naturebas de alta qualidade e muito expressivos

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Fui convidado para uma degustação ás cegas de 15 vinhos nacionais, fruto do trabalho de conclusão de curso de jornalismo.

No caso, quinze vinhos chamados de “naturebas” ou como eu gosto de dizer, vinhos de “garage”.

E o mais interessante da degustação, foi que ela foi conduzida e organizada por dois jovens, promissores profissionais de jornalismo, que saíram pelo Brasil em busca do inusitado, do diferenciado, daquilo que revelaria a “alma”, o espírito de cada produtor, de cada vinho, como marca de sua vinícola.

O resultado, muito interessante, revelou na coloração, nos aromas e nas taças, a individualidade de cada um, seus ideais, o ideal de vida de cada produtor.

Como eu costumo dizer, circulo em “todos os mundos”, valorizando desde o produtor convencional que busca aquilo que aprendeu de seus antepassados, até o produtor de pequenas parcelas, produtor “garagista”, que pode ser chamado até de alternativo, mas em ambos os casos nem por isso, desvalorizados.

Entendo a necessidade da produção mais de massa, é ela que garante o aprendizado, a propagação dos vinhos, o aumento do consumo.

Mas gosto de ver a arte de cada um, o pequeno que busca a “obra de arte”, o inédito, o ineditismo.

Mas voltando aos jovens que têm a seu favor a exploração, a busca pelo conhecimento, pelo melhor, o sonho.

Em esmerado trabalho captaram quinze vinhos que foram degustados por profissionais da área.

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Destaco três vinhos, o Espumante Orus Extra Brut Rosé do Adolfo Lona, que se sobressaiu de forma esplendorosa. O outro foi um branco, decantado, muito interessante e diferente, Atelier Tormentas Sauvignon Blanc 2013, de Gramado – RS. O último foi nada mais nada menos que o Intrépido Syrah 2012, do produtor Pirineus Vinhos de Cocalzinho – GO. Muito interessante, potente, aromático e o melhor da tarde de degustação.

Muito bom!