Por: Eduardo Morya e Almir Anjos
A rolha de cortiça é proveniente do Sobreiro (Quercus suber L.), árvore típica do Mediterrâneo que em Portugal possui grande importância cultural e econômica, sendo inclusive considerada a árvore símbolo do país.
Os registros apontam que o uso da cortiça data de 3.000 a.C. por egípcios e persas. O aprimoramento de seu emprego vem ocorrendo de geração para geração.
Em Portugal existem mais de 600 indústrias que se dedicam a atividade corticeira e cerca de730 mil ha ocupados com a árvore.
O mais nobre uso da cortiça é para a fabricação de rolhas e um novo tipo de rolha foi inventado para vedação de vinhos tranquilos.
Este novo tipo de rolha foi desenvolvida através de parcerias entre empresas de Portugal e Estados Unidos da América, lançada na VINEXPO de 2013 e sua utilização iniciada por vinícolas portuguesas em meados de 2014.
Recebeu o nome de “HELIX” e trata-se de uma rolha que é retirada da garrafa de vidro com torção manual (sem o uso do saca-rolha), pois no interior do gargalo existem sulcos nos quais a rolha se molda, permitindo uma perfeita vedação e fácil manuseio na abertura. Foi ergonomicamente desenvolvida e projetada em combinação com a garrafa.
É um produto 100% renovável, moderno e o vinho embalado em garrafas de vidro com rolhas de cortiça Helix não mostrou “nenhuma alteração em termos de sabor, aroma ou cor”.
Utilizada desde a antiguidade, a cortiça é o vedante preferido pelos consumidores, sendo uma boa opção na questão da qualidade e da sustentabilidade. Proporciona criação de “valor” junto aos produtores.
Estudos revelam que as marcas de vinhos que se utilizam da cortiça, registram um maior crescimento anual das vendas e preços mais estáveis do que os vedantes alternativos.
Resta saber o que o consumidor pensa de tudo isso, no uso diário e na questão do “glamour” envolvido.
Saúde!