Há poesia nos vinhos…

 

Como um hábito pode ser eternizado no tempo?

Assim como as crenças que se propagam?

O vinho se renova nos encontros

Determinados pelos momentos,

Pelos acontecimentos e pela história.

Envolvem as pessoas e seus sentimentos,

Abrem portas e fazem amores.

Em cada descoberta, uma surpresa;

Assim como os gestos espontâneos,

Que alegram nossa existência,

Aquecem nossos corações.

Sentimos o pulsar da vida,

A alegria e a felicidade.

Somos um, somos muitos,

Á compartilhar a grandeza

E os momentos inesquecíveis.

Talvez os deuses… com certeza um Deus.

Abraçando calorosamente,

Igualando no crescimento e na vontade.

Somos um, somos muitos.

Uma sensação… várias.

Poderia ser apenas um prazer terreno,

Mas é o fruto da sabedoria do homem,

Na sua busca, na eternidade,

No amanhã que se esconde no infinito

…de nossos dias…

 

 

O Amor e os vinhos…

Ah! o amor, este sentimento tão desejado e pouco compreendido que entre desencontros e encontros, voltas e descobertas, se apresenta inconfundível, se apresenta: amor.

O vinho sempre esteve presente, desde o passado longínquo, desde os primórdios, incendiando os casais mais afoitos, adoçando os momentos profundos, acariciando as noites perfumadas, num encanto sem fim onde há só romance…

Borbulhas nas noites intensas, dos casais em suas loucuras amorosas, embalos dos sonhos e desejos, das consciências torporizadas, dos ninhos de amor preparados, dos amores desfeitos na agonia da dor das perdas, e o vinho estava lá…

Como companheiro das noites solitárias, quase infelizes e melancólicas…

Dirigindo os sentimentos dos que se mostram incapazes de fazê-lo sóbrio, de encarar a realidade com a timidez particular de quem a possui. 

Ligeiros, doces, encorpados, alegres, como o amor que se apresenta desvairado ou doente, imaginativo ou infértil, emocionante ou apático, alegre ou triste, verdadeiro ou falso. Nesta confluência dual, inspirados pela noite, iluminada pela luz do luar dos apaixonados, apaixonantes, desencorajados, e felizes.

Querer amar é o mesmo que querer tocar, desejar eternizar cada momento e suas sutilezas marcantes, seus aspectos apaixonantes.  E  o vinho, ah! o vinho,  sempre presente nas noites.

 Noites de gala, jogos de sedução eletrizantes, olhares trocados através das taças, erguidas para a saúde, para o bem, para a construção, para o amor e desejos de vitórias e conquistas. 

O amor nunca seria o mesmo sem os vinhos, o momento pediria algo, e onde estaria?

O vinho complementa este sentimento profundo, desenvolvido pelos encontros das almas em sintonia, glorificados pela troca, consagrados pelo destino…

Amores que vêm e vão, que coexistem, que se fortalecem, que se eternizam por vezes, que nascem e morrem rapidamente. Que permanecem e resistem na eternidade.

Assim são os vinhos, bons vinhos, eternizados na memória sensorial de quem os provou e direcionou a consagração do belo, em seu estado pleno de felicidade.

Ah! O Amor…