Campanha envolve a gostosa harmonização entre queijos e vinhos no verão

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Não é nada fácil aguentar este verão quente e se alimentar de forma adequada e prazerosa, ainda mais quando se é um apaixonado por vinhos e gastronomia.

A recomendação para os dias mais quentes são os vinhos mais leves e refrescantes. Brancos, rosés e espumantes são os mais indicados, pois em sua maioria oferecem maior frescor ao paladar. Outro ponto a levar em consideração na hora da compra é selecionar os vinhos mais jovens e de colheitas recentes.

E para não ficar só no vinho que tal um queijo? Os deliciosos queijos da campanha são excelentes opções para harmonizar com os vinhos “de verão”.

A harmonia é perfeita desde que observadas as características particulares que cada queijo possui. Elas podem variar não apenas dentro dos grupos, mas entre dois queijos do mesmo tipo, só que de produtores diferentes.

Os brancos de massa mole como o Brie e o Camembert, por exemplo, são o acompanhamento perfeito para os espumantes, sobretudo Champagne, seja pelo equilíbrio na acidez, seja pelo enfrentamento do sal moderado do queijo pela efervescência do vinho, mas aceitam parcerias vencedoras com Riesling.

Já o sal dos queijos azuis produzirá uma grande satisfação ao paladar quando harmonizado com vinhos doces, graças ao contraste do salgado com o doce, uma harmonização por oposição. O traço de caramelo destes queijos resulta em harmonizações clássicas e deliciosas com vinhos doces. Exemplo do Bleu d’Auvergne com o vinho branco doce Sauternes e o Maury, entre outras.

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Abaixo uma tabela prática de harmonização com oito queijos e alguns vinhos franceses. É uma harmonização perfeita para se fazer em casa.

Queijo: Bleu d’Auvergne / Grupo/família: queijo azul

Vinho: Sauternes Maury

Combinação clássica entre um queijo azul e um vinho doce natural, que suaviza o contraste do creme fermentado do queijo

 

Queijo: Brie / Grupo/família: queijo macio de mofo branco

Vinho: Rosé d’Anjou Cabernet d’Anjou

O sabor frutado do Brie, que varia de acordo com sua maturação, harmoniza perfeitamente com rosés levemente adocicados

 

Queijo: Brillat-Savarin / Grupo/família: queijo macio de mofo branco

Vinho: Champagne ou Crémant de Bourgogne

Contraste interessante entre a efervescência da Champagne ou dos Crémants com o triple creme do queijo

 

Queijo: Camembert / Grupo/família: queijo macio de mofo branco

Vinho: Sidra da Normandia *Calvados

A Sidra é companheira tradicional do Camembert: sua refrescância contribui para valorizar a intensa fermentação do queijo e seu sabor frutado. O Calvados* é outro casamento típico de seu terroir.

 

Queijo: Cantal / Grupo/família: queijo duro

Vinho: Pessac-Léognan Blanc

O Cantal é um queijo cujo sabor muda conforme a idade – quando jovem é suave, leitoso e sabor de nozes. Já quando bem curado, é mais forte. Acompanhe-o por um vinho como o Pessac-Léognan branco cujo aroma frutado e fresco é marcado pela Sauvignon e, quando aliado à Sémillon, traz aromas únicos de frutas confeitadas.

 

Queijo: Comté / Grupo/família: queijo duro

Vinho: Mersault (Borgonha) Condrieu (Rhône)

O Comté é um queijo maturado, de montanha, com sabor presente de nozes, que combina com vinhos de grande potência aromática, tais como o Mersault e o Condrieu brancos

 

Queijo: Coulommiers / Grupo/família: queijo macio de mofo branco

Vinho: Pinot Gris d’Alsace

O Coulommiers tem um sabor mais pronunciado que o Brie. Vinho redondo, suave, que alia frescura e flexibilidade, o Pinot Gris alsaciano alia-se aos sabores intensos do queijo

 

Queijo: Emmental / Grupo/família: queijo semiduro

Vinho: Riesling alsaciano / Champagne Blanc de Blancs

O Emmental, que possui um sabor de nozes e é levemente adocicado, necessita de vinhos mais encorpados.

* Calvados é uma bebida alcóolica destilada originária da Baixa-Normandia, na França, feita à base de maçã, da qual é extraída a sidra, que depois é fermentada e destilada. O Calvados é uma bebida AOC (Appellation d’Origine Contrôlée ou, em português, Denominação de Origem Controlada). Ou seja, só pode receber o nome Calvados a bebida feita em acordo com a legislação francesa e produzida naquela região específica.

Sobre a Campanha

Desde o ano passado, o CNIEL – Centre National Interprofessionnel de l’Économie Laitière ou, em português, Centro Nacional Interprofissional da Economia Leiteira – realiza a campanha “Queijos Saborosos, Momentos Prazerosos” a fim de intensificar e impulsionar o consumo de queijos da França nos hábitos alimentares dos brasileiros. Para isso foram eleitos oito tipos – Bleu d’AuvergneBrieBrillat-SavarinCamembertCantalComtéCoulommiers e Emmental – para serem consumidos em três momentos: durante a happy hour, como aperitivo e como ingredientes de entradas.

site oficial, a página Facebook o Instagram reúnem todas as informações e as atualidades da campanha.

www.queijosdafranca.com.br

www.facebook.com/queijosdafranca

instagram.com/queijos_da_franca

 

 

Alsácia: Localização privilegiada que se reflete nos vinhos

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Falar de vinhos da Alsácia é sempre uma delícia, sim, porque para falar é preciso provar.

Foi isto que fiz para poder entender um pouco mais sobre os vinhos desta maravilhosa região francesa.

Provei vinhos que demonstraram todo o potencial do “terroir” e micro-terroir” em suas pequenas parcelas de sonhos e desejos, onde o vinho é o protagonista.

Região linda, extremamente profissionalizada com solos variados e cada um com sua expressividade e personalidade própria. Uma diversidade incrível e agradável!

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Mas vamos aos vinhos.

– Crémant d’Alsace Chardonnay Brut 2007 – Dopff au Moulin da Mistral: Coloração amarelo palha. Apresenta leveza e muita fruta como maça verde. Boa acidez, leve amargor final não incomodativo. Harmoniza com crustáceos e vieiras.

Elaborado pelo método tradicional e com a uva Chardonnay. R$ 137,00.

– Sylvaner 2006 – Maison Trimbach da Zahil: A amostra apresentou um amarelo muito intenso, bem diferente do esperado para este vinho. A amostra foi rejeitada pelos aromas apresentados, oxidação, etc.

Fui pesquisar e era um vinho bem fresco, frutado e seco. R$ 115,00.

– Riesling Vieilles Vignes 2012 – Cave de Ribeauvillé da Chez France: Amarelo palha com toques esverdeados, vivo, límpido e brilhante. Aromas doces e frescos com toque mineral e ardósia. Em boca limão, maracujá azedo, abacaxi. Muita acidez e bem seco. R$ 69,00.

– Pinot Gris 2011 – Domaine Paul Blanck da Decanter: Nos aromas algo de granito, pedra e perfume, certa doçura. Em boca é ligeiramente doce (bem leve). Sabor da terra, champignon. Acidez média, final amargor como tangerina. R$ 145,00.

– Gewurztraminer Turkheim 2011 da Delacroix: Um vinho biodinâmico.

Amarelo vivo, aromas de maracujá doce. Ligeiro aroma de pimenta (Óleo de pimenta). Em boca o maracujá doce se intensifica e é leve. Boa acidez e persistência. Ligeiro amargor final de casca de laranja. R$ 108,00.

A Alsácia é um sonho que deve ser experimentado em seus vinhos e todo o seu potencial!

 

 

 

 

 

Circuito internacional Apéritif à la française terminou e deixou saudades

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Pela segunda vez consecutiva, São Paulo recebeu o delicioso circuito que une drinques e petiscos com sotaque francês, o Apéritif à La Française. Evento que aconteceu entre os dias 4 e 12 de junho e fez muito sucesso na capital paulistana.

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O Apéritif começou oficialmente no dia 3 de junho, em uma super festa de lançamento da qual participei. Presente o Embaixador da França no Brasil, Monsieur Denis Pietton, convidados e ainda show da cantora Lia Paris, apaixonada pela cultura francesa.

No dia seguinte, os aperitivos e drinks começaram a ser servidos em todas as casas participantes do circuito.

Participaram 29 restaurantes, bares, adegas e também lojas especializadas na venda de vinhos. Os bares e restaurantes participaram com um cardápio especial. Nas lojas foram feitas promoções e eventos como os apéritifs de quartier (“pacote” com welcome drink e animação musical à francesa), realizados no dia 5 de junho e 12 de junho, no Le Jazz Brasserie Shopping Iguatemi e Les 3 Brassseurs, respectivamente.

O evento que foi lançado há 11 anos está presente nas cidades mais influentes do mundo, incluindo-se Nova York, Tóquio, Dubai, Milão e Paris. É promovido pelo Grupo Sopexa e fruto da parceria entre o Ministério da Agricultura francês e marcas francesas.

O premiado mixologista do restaurante Le Bilboquet, de São Paulo, Marcelo Vasconcellos, atuou como embaixador do evento que contou com o patrocínio das águas Evian e Badoit.

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Presentes na festa de lançamento, imprensa e convidados, em clima intimista e muito sofisticado. A capital paulistana se encheu de azul, branco e vermelho!

 

 

Vinhos franceses, um paraíso na terra!

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Falar de vinhos franceses de qualidade para mim é algo redundante. Sim, porque é sempre uma viagem em aromas, no paladar e na satisfação do momento.

Sensações únicas e que são dificilmente igualadas, em minha opinião.

Não estou falando de Bordeaux de consumo rápido e de pouca possibilidade para guarda, estou falando de vinhos que são muito acima da média e infelizmente, pouco acessíveis a cada um de nós.

Não vou criticar a política de comercialização de vinhos e muito menos os franceses. Como tudo, a comercialização sofre em função de produção, demanda e o nome da vinícola envolvido. Afinal, são grandes nomes de Bordeaux e grandes safras.

O potencial de guarda de vinhos desta categoria é inigualável. Pode se falar de espanhóis, de italianos, mas o meu gosto, apesar da descendência italiana, é pelos franceses e por Bordeaux.

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Estive em mais uma das muitas degustações deste ano. Desta vez no restaurante Zeffiro, degustação esta promovida pela Importadora Castel Studio, localizada em Porto Alegre e conduzida pelo francês Jerome Dumora (www.castelstudio.com).

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Provei quatro vinhos, sendo um branco e três tintos como segue:

– Reignac Branco 2009: Apelação Bordeaux Btranco. Composição 60% Sauvignon Blanc, 35% Semillon e 5% Muscadelle. Vinho leve, aromático, vivo, integrado, macio e equilibrado. Uma “jóia rara” dos vinhos brancos. Com alto potencial de guarda, mesmo sendo de 2009, sua longevidade se perde nos anos. Potencial de guarda por mais uns 4 anos.

Passa por 8 meses em barricas novas de carvalho francês.

Parreiras com 20 anos de idade. Faixa de preço R$ 160,00.

Enólogo Michel Rollan. Com 90 pontos do Parker.

– Grand Vin de Reignac 2004: Apelação Bordeaux Superieur. Composição 75% Merlot e 25% Cabernet Sauvignon. Vinho com aromas trufados, muita complexidade no nariz, macio e sedoso na boca.

Ótima acidez, toques herbáceos, porém leve e sutil. Um vinho pronto para ser degustado e que no tempo deve revelar ainda mais toda a sua complexidade e elegância.

Excelente potencial de guarda. Aguenta fácil mais uns 8 anos em garrafa.

Enólogo Michel Rolland. Parreiras com 41 anos de idade.

Passa por 18 meses por barricas novas de carvalho francês.

Um vinho exuberante com muita elegância e taninos macios.

– Animae 2008: Apelação Bordeaux Superieur. Composição 75% Merlot e 25% Cabernet Sauvignon.

Passa por 24 meses em barricas novas de carvalho francês.

Este vinho, bem como o seguinte, ainda não estão prontos para  se poder apreciar toda a sua complexidade, mas que demonstram alto potencial de guarda, na faixa de mais 15 anos.

Enólogo Michel Rolland, parreiras com 41 anos de idade.

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– Animae Grande Reserve 2008: Vinho que recebeu nada mais nada menos que 93 pontos de Robert Parker.

Complexo, intenso, frutado, com taninos concentrados. Novo porem sedoso.

Na faixa de R$ 500,00 a R$ 600,00. Composição 100% Merlot e passagem por 29 meses em barricas novas de carvalho francês.

Um vinho para pessoas sensíveis, pela personalidade, pelo alto grau de possibilidades de evolução na garrafa, definido pelos seus aromas intensos, sua fruta e sua complexidade já percebida no conjunto desta safra 2008. Um vinho de guarda e para ser lembrado em ocasiões futuras.