Viña Koyle e seus vinhos biodinâmicos: Desvendando os segredos da fruta

Já faz um tempo que tenho verdadeira admiração pelos vinhos deste produtor, desenvolvidos magnificamente pelo seu enólogo e proprietário Cristóbal.

Para quem ainda não conhece, trata-se de um produtor biodinâmico localizado no Chile. A vinícola se caracteriza pela busca da fruta nos vinhos, em sua essência, seria, a meu ver, o chamado “Terroir Original”.

É admirável a paixão como Cristóbal fala de seus vinhos, de seus métodos de condução, e da sua busca incansável por produtos que caracterizem toda a sua originalidade.

Seus vinhedos têm ao longo dos anos, demonstrado cada vez mais complexidade nos vinhos, adquirida perceptivelmente pelo avanço das raízes no solo, penetrando e absorvendo elementos novos que acabam por fazer a diferença em cada safra.

Estive na Gran Cru esta última terça feira (08/11/2011) participando da degustação de dois produtores, a Koyle  do Chile e o Chateau CGR da França.

A Koyle trouxe suas novas safras. Fiquei sensivelmente impressionado pelo seu Syrah Royale. Elegante, complexo, frutado, aromático, muito, mas muito expressivo. Claro que os outros vinhos degustados também se apresentaram divinos. Mas sempre há um que se destaca dos demais, e neste caso, foi o Syrah.

 

Syrah Royale, sensacional

 

Conversando com Cristóban, acabei perguntando de seus novos projetos em relação á vinhos brancos. O que ele me respondeu que há sim um projeto em desenvolvimento em uma determinada região, passando por fazendo testes.

Tudo está ainda em fase de experimento. Revelou-me inclusive as uvas (uma tinta e uma branca), que infelizmente não posso revelar. Fiquei muito animado, porque quando há novos projetos, há novos vinhos e vindo deste produtor, serão com certeza admiráveis.

Provei também os vinhos do produtor francês que eu não conhecia. Foram seis vinhos da região de Bordeaux. Interessantes e bem elaborados, tendo um custo X benefício excepcional!

 

Chateau CGR

 

Abaixo a relação de vinhos provados de cada produtor, e claro, o Syrah da Viña Koyle:

– Koyle Reserva Cabernet Sauvignon 2009

– Koyle Reserva Carmenére 2009

– Koyle Reserva Syrah 2009

– Koyle Royal Syrah 2008

Do produtor Chateau CRG:

– Chateau Ramafort 2005

– Chateau Cardus 2007

– Chateau Grivières 2005

– Chateau Malaire 2007

– Chateau Vivier 2007

– Chateau La Cardonne 2005

Se quisersaber mais sobre biodinâmicos, consulte os links abaixo e veja matérias já publicadas:

– Degustação: Os vinhos biodinâmicos como estilo de vida: http://migre.me/67sqL

(No final do post há mais 2 links sobre vinhos biodinâmicos)

Sobre o produtor Koyle, veja matérias anteriores:

– Vinhos de expressão no 5º Encontro do Somellier da Grand Cru: http://migre.me/67ski

Em breve você encontrará os vinhos da Koyle na Loja Virtual da Vinnobile, acessando: www.vinnobile.com.br ou pelos telefones: (11) 5073-0702 e (11) 5073-0725.

Grand Cru: Grand Tasting alia portfólio expressivo, competência e ótimos vinhos

A semana começou e ainda me lembro do evento da Grand Cru. Em ambiente agradável, na Casa da Fazenda, pudemos provar mais alguns exemplares, muitos dos quais ainda não conhecíamos, fechando nossa “maratona etílica” daquela semana, com “chave de ouro”.

No último dia 11 de agosto, profissionais se reuniram para as provas e contato junto a alguns produtores, que lá estiveram presentes já em outras ocasiões.

Viña Koyle, surpreendente!

A Viña Koyle do Chile sempre nos surpreende com seus vinhos emblemáticos, bem feitos e biodinâmicos (ver post: http://migre.me/5xjtr). Mas além deste produtor, pude provar vinhos expressivos dos quais vou citar alguns Pinot Noirs:

O Humberto Canale Gran Reserva Pinot Noir 2009, da Patagônia, Argentina, mudou meu conceito de Pinot feito no novo mundo, pelo menos neste especificamente.  Um vinho que mesmo tendo envelhecido 10 meses em carvalho, conserva sua leveza e tipicidade, claro, com toque diferente inerente ao novo mundo. Com 14% de álcool, em perfeito equilíbrio, médio corpo, suave e marcante. Na faixa de R$ 89,00 o que é bem acessível eu diria.

Mas um Bourgogne como o Bouchard Cote de Baune Villages 2009 da França, este sim, um vinho maravilhoso! Leve, equilibrado e também bem acessível, por volta de R$ 98,00. Graduação alcoólica de 13%. Um exemplar de Pinot Noir para ser lembrado.

Gostei muito também do tinto Ornellaia Le Volte Bolgheri DOC 2008, da Itália. O nome do produtor já diz tudo: Tennuta Dell` Ornellaia, que passa 8 meses em barricas, corte da Sangiovese 52%, merlot 36%, Cabernet Sauvignon 12%, Toscana 14%. Na faixa de R$ 110,00, com mentol e floral na boca, ótimo corpo e equilíbrio.

Para finalizar não posso esquecer dos vinhos espanhóis que se destacaram pela qualidade, estrutura e equilíbrio, os Heras Cordon Vendimia Selecionada 2007 e o Heras Cordon Reserva 2004, ambos de Rioja, Espanha.

Heras Cordon, Espanha, com potencial de guarda

O primeiro 90% Tempranillo, 5% Mazuelo e 5% Graciano. Um vinho com potencial de guarda, que recebeu 90 pontos de Robert Parker, com notas de especiaria, madeira e grande amplitude. Na faixa de R$ 78,00 e teor alcoólico de 13%.

O segundo, corte das uvas 90% Tempranillo e 10% Graciano, também com grande potencial de guarda e envelhecimento. Recebeu nada mais nada menos que 92 pontos de Robert Parker. Um vinho intenso, harmonioso e complexo. Produtor: Heras Cordon. Faixa de preço: R$ 120,00.