D.O. La Mancha: O “terroir” que se reflete nos vinhos, sem “manchar” a qualidade

Falar desta denominação de origem (D.O.) é falar olhando o tempo e o clima. Sim, porque na região central da Espanha, esta denominação aparece junto a baixas e elevadas temperaturas, sendo descrita como o local com “Nove meses de inverno e três meses de inferno”.

Tive a grata oportunidade de provar os vinhos desta denominação no Emiliano, no último dia 15/05.  Confesso que fiquei surpreso pela qualidade geral.

Fui sem expectativas, apenas aberto para provar e deixar minha mente divagar sobre os aromas, sabores e as castas apresentadas.

Foi uma excelente prova de vinhos, bem acima da média, ou seja, muito boa em todo o conjunto. Difícil falar de um só produtor, ou de um só vinho, mas vou tentar descrever em palavras o que mais me motivou e entusiasmou.

Primeiramente a grande maioria dos vinhos com Tempranillo, já fiquei feliz, porque adoro esta uva, e adoro esta uva plantada na Espanha. Depois porque não verifiquei grande concentração de álcool. Todos os vinhos na medida certa, equilibrados neste sentido.

O lugar também ajudou, foi tranquilo, não estava lotado, e tudo conspirou para que o encontro com amigos de profissão e pessoas queridas transcorresse na mais perfeita harmonia.

Em dado momento da degustação eu pensei: Mas e a água? Mostre-me a água porque não consigo deixar de provar, os vinhos são realmente muito bons.

Mas vamos falar dos vinhos que provei e mais gostei:

 

A Vinícola de Tomelloso foi o ponto alto para mim, o melhor produtor e os melhores vinhos em conjunto estavam ali. Desde o mais jovem, até o reserva, passando também pelos brancos e por um rose esplendido, de Tempranillo.

Seguem os vinhos que mais me agradaram deste produtor:

– Finca Cerrada Rosado: 100% Tempranillo (Cencibel). Um vinho rose com cor intensa, muito aromático. Aromas de frutas vermelhas maduras, na boca surpreendente e equilibrado, redondo, com retro gosto floral. Um vinho que já ganhou três medalhas de prata em concursos internacionais. Ideal para harmonizar com massas, queijos frescos e curados, carnes brancas.

– Torre de Gazate Crianza 2005: 60% Tempranillo (Cencibel) e 40% Cabernet Sauvignon. 13,5% de teor alcoólico. Um vinho elegante, de aromas exóticos e intensos. Na boca, fresco e frutado. Equilibrado, com taninos macios e harmoniosos. Ideal para carnes e assados.

– Torre de Gazate Reserva 2000: 50% Tempranillo (Cencibel) e 50% Cabernet Sauvignon. 13,5% de teor alcoólico. Um vinho que se mostra potente, com aromas proporcionados pelo tempo de barrica, com equilíbrio alcoólico e geral. Um vinho com caráter único, vibrante, elegante e encorpado. Harmoniza com carnes de caça, queijos curados.

 

Destaco também os vinhos do produtor Dominio de Punctum, vinhos orgânicos e biodinâmicos de grande qualidade e com rótulos muito expressivos.

 

Destaque para o “Viento Aliseo Viognier 2011”, muito aromático e intenso e o “Amor Amor Tempranillo 2011”, com incríveis e delicados aromas, e uma boca com bom corpo e taninos macios.

Bem, como eu disse inicialmente, não dá para falar e citar todos, mas especialmente gostei também do produtor Allozo Centro Españolas, com seu Allozo Red Reserva 2005 e a Bodegas Verduguez e seus tintos “Imperial Toledo”.

 

 

Da próxima vez, lembrarei que a água existe. Salut!

 

 

 

4 pensamentos em “s”

  1. Vinicola de Tomelloso e Eurosampa, representante da adega no Brasil, agradcemos as indicaçoes de nossos vinhos da D Origen La Mancha e a boa critica recebeda. Grato pelos comentarios. Jaime Miguel (Eurosampa)

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