Sua alma é para vinhos varietais ou para vinhos de corte?

Varietal

Varietal descreve um vinho feito principalmente a partir de uma única variedade de uva, e que normalmente exibe o nome da variedade no rótulo do vinho.

Como exemplos de variedades de uva comumente usadas em vinhos varietais temos: Cabernet Sauvignon , Chardonnay e Merlot, etc.

Vinhos que exibem o nome de duas ou mais variedades em seu rótulo, como um Chardonnay- Viognier, são misturas ou os chamados cortes como se diz, e não os vinhos varietais.

Uma discussão que demandaria tempo e não conseguiríamos definir se isto ou aquilo é melhor (varietal ou corte), não é o objetivo do post, mesmo porque, há verdadeiras pérolas em vinhos, elaborados de uma ou outra forma.

Aqui se pretende “brincar” com a questão da personalidade existente em cada um de nós, definindo estilos, momentos e gosto pessoal.

Mas vamos lá. Em psicologia temos conceitos definidos em termos de padrões pré-estabelecidos, que indicam traços da personalidade humana, tendências e hábitos.

Varietal II

Com relação aos vinhos é a mesma coisa. O consumo e o gosto estão associados aos traços da nossa personalidade, aspectos pessoais e também nossas vivências e soma de conhecimento, bem como também de algo que podemos chamar de curiosidade no saber, que pode formar um hábito.

A personalidade é o conjunto de características psicológicas que determinam os padrões de pensar, sentir e agir, ou seja, a individualidade pessoal e social de alguém.

A formação da personalidade é processo gradual, complexo e único a cada indivíduo. Sendo o hábito de consumo dos vinhos, a mesma coisa, ou seja, depende de um aprendizado, depende da “alma” envolvida, depende de você!

O termo “conjunto das características marcantes de uma pessoa”, forma este conceito global do ser.

No vinho podemos classificar os diversos aspectos, assim como no ser humano. Há vinhos leves, doces, secos e aromáticos. Assim como há vinhos duros, tânicos, secos ou mais adocicados. Milhões de possibilidades!

Se pensarmos em um vinho varietal teremos algumas características que podem ser mais facilmente identificadas, sem no entanto perderem complexidade ou outros aspectos obtidos pelo tempo em barricas ou mesmo apenas da uva em soma com seu “terroir”.

Vinhos “cortados” em geral carregam os aspectos daquilo que podemos chamar de “alquimia do vinho”, ou seja, a mistura preparada segundo os critérios de um enólogo, sua visão de mundo, sua personalidade ou ainda os aspectos comerciais que se quer atingir. Fato este, presente em ambos os casos.

Daí minha busca por vinhos que não fazem parte da questão “consumo de massa”. Estes vinhos sim são especiais. Seja qual for o aspecto envolvido, o vinho produzido com a alma do enólogo representa sua personalidade. Se nos identificamos, gostamos, se nos desagrada, odiamos e viramos a página, indo para a próxima taça.

Mas a discussão é o Corte ou o Varietal na questão da alma. Neste aspecto eu diria que sou “Corte” ou blend. Sim, acredito mais na complexidade da alquimia da mistura, no blend fantástico obtido por parcelas milimétricas de vinhos com características que, somadas formam um “belo ser”, o vinho “cortado”.

Não posso chamar os varietais de simples, gosto deles em momentos determinados, na harmonização, em diversas ocasiões quando meu palato pede. Mas o “corte” é especial, para mim, bem adequado a ser consumido unicamente ele, eu e o silêncio para poder absorver todos os ângulos, todos os aspectos únicos, toda a sua glória, toda a sua alma.

E você, já sabe qual é sua preferência, seu estilo, seu gosto pessoal?

Se não sabe, leia sua alma… Saúde!

Almir Anjos

 

 

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