Vinícola Aurora e seus três deliciosos tintos varietais

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Uvas Marselan, Rebo e Petit Verdot são vinhos de ótima qualidade e custo X benefício

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Os três vinhos incrementam o portfólio que já é composto pelas castas Cabernet Sauvignon, Pinot Noir, Merlot, Chardonnay e Riesling Itálico.
Os preços são muito atrativos (custam em média R$ 35), a linha Aurora Varietal demonstra a personalidade de cada casta. Só em 2022 foram vendidos mais de 1 milhão de litros do produto em todo o país.

É uma história de sucesso da marca, que teve sua primeira safra dos varietais em 1986 e vem se mostrando como excelente opção ao consumidor, tanto pela qualidade dos vinhos como pelo preço convidativo.

A presença destas três novas variedades no portfólio da empresa atende ao consumidor que está sempre em busca de novidades, de rótulos com uvas menos conhecidas, e vem ao encontro do que a Aurora está trabalhando desde o campo até o produto final. As três castas se adaptaram muito bem às condições da Serra Gaúcha e isso se refletiu na aceitação do consumidor.

O total de produtos da Aurora conta com 220 itens, divididos em 13 linhas. A cooperativa vinícola é líder nacional nos segmentos de vinhos finos, de suco de uva integral e de coolers.

Sobre as novas variedades 
De origem francesa, resultado do cruzamento das castas Cabernet Sauvignon e Grenache, o Aurora Varietal Marselan ainda é pouco conhecida, possui aroma de frutas negras maduras, amora, cassis, geleia de frutas vermelhas, baunilha e especiarias vindas da curta passagem por carvalho. Harmoniza com massas com molhos intensos, cortes suínos e queijos de média intensidade. De todas as três apresentadas foi a que mais gostei.

É leve, fácil de beber, agradável e freso. Ideal para ser consumido descontraidamente, além de ser fácil de harmonizar.

O Aurora Varietal Petit Verdot, também com uva originária da França, é um tinto que apresenta aromas de frutas negras maduras, amora, cassis, geleia de frutas vermelhas, pimenta negra e especiarias também vindas da curta passagem por carvalho. Acompanha carnes vermelhas intensas como carne de caça e cordeiro, hambúrguer com cebola caramelizada e queijos estruturados. Sabemos que é uma casta delicada que exige muito cuidado no plantio e em todo o processo de vinificação. O resultado não podia ter sido melhor. Show!

Já o Aurora Varietal Rebo, casta muito menos conhecida por aqui, é produzido com uvas originárias da Itália, resultado do cruzamento entre Merlot e Teroldego. De tonalidade cor rubi, no paladar traz no início uma doçura por meio de notas de uva passa e ameixa seca, evoluindo para figo em calda e toques finais de coco queimado. Combina com pratos de sabores mais intensos, como cordeiro ao molho de especiarias, assado de carne de porco defumado, pratos de curry e cozinha asiática. Tem passagem de 12 meses em barricas de carvalho e uma estrutura maior tânica em relação as outras duas variedades degustadas.

A Vinícola Aurora é sinônimo de qualidade e regularidade, sendo ótima opção em vinhos brasileiros e de expressividade em diferentes terroirs.

 

 

Sua alma é para vinhos varietais ou para vinhos de corte?

Varietal

Varietal descreve um vinho feito principalmente a partir de uma única variedade de uva, e que normalmente exibe o nome da variedade no rótulo do vinho.

Como exemplos de variedades de uva comumente usadas em vinhos varietais temos: Cabernet Sauvignon , Chardonnay e Merlot, etc.

Vinhos que exibem o nome de duas ou mais variedades em seu rótulo, como um Chardonnay- Viognier, são misturas ou os chamados cortes como se diz, e não os vinhos varietais.

Uma discussão que demandaria tempo e não conseguiríamos definir se isto ou aquilo é melhor (varietal ou corte), não é o objetivo do post, mesmo porque, há verdadeiras pérolas em vinhos, elaborados de uma ou outra forma.

Aqui se pretende “brincar” com a questão da personalidade existente em cada um de nós, definindo estilos, momentos e gosto pessoal.

Mas vamos lá. Em psicologia temos conceitos definidos em termos de padrões pré-estabelecidos, que indicam traços da personalidade humana, tendências e hábitos.

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Com relação aos vinhos é a mesma coisa. O consumo e o gosto estão associados aos traços da nossa personalidade, aspectos pessoais e também nossas vivências e soma de conhecimento, bem como também de algo que podemos chamar de curiosidade no saber, que pode formar um hábito.

A personalidade é o conjunto de características psicológicas que determinam os padrões de pensar, sentir e agir, ou seja, a individualidade pessoal e social de alguém.

A formação da personalidade é processo gradual, complexo e único a cada indivíduo. Sendo o hábito de consumo dos vinhos, a mesma coisa, ou seja, depende de um aprendizado, depende da “alma” envolvida, depende de você!

O termo “conjunto das características marcantes de uma pessoa”, forma este conceito global do ser.

No vinho podemos classificar os diversos aspectos, assim como no ser humano. Há vinhos leves, doces, secos e aromáticos. Assim como há vinhos duros, tânicos, secos ou mais adocicados. Milhões de possibilidades!

Se pensarmos em um vinho varietal teremos algumas características que podem ser mais facilmente identificadas, sem no entanto perderem complexidade ou outros aspectos obtidos pelo tempo em barricas ou mesmo apenas da uva em soma com seu “terroir”.

Vinhos “cortados” em geral carregam os aspectos daquilo que podemos chamar de “alquimia do vinho”, ou seja, a mistura preparada segundo os critérios de um enólogo, sua visão de mundo, sua personalidade ou ainda os aspectos comerciais que se quer atingir. Fato este, presente em ambos os casos.

Daí minha busca por vinhos que não fazem parte da questão “consumo de massa”. Estes vinhos sim são especiais. Seja qual for o aspecto envolvido, o vinho produzido com a alma do enólogo representa sua personalidade. Se nos identificamos, gostamos, se nos desagrada, odiamos e viramos a página, indo para a próxima taça.

Mas a discussão é o Corte ou o Varietal na questão da alma. Neste aspecto eu diria que sou “Corte” ou blend. Sim, acredito mais na complexidade da alquimia da mistura, no blend fantástico obtido por parcelas milimétricas de vinhos com características que, somadas formam um “belo ser”, o vinho “cortado”.

Não posso chamar os varietais de simples, gosto deles em momentos determinados, na harmonização, em diversas ocasiões quando meu palato pede. Mas o “corte” é especial, para mim, bem adequado a ser consumido unicamente ele, eu e o silêncio para poder absorver todos os ângulos, todos os aspectos únicos, toda a sua glória, toda a sua alma.

E você, já sabe qual é sua preferência, seu estilo, seu gosto pessoal?

Se não sabe, leia sua alma… Saúde!

Almir Anjos