O desejo íntimo da verdade nos vinhos: A união e o respeito mútuo!

Li tudo o que foi postado na internet. Jornais, CBN, importadoras, Ibravin, Salton, etc.

Primeiro gostaria de dizer que não sou dono da verdade, só mesmo da minha verdade. Depois, gostaria de dizer e falar em honestidade e transparência, coisas raras no mundo capitalista, seja lá de onde venha o vinho, seja ele importado ou nacional.

O interesse em seu próprio negócio e a necessidade de sobrevivência, por vezes, nos faz dizer coisas, que naturalmente não diríamos.

É tempo de união nos vinhos, tempo de propagar o que ainda é para todos nós, uma criança engatinhando, ou seja, o consumo de vinhos no Brasil.

Diante de outras bebidas e diante do consumo no mundo, somos meros bebês.

Embora em termos globais, o nosso número possa parecer grande, o consumo de vinhos, como bem sabemos, é ridículo no Brasil.

Pontos de vista todos nós teremos, e não são mais do que pontos de vista, não representando a totalidade do pensamento global e muito menos desprovidos de interesses.

Não fugimos ou nos isentamos dos nossos próprios princípios, que regem a nossa vida, nossa maneira de ser, nosso caráter, ou a falta dele.

Admiro os passos no desenvolvimento dos vinhos nacionais. Eles foram dados pelos enólogos de fora do nosso país. Todo o aprendizado veio de lá, como todos sabemos.

Consultores e enólogos internacionais, visitaram nosso país, vislumbraram as possibilidades e em conjunto com os nossos profissionais (que fizeram escola lá fora) foi implementado o que hoje se denomina a Indústria Nacional de Vinhos, o nosso vinho, o vinho brasileiro.

Em contrapartida, é inegável que existe uma grande crise assolando a Europa e o comércio dos vinhos no mundo. É uma realidade das mudanças, que de tempos em tempos assolam o mundo, deslocando como se diz, o eixo do poder. Não estou aqui para julgar ninguém. Sempre defenderei a qualidade do vinho nacional e sempre defenderei a qualidade do vinho importado, quando todos eles forem bons.

Não podemos tirar de tudo isto uma lição? A de que realmente sempre faltou união neste setor?

Os interesses são sempre pessoais?

Importado ou Nacional, sempre existirá os interesses pessoais para serem defendidos. O último em que se pensa, é no consumidor.

E não é isto, estou errado?

Eu quero o emprego, eu desejo o crescimento, eu me manifesto na necessidade de união. Sabemos que o que se planta, se colhe e hoje colhemos o fruto daquilo que deixamos de plantar: A união, o desinteresse, a real aparência.

Deixamos de fazer coisas ao longo de todos estes anos, esta é a realidade. E hoje choramos? Gritamos como crianças mimadas?

O vinho nacional já atingiu um bom patamar, isto é inegável. O vinho importado nem se discute. Há o bom, o ótimo e o ruim.

Políticas comerciais sempre existirão. Leis sempre foram e serão votadas e nós, diante de tudo o que faremos? Ficaremos parados vendo a uva apodrecer no parreiral? Ou vamos nos refazer, nos reinventar e crescer superando esta crise que pode vir a se instalar, certa ou errada?

Sejamos fortes, sejamos homens de verdade, sem agressões, sem palavras duras que ofendam o outro. Teremos que conviver uns com os outros. Vamos propagar a ideia do melhor, para ambos os lados, aconteça o que acontecer…

Não há derrotado, não há vencedor, há jogo de interesses pessoais, e isto sempre existirá. Vejamos isto como um “chacoalhão” na vida, para acordarmos e pensarmos, diante de nossos filhos, se estamos fazendo a coisa certa, todos os dias.

Que o futuro sorria para o vinho no Brasil, porque depois da tempestade sempre vem a calmaria…

3 pensamentos em “s”

  1. Pingback: O fim da Salvaguarda ao vinho brasileiro chegou. O que aprendemos com tudo isto? « VinhodosAnjos's Blog

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