E Mona Lisa sorriu ao beber vinho: Vinhos da Tenute Giucciardini Strozzi

Fotos: Norio Ito

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Muitas são as teorias sobre o sorriso enigmático que foi conferido a famosa obra de Leonardo da Vinci, a Mona Lisa.

Na minha opinião, bem que pode ser um sorriso após provar uma bela taça de vinho. Será?

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As princesas

A Tenute Giucciardini Strozzi é o produtor que trouxe ao Brasil, as duas princesas descendentes de Mona Lisa, Irina e Natalia Strozzi, 15ª geração da aclamada Gioconda, e que nos brindaram com a apresentação de belíssimos vinhos de alta qualidade, produzidos em sua propriedade datada do ano de 994.

Não é de se estranhar que a simpatia das duas e a alegria contagiante, tenha dado o tom desta visita muito significativa, proporcionada pela Importadora Itália Mais. Elas são muito comunicativas.

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O local escolhido foi o Rubayat da Faria Lima que também proporcionou um belo almoço harmonizado com carnes e pratos de sua cozinha especialíssima.

Vários vinhos foram degustados, entre brancos e tintos, destacando-se alguns que ainda não se encontram no Brasil.

Não vou citar todos os vinhos para que não fique cansativo, mas o que para mim, teve destaque e se sobressaiu.

Foto: Almir Anjos

Foto: Almir Anjos

– Arabesque Vermentino IGT:

Este vinho é um corte de 85% Vermentino e 15% Sauvignon Blanc. O nome do vinho foi tirado de um passo de dança. Uma das princesas foi quem inspirou o rótulo, pois foi bailarina.

A cor é um amarelo com tons esverdeados. Nos aromas apresenta muita fruta, um toque de frescor e mel. Em boca é fresco, tem leveza, ótimo conjunto e harmonia, com final de boca com boa persistência.

– Sódole IGT:

Um vinho exuberante desde os aromas, até o final de boca. Supertoscano elaborado 100% com Sangiovese. Vinho produzido apenas nas melhores safras que tem passagem de 12 meses em barricas francesas e mais 12 meses em garrafa.

A cor é um vermelho rubi intenso com reflexos de vermelho granada. Os aromas complexos são de frutas vermelhas e também de frutos do bosque. Ligeiro toque aromático do uso do carvalho.

Em boca é untuoso, redondo, harmonioso e complexo. Os taninos são macios e o final de boca é elegante e persistente. Faixa de preço R$ 334,00.

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As princesas e eu

A Itália Mais busca trazer vinhos de qualidade da Itália, com destaque para as regiões de Bolgheri, Sicília e Vêneto.

Para maiores informações: www.italiamais.com.br

 

Nova importadora Vin’Dame aposta em vinhos da Alemanha, Itália e França

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Não é comum encontrar em uma empresa iniciante nas atividades de importação de vinhos, um portfólio tão vasto em vinhos brancos, ainda mais sendo de países como a Alemanha.

Apresentando seus 37 vinhos no Audi Lounge em São Paulo, tanto para a imprensa como para seleto público, a importadora aposta na qualidade dos vinhos e na seleção apurada, fugindo dos vinhos “massivos” de baixo preço e qualidade por vezes duvidosa.

É a importadora  VINd’AME, focada nos melhores vinhos de “terroir” e possuindo em seu portfólio, produtores renomados e de alta qualidade.

Segundo Michael Schütte, sócio administrador da Importadora, VINd’AME é uma expressão francesa que significa vinhos d’alma e com esta filosofia degustou todos os vinhos importados, procurando o reflexo do território em que são produzidos, contrastando com os produzidos em grande escala.

Após uma primeira triagem com leituras e indicações, provou mais de 1000 vinhos e visitou mais de uma centena de vinícolas, selecionando 13 produtores.

Os produtores aprovados podem ou não possuir certificado orgânico/biodinâmico, porém a maioria têm grande  consciência ambiental, sendo que em seus vinhedos e processos de vinificação, observa-se a ausência de tratamentos químicos convencionais na cultura, realização de colheita/seleção manual e a não utilização de intervenções químicas, aditivos e corretivos nos vinhos.

O processo de vinificação natural com mínima intervenção obedece aos métodos tradicionais e o uso de sulfitos é no final da produção, assegurando sua baixa concentração, permitindo a expressão das leveduras indígenas no início do processo.

Outra preocupação é com o transporte e conservação dos vinhos, desde a origem até o consumidor, utilizando a refrigeração durante o processo.

Com o compromisso de oferecer produtos de alta qualidade a Vind’Ame importa atualmente 73 rótulos, procedentes da Alemanha, França e Itália. Em breve novos rótulos do Velho Mundo e Novo Mundo devem ser incorporados, sempre com a mesma filosofia de “vinhos de terroir”.

Abaixo, alguns dos 37 vinhos degustados:

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– Branco: Kiedricher Sandgrub Riesling Auslese 2005: Um dos vinhos que mais gostei. É aromático, intenso e complexo. Aromas de frutas como pêssego e damasco. Em boca presença de mineralidade e boa persistência. É um colheita tardia com bagos selecionados manualmente. Sugestão de preço: R$ 579,50.

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– Branco: Josephshöfer Monopol GG-Reichsgraf von Kesselstatt-Riesling- 2010-Mosel/Saar/Ruwer, Mosel Central – Alemanha.

Vinho de cor amarelo palha, aromas de pêssegos e mineral (pedra de isqueiro), na boca é elegante com mineralidade e persistência longa. Sugestão de preço: R$ 479,50

Dame 4

– Tinto: Gevrey-Chambertin “Vielles Vignes”- Dom. Jean-Michel Guillon et Fils- Pinot Noir 2013 Borgonha Côte d’Or – França.

Vinho de cor rubi e reflexos violáceos, aromas complexos de frutas vermelhas escuras que se refletem na boca. Final agradável e longo. Preço sugerido: R$ 689,00.

Dame 5

– Tinto: Valpolicella Superiore DOC Ripasso-Ca’Rugate – Corvina, Rondinella, Corvinone 2012 Veneto Valpolicella Superiore – Itália.

Vinho de cor rubi e aromas de frutas vermelhas com notas de especiarias. Na boca possui grande equilíbrio é macio e vem em um final bem persistente. Sugestão de preço: R$ 199,50

O desafio agora é atender a demanda com as faixas de preços elevados e a crise. Vamos acompanhar!

Para conhecer visite:

www.vindame.com.br

Colaboração: Eduardo Morya

 

 

 

 

Veneza, um mundo de sonhos surreais – Parte V – Final

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Veneza é um capítulo á parte. Sua beleza “surreal” encanta qualquer visitante.

Não é uma cidade barata. Refeições, travessia, são itens que pesam bastante. Mas a encantadora paisagem que confunde terra e mar inundando nossos sonhos confunde nossa realidade e nos fazem sentir uma grande emoção jamais imaginada.

Veneza é um sonho na vida de todos os viajantes. Assim que desci na estação de trem, pude sentir a grandiosidade e a herança deixada no tempo das gerações passadas.

Cada construção é um convite ao passado, á arte, os seus canais, suas pontes, seus monumentos, toda a cidade tem um ar musical e romântico. Não é a toa que foi uma das cidades mais importantes da Europa.

O patrono da cidade é São Marcos e a basílica é um dos pontos altos da visitação, assim com a Piazza de São Marco.

Visão diante da escadaria da estação

Visão diante da escadaria da estação

Logo ao sair da estação de trem, respirei fundo diante da escadaria, observando o primeiro canal que se descortinava á minha frente. Forte emoção. Ao longo de todo o trajeto até a parada final na Piazza, fui fotografando e relembrando, pois já fazia 12 anos que eu não vislumbrava a inebriante paisagem.

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Ao descer na estação, meu coração acelerou ainda mais. Um misto de saudosismo e uma vontade de chorar me invadiram. Era muita emoção poder retornar a este belo lugar, e eu ainda refletia sobre este retorno.

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Fui caminhando lentamente e logo já estava aos pés do Palácio dos Dodges e vislumbrava a Piazza ao centro.

Estavam desmontadas as passarelas móveis que auxiliam os turistas quando a Piazza inunda com a água do mar, ao subir seu nível.

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As pombas estavam lá, da mesma forma como outrora, enfeitando e surpreendendo os turistas. A mesma quantidade de japoneses tirando fotos de tudo. Caminhei até o canto próximo a Basílica de São Marco, fazia uns 8°c e resolvi que iria tomar um Bayle’s no mesmo local onde no passado havia estado. Parei no bar, misto de padaria e pedi. Tomei vagarosamente enquanto os pensamentos rodavam no passado e no presente.

Caminhei por toda a extensão da praça e resolvi que iria explorar os arredores, sem mapa, só pelo instinto e me deixando surpreender em cada rua. Assim o fiz…

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Belas vitrines com souvenirs, de máscaras a enfeites, de alimentos e restaurantes por todas as vielas visitadas. Pessoas caminhando e explorando cada centímetro desta que eu considero ser, uma das cidades mais “exóticas” em toda a sua natureza.

Caminhei por lugares e em alguns deles reconheci o passado. Segui em direção a Ponte de Rialto, não muito distante. Perdi-me nas vielas estreitas de Veneza, uma delícia, sem tempo, sem compromissos, sem direção, só coração e alma.

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O avançado do horário me fazia ter fome. Fotos em Rialto, observação dos barcos indo e vindo e logo já me encontrava dentro de um pequeno restaurante, apreciando um risoto de frutos do mar, um bom vinho Rosso e água.

Esta não era uma “Viagem Cultural” para visitar museus, etc. A ideia era caminhar, sentir o ar, as vielas, as vitrines, respirar Veneza. E isso eu fiz…

Finalizei o almoço e muito feliz caminhei ainda por algumas horas em Veneza. Mas já era momento de retornar.

Caminhei mais uma vez em direção a estação e rumei de volta á Bolonha de trem.

Estava cansado mas feliz, tendo tempo suficiente para tomar um bom banho e entre pingos de chuva caminhar até o restaurante La Bella Napoli (Pode parecer estranho mas é um ótimo restaurante e quem mantém também outra unidade em Napoli), situado na Via S. Felice, 40, bem próximo ao meu hotel.

O lugar foi um achado. Gostoso, confortável, bom atendimento e bons preços. Recomendo!

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Provei de entrada o Carpaccio do tonno su letto di insalatina (Carpaccio de atum sobre cama de salada / Carpaccio of tune in bed of salad).

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O prato principal foi Spaghetti al trancio di tonno e pomodorini freschi al profumo di cipolla (Spaguete com atum, tomates cereja e perfume de cebola / Spaghetti  with tuna, cherry tomatões at onions parfum).

Tudo deliciosamente gostoso. Tomei uma taça de vinho branco, um I Croppi Albana Secco e finalizei com um café gostoso.

Pedi a conta e segui para o meu hotel. No dia seguinte cedo após o café da manhã, rumei ao aeroporto retornando ao Brasil, com muitos sonhos e lembranças.

Pensando novamente: Veneza, me aguarde, retornarei!