Vinícola Bella Quinta surpreende com ótimos vinhos no interior paulista

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Pertinho de São Paulo, vinícola boutique elabora pequenas parcelas de vinhos especiais. Destaque para os da linha Reserva Musical

Depois de minha visita á Bella Quinta e de ter provado junto ao proprietário Gustavo Borges e a enóloga Bárbara, uma infinidade de vinhos, postei no YouTube, no canal Rotas e Notas (www.youtube.com/rotasenotas) dois vídeos desta visita em conjunto com meu amigo Álvaro Cezar Galvão, do Divino Guia.

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A visita a Bella Quinta foi excepcional! A experiência de poder provar vinhos em elaboração, projetos próprios, vinhos de uvas pouco ou quase nada conhecidas, vinhos de ânfora e vinhos de sobremesa únicos, foi uma das coisas mais gratificantes deste ano de 2022.

Fui recebido com toda a simplicidade e de forma muita agradável desde a chegada.

A loja/vinícola está localizada em São Roque, em São Paulo, e fica á direita, no final do estacionamento da Vinícola Góes.

Elabora por volta de 6 mil garrafas de vinho por ano. Em geral, 600 garrafas em cada projeto.

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Provei um vinho branco, ás cegas da uva híbrida IAC Ribas (Cruzamento das uvas Syrah e Seibel), aromático de grande acidez e intensidade, como descrito no primeiro vídeo, com um toque cítrico de limão e grande presença em boca. Ora me confundi com a Chardonnay, ora com a Sauvignon Blanc, pelas semelhanças aromáticas e gustativas. E qual não foi minha surpresa ao ver que se tratava desta uva Ribas, uva que apresentou grande caráter na prova do vinho.

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Em seguida um rosé de Cabernet Franc “natural”, ou seja, de fermentação em temperatura ambiente aberto, sem as cascas e com leveduras indígenas. Fez a fermentação malolática (ou segunda fermentação), o que conferiu o volume de boca e também a untuosidade.

Elaborado em prensa direta, muito aromático e delicado, com coloração rose/salmão, sem filtragem.

Destaque ao tostado e final adocicado, possivelmente adquirido pós segunda fermentação.

Um vinho equilibrado e que agrada pela facilidade em boca, pela harmonia e pelas amplas possibilidades para harmonizações.

Link para o primeiro vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=ls2-bfBKHjQ

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O terceiro vinho degustado foi um Cabernet Franc (50%) e Merlot (50%) fermentado em ânforas/talhas e vinificado com ambas as uvas em conjunto.

Um vinho de coloração rubi bastante claro e límpido, delicado e não filtrado. Em boca apresenta ótima acidez, delicadeza e frescor, com corpo leve e que envolve o todo o palato com taninos finos e especiais. Perfeito para harmonizar com carnes vermelhas ou brancas delicadas.

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O quarto vinho é o vinho Bella Quinta Reserva Musical Volume I, um corte das uvas Cabernet Sauvignon (70%), Merlot (20%) e Tannat (10%), provenientes de Caxias do Sul, RS.

Desenvolvido em uma parceria com o cantor, músico multi-instrumentista, compositor e produtor musical Eric Silver.

O vinho é vinificado em tanques de inox onde fica 1 ano, 6 meses em barricas de carvalho de 225 litros e 6 meses em garrafas, ficando 3 deles na cave, “ouvindo” a música “FLY” do Eric por cerca de 2 horas diárias.

Esta é a parte interessante do projeto: A influência dos tons vibracionais sobre os elementos, no caso, o vinho.

Como se fosse um “afinamento” do elemento vivo vinho, que em sua vida na garrafa, muda, evolui e se transforma ao longo do tempo.

E como diz o Gustavo: “Vinho é o momento, a história, o compartilhar” e neste sentido a música pode (e deve) estar inserida no contexto da vivência e das grandes emoções ao se abrir, provar, harmonizar e brindar!

Apresenta teor alcoólico de 12,5%, cor vermelho/rubi intensa e brilhante. No nariz frutas vermelhas, tabaco e chocolate. Produzidas 660 garrafas apenas.

Em boca revela sua boa acidez, corpo médio, equilíbrio nos taninos macios, finos e elegantes. Preço referência entre R$ 78,00 e R$ 90,00.

Ainda nesta linha de vinhos há o vinho Reserva Musical Volume II em parceria com o Guarabyra, da dupla Sá e Guarabyra. Aqui o vinho ficou nas caves com a música “Dona” pelo mesmo tempo. Preço referência entre R$ 78,00 e R$ 90,00.

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Mas o mais especial e que provei sem rótulo e antes mesmo de estar pronto (naquele momento faltava 1 mês para encerrar o processo de música na cave), foi o vinho Gran Reserva Musical Volume I, com assinatura de Almir Sater e com a música “Um violeiro toca”.

Corte de 4 castas: Ancelotta (25%), Merlot (25%), Tannat (25%) e CabernetSauvignon (25%). Um vinho excepcional com potencial de guarda de 10 anos, aromas de frutas negras maduras, especiarias e ótima acidez e conjunto. Em boca é aveludado, médio corpo, untuoso e potente, onde cada casta aporta uma característica ao vinho. As barricas são de segundo uso, dando ao vinho um “arredondamento” e uma suave sensação de doçura. Ótimo para harmonizar com carnes vermelhas nobres com certa gordura, pela potencia e taninos. Também vai muito bem com uma massa e molhos mais fortes e condimentados.

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Também provei dois vinhos de sobremesa, um tinto e um branco ambos ainda em barricas. O primeiro tinto da uva Seibel impressiona pelo sabor. O segundo, o branco, com a uva Niagara branca e que estava já a 10 anos na barrica. Impressionantes aromas de pêssego e frutas secas . Em boca algo bem cítrico como laranja, mel de flores brancas, pêssego, maracujá doce e nozes. Um resgate aos vinhos licorosos do passado, mas com uma característica marcante e moderna, com acidez e muita untuosidade.

Link para o segundo vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=au9Zq_kke2I

Vale conhecer o lugar e se deliciar com os vinhos! Saúde!

Serviço

Vinícola Bella Quinta

Estrada do Vinho, 9611 – Canguera – São Roque – São Paulo

@bellaquintavinhosfinos

Vídeos no canal Rotas e Notas (www.youtube.com/rotasenotas) / @rotasenotas

Veja também: @vinhodosanjos e @divinoguia

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Emblemática vinícola Perez Cruz comemora 20 anos em linda trajetória

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Empresa chilena apresenta diversidade e especialidade na uva Cabernet Sauvignon

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Já se passaram 20 anos desde que o enólogo Germán Lyon assumiu suas atividades no desenvolvimento e elaboração de vinhos na Perez Cruz.

Para quem não sabe, a Perez Cruz está localizada no Valle del Maipo, Chile, aos pés da Cordilheira dos Andes e teve seu início com o casal Don Pablo Pérez Zañartu e Doña Mariana Cruz Costa que adquiriram terras nesta região.

Em 1994, os 11 filhos do casal iniciaram o plantio das primeiras vinhas da propriedade, nesta região composta por solo pobre composto de pedras e argila, sem nutrientes, irrigada por gotejamento e possuindo amplitude térmica que permite acompanhar e determinar o tempo de maturação das uvas.

Em alguns vinhedos e parcelas é efetuada a poda verde, o que diminui a produtividade, porém concentrando os açucares nas uvas.

As barricas de carvalho quando utilizadas são de 225 litros, francesas e americanas.

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Vinícola moderna que tem como objetivo, zero de resíduos químicos em seus vinhos.

Aliando tecnologia de ponta á paixão pelo trabalho, pela história da empresa e zelo nos seus produtos e lançamentos.

Uma referência nos vinhos quando se trata de uma empresa chilena com projeção mundial.

Para a vinícola que comemora seus 20 anos de existência, e tem ao longo do tempo se superado e destacado, o maior desafio do Germán como enólogo, diário e pessoal, incluiu o desenvolvimento de vários projetos.

Mas a busca pelo melhor terroir e as melhores parcelas de terreno e cepas fizeram dele um apaixonado pela uva Cabernet Sauvignon, aprimorando ano a ano, produto á produto, o conceito de um vinho com alma e corpo, ou seja, a essência da Cabernet Sauvignon em sua plenitude, transformando cada projeto em uma busca: A de fazer o melhor dos melhores vinhos da uva Cabernet Sauvignon em cada safra.

Nunca foi fácil, já que a tênue linha da busca pela perfeição e excelência pode significar pequenos passos e alguns poucos percentuais alcançados em uma escalada de valores e variáveis gigantescas.

Nesta busca incessante, definiu micro terroirs, blends da Cabernet, separando cada aspecto e característica de forma a obter em cada linha o melhor produto, fosse ele de uma única parcela ou em blends da Cabernet de parcelas diversas, únicas e especiais.

Quando cito as variáveis, estou falando primeiramente do que o consumidor deseja e aspira em um vinho, como também dos desafios do plantio á colheita, e os processos de vinificação e envelhecimento, quando for o caso.

Presente em cada garrafa, a fruta é o principal elemento na composição das linhas de produto de forma a manter as características básicas, sem mascaramento, porém com excelência.

Assim surgiram as diversas linhas que vão dos vinhos de entrada, aos vinhos longevos e de guarda.

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Tive a oportunidade de em um encontro recente provar boa parte da linha, incluindo a primeira safra produzida em 2002 e comentada pelo enólogo em conversa descontraída e informal, que revelou o que foram estes 20 anos nos vinhos provados e na trajetória descrita com amor e paixão.

Se considerarmos a evolução das diversas safras produzidas e provadas naquele momento, podemos facilmente identificar a evolução tanto na garrafa de cada tipo de vinho, como no amadurecimento do conhecimento sobre a uva Cabernet Sauvignon e seu aprimoramento. Isto nos possibilita dizer que sempre é possível melhorar o que parece já ser perfeito.

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Abaixo os vinhos que provei e duas descrições contrastantes em função das safras e minhas impressões.

  • – Perez Cruz Cabernet Sauvignon Pircas de Liguai 2010
  • – Perez Cruz Cabernet Sauvignon Limited Edition 2013
  • – Perez Cruz Cabernet Sauvignon Limited Edition 2018
  • – Perez Cruz Cabernet Sauvignon Pircas 2018
  • – Perez Cruz Cabernet Sauvignon Reserva 2018

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Perez Cruz Cabernet Sauvignon Reserva 2002

Toda a estrutura adquirida e mantida ao longo dos 20 anos entre a criação e o estágio em barrica e garrafa.

Um vinho “vivo” em toda a sua essência e marcado pela evolução. A fruta antes exuberante e presente deu lugar a notas terciárias como especiarias, tabaco, couro sem perder sua tanicidade e vivacidade. Demonstra como a uva bem trabalhada desde o início, evoluiu em alegres contrastes tânicos e complexos.

O nariz mais contido na fruta em relação aos vinhos mais novos, porém apresentando algo de compota e uva passa, em nuances leves, ressaltados ainda mais em boca.

Um vinho delicioso e inesquecível que “conta uma história” ao paladar.

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Perez Cruz Cabernet Sauvignon Reserva 2019

A fruta é o tom deste vinho encorpado e de cor rubi intensa, que contrasta sobremaneira com o da primeira safra de 2002. Exuberante no nariz, vivaz, com um toque de ervas frescas que demonstra ainda sua jovialidade. No nariz aromas de frutas vermelhas maduras, especiarias e toque de baunilha. Em boca tem estrutura e taninos maduros, trazendo um final de boca suculento, redondo e persistente.

 

German Lyon

Sobre o enólogo Germán Lyon

Germán ainda jovem fez o Master de enologia no sul da França (Montpellier) onde esteve de 1999 á 2001. Neste mesmo ano retorna ao Chile já para assumir o posto de enólogo chefe na vinícola Perez Cruz.

Responsável por linhas como a Reserva, Limited Edition elabora também os vinhos emblemáticos Quelen, Chaski e Liguai, Germán conduz a vinícola de forma tradicional, mas nem por isso sem o cuidado no manuseio consciente quanto ao meio ambiente e suas necessidades, buscando zero de resíduos químicos.

A Cabernet e o Futuro

Eu que acompanhei e acompanho toda a trajetória da empresa bem como o crescimento da linha de produtos, a sua busca pela excelência e qualidade, posso garantir que se trata de um lindo e apaixonante projeto: O de fazer da uva Cabernet Sauvignon, juntamente com todos os outros vinhos e lançamentos, a base de uma empresa referência quanto aos vinhos chilenos, fazendo de cada momento, um momento especial que só o vinho pode proporcionar, ontem, hoje ou amanhã. Saúde!

Site do produtor:

https://www.perezcruz.com/

 

Casa Verrone apresenta espumante Sur Lie Sauvignon Blanc e o branco Viognier

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Proprietário e enólogo falam sobre os desafios de se produzir vinhos na Serra da Mantiqueira

Em almoço realizado na Brindisi Vinhos, o proprietário da Casa Verrone, Márcio Verrone, e o enólogo Cristian Sepúlveda apresentaram parte da linha de produtos que compõe a produção de vinhos em São Paulo, mais precisamente na Serra da Mantiqueira.

Em pauta os desafios da produção e o que esperar dos vinhos produzidos na região nos próximos anos.

O crescente aumento de produção e a instalação de novas vinícolas e produtores no interior de São Paulo, tem revolucionado o conceito de que só se produz bons vinhos no sul do país.

A crescente tecnologia e a forma de condução dos vinhedos são o ponto crucial para o entendimento desta tendência sem volta, de aumento de produção em São Paulo, aliada a dupla poda que possibilitou a colheita em época diversa, ou seja, fora da temporada de chuvas.

Sobre a qualidade dos vinhos, é inegável o que vem se produzindo. Experimentados na degustação em cada taça, a evolução destes vinhedos ainda muito jovens, refletem toda esta tendência e movimentação na produção vitivinícola brasileira.

Um deleite para aqueles que como nós, buscam as novidades e as tendências principalmente reconhecendo a qualidade dos produtos, sem preconceito algum por sua origem, seja ele brasileiro ou oriundo de solos paulistas.

Obviamente há muito ainda o que se aprender sobre o sistema produtivo, a análise de cada solo e a adaptação das cepas em cada localidade. Porém, o que já se produz reflete esta tendência de crescimento na região e muitos projetos e investimentos estão por vir.

A Casa Verrone iniciou o plantio de videiras em 2009, de lá pra cá intensificou e validou o processo de produção e hoje já possui um portfólio significativo de brancos, rosés e tintos de muito boa qualidade.

Pudemos provar o branco da uva Viognier, o Casa Verrone Colheita Especial Viognier 2018, um branco produzido nos vinhedos da cidade de São José do Rio Pardo, que atingiu 14% de álcool e surpreendeu pela vivacidade em taça.

Vinho colhido manualmente, tem ligeira passagem em barricas de carvalho, o que conferiu mais corpo e estrutura em boca.

Os aromas florais são as notas mais percebidas no nariz e sua delicadeza surpreende em todo o conjunto.

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Provamos também o Espumante Casa Verrone Sur Lie, um espumante elaborado 100% com a uva Sauvignon Blanc. Estruturado e bruto, o espumante Sur Lie é turvo e tem presença de leveduras. Permanece por 12 meses em cave e ao ser envasado não sofre o dégorgement e nem leva licor de expedição.

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Destacamos também o tinto da Uva Syrah, o Casa Veronne Speciale 2017, com uma ótima estrutura de boca, aromas de grande complexidade e um prolongado, elegante e untuoso tanino.

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E por fim, provamos o Casa Verrone Cabernet Sauvignon / Cabernet Franc Gran Speciale 2018, um corte das uvas tintas que mais amamos, com passagem de barricas de carvalho francês de primeiro uso, por 12 meses.

Um show de vinho! Complexo, com nariz de frutas negras e especiarias e em boca ótimo corpo, excelente estrutura tânica aveludada, e um final persistente e marcante. Um vinho de guarda sem dúvida alguma.

Mas o mais importante de tudo é que pudemos entender a dinâmica da busca por uma produção adequada a cada solo e clima, unindo a tecnologia e as melhores práticas, em busca de um produto final de qualidade, competitivo e em crescente evolução.

Em breve teremos a parte turística totalmente estruturada para receber o turismo e difundir ainda mais os vinhos da região.

Assim é o terroir da serra da Mantiqueira. Saúde!

SERVIÇO

Casa Verrone

Telefone: (19) 3608-1577

www.casaverrone.com.br

Brindisi Vinhos

www.brindisivinhos.com.br

 

 

 

 

 

A chegada á Itália – Bolonha – Parte I

Falar da Itália é falar de paixão, uma paixão que está em muitos corações de brasileiros.

Surgiu mais uma vez a oportunidade de fazer esta viagem e com ela novas experiências enológicas e gastronômicas, além de uma bagagem cultural que se vai adquirindo ao longo do tempo. Muitas imagens e paisagens gravadas na memória.

A viagem mais uma vez se mostrou cansativa, não pelo prazer de poder visitar todos os lugares, mas pelo voo e avião que é algo complicado visto que tenho dificuldade em dormir em posição desconfortável. Mas sempre vale o esforço.

Fiz escala em Munich, na Alemanha e depois de 13 horas e meia, cheguei no destino, a Bolonha.

Coincidentemente encontro no aeroporto de chegada, uma senhora dinamarquesa com quem no início do ano degustei vinhos de um produtor quando participei do evento Buy Wine, em Florença. Inacreditável!

Após alguma conversa me falou que estava em visita á feira de vinhos Enológica, da qual participaria e me convidou para participar, também nos dirigimos para o mesmo hotel, o Vignete Condé, uma propriedade e vinícola localizada bem distante do centro e do aeroporto, mas em local lindo e delicioso.

Mas antes, uma pequena passagem pelos embutidos que já teimavam em me “perseguir”. Como adoro!

Conde

Logo que cheguei no na Vinícola Condé,  resolvi guardar a bagagem e dar uma volta, parando para comer alguma coisa.

Mas sem antes deixar de reparar no maravilhoso hotel e na grande e linda propriedade que eu estava.

Sacada, um banheiro enorme com banheira e uma vista privilegiada da piscina e do horizonte.

Vista

Decidi ir almoçar (Tardiamente). Junto comigo a Cátia, proprietária da Importadora Wine Lovers.

Entramos no restaurante do hotel e eis que acontece a segunda coincidência. Encontro a mesma japonesa com quem estive no grupo da Toscana, visitando produtores e provando vinhos em fevereiro de 2014. Cumprimentei efusivamente e demos risadas, combinando um encontro no ano seguinte, em fevereiro de 2015, na mesma feira, a Buy Wine.

Prato Conde

Almocei apreciando bastante o prato. A massa era de uma leveza rara, recheada de queijo e ervas e misturada ao funghi porccini que compunha o prato. Para acompanhar, um vinho da própria vinícola, safra 2010, muito agradável e azeite de fabricação própria.

Terminamos o almoço, tomamos um café e saímos para caminhar. Avistamos um pé de caqui carregado de frutas, sentei-me no banco próximo admirando a paisagem do fim de tarde que se descortinava no horizonte, onde o frio já atravessava nossos casacos.

Caqui III

Caqui I

Apanhei dois caquis e comecei a caminhada de regresso ao meu quarto, no hotel que ficava um pouco distante.

Estava bastante cansado, mas estava feliz, afinal eu estava novamente no país que mais amo, a Itália e dentro de um hotel de uma vinícola que era um sonho.

Deitei-me por algumas horas, adormecendo um pouco antes de ir jantar…