Estive no último dia 06 de Setembro participando da Coletiva de Imprensa e da abertura da exposição e venda de cachaças no Mercado Municipal de São Paulo.
Em um panorama único e adequado, pudemos debater e buscar informações sobre o mercado da cachaça no Brasil, a mudança no consumo e o início da união dos produtores.
As explanações foram feitas por José Lúcio Mendes, presidente do Centro Brasileiro de Referência de Bebidas, por Luiz Vicente Mendes, diretor da Cachaças do Brasil e por José Roberto Graziano, supervisor geral de abastecimento de São Paulo.
Abordados aspectos sobre o mercado e consumo, bem como a necessidade de se tornar a “caipirnha” o nosso drink nacional, principalmente visando os eventos próximos de Copa do Mundo e Jogos Olímpicos, tornando a nossa bebida, um “Welcome Drink”, ou seja, o drink de boas vindas do brasileiro à todos os visitantes estrangeiros.
Dos presentes nos estandes, os nomes que para nós se destacaram foram:
Cachaça Germana (Minas Gerais), Weber House (Rio Grande do Sul), Santo Grau (Rio de Janeiro/São Paulo e Minas Gerais), Dedo de Prosa (Minas Gerais) e Prazer de Minas (Minas Gerais), entre outras.
Mas não queremos deixar de ressaltar o esforço coletivo dos produtores, em tantas marcas e possibilidades de experimentação.
Os boxes do Mercadão que vendem bebidas ofereceram ao consumidor, a possibilidade de adquirir os produtos a um
preço bem acessível e numa variedade jamais vista em São Paulo.
Pequenos produtores tiveram a oportunidade de sentir nosso mercado, em conjunção com os outros produtos oferecidos no local, como frutas e outras bebidas, em grande movimentação de público e interessados.
Foram oferecidas palestras gratuitas e abertas aos visitantes.
Seguem alguns dados sobre este mercado:
A cachaça é o terceiro destilado mais consumido no mundo. Há hoje cerca de 4000 marcas e 40 mil produtores. São produzidos 1,3 bilhão de litros de cachaça. Dos destilados vendidos no Brasil, 86% do consumo é de cachaça, movimentando cerca de R$ 7 bilhões/ano.
O mercado vem investindo na qualidade da bebida, tornando-se uma bebida de qualidade já reconhecida e quebrando tabus e preconceitos entre os consumidores de outros tipos de bebidas, sendo hoje considerado um destilado nobre.
Já há uma série de movimentações no mercado, entre aquisições e fusões de empresas no segmento de cachaças, resultando em grande crescimento em detrimento da curva descendente do conhaque e do uísque, em nível mundial.
Vamos aguardar os próximos passos e desejar que a cachaça brasileira encontre o reconhecimento mundial não só no sabor, mas no aumento do consumo, passando inclusive a integrar também a gastronomia internacional.