Dicas: Garimpando vinhos e entendendo as diferenças

Tenho que admitir, não é fácil a tarefa de encontrar vinhos diferentes, sem que isto determine ter que comprá-lo ou de alguma maneira experimentá-lo.

É necessário certo conhecimento para identificar a origem, o tipo de uva, envelhecimento e outros tantos aspectos que envolvem o importador e o preço.

Meus vinhos...minha vida...minhas experiências...

Quem compra uma garrafa de vinho, não quer contar com a sorte. Quer abri-la e encontrar o que imaginou e esperava para aquele momento especial.

A melhor forma de se encontrar algo e não se decepcionar, primeiramente é conhecer ou ter indicações.

O gosto pessoal varia, mas a possibilidade de erro diminui.

Não podemos esquecer do “Preço”. Um bom vinho “Nunca” será baratinho, com raras exceções.

Isto porque, por exemplo, se ele passa por madeira (carvalho), já incluiria um custo de barrica de primeiro uso, ao total do líquido dentro dela (US$ 800,00 a unidade da barrica, dividido por 250 litros = US$ 2,4 por garrafa de 750 ml), ou seja, de saída já temos um custo só de barrica, de, no mínimo, R$ 4,10 por garrafa de vinho.

Se juntarmos a isto, o líquido, a rolha, a garrafa de vidro, o rótulo e contra rótulo, a importação, os impostos, demanda, marketing, etc., onde vamos parar no preço unitário?

O vinho: sem tempo...seu tempo...sempre...

É um grande absurdo imaginar que se está bebendo algo de qualidade por R$ 10,00 (por exemplo) de um vinho comprado no supermercado. Não tem como, mesmo sendo nacional, infelizmente.

Mas vamos nos animar, uma boa economia vale para se comprar uma melhor garrafa de vinho. Mais vale uma boa garrafa, do que três imprestáveis que darão dor de cabeça, certo?

Vamos às dicas: 

– Procure uma uva que já conheça e se identifique, a chance de erro será menor. Se quiser experimentar algo novo, e deve, com todo o direito, busque recomendações e informações sobre as características, aromas e sabores com vendedores experientes. 

– Tenha em mente as características de países do Novo Mundo e Velho Mundo.

Para quem não sabe, Velho Mundo são os países da Europa com tradição na produção de vinhos. E os do Novo Mundo, são os chamados países novos, como Chile, Argentina, Brasil, Uruguai, Nova Zelândia, Austrália, etc., que não fazem parte do bloco europeu, ah, e também Estados Unidos, os maiores consumidores de vinhos do mundo. Por que será?

– Tente perceber as diferenças, de sabor, da madeira, das uvas utilizadas, no processo de vinificação, etc., lendo e obtendo o máximo de informações.

Perceba o novo horizonte que se abre com o conhecimento, aliando história mundial e histórias pessoais de cada produtor.

Vinho é conhecimento, é cultura, é afinamento.

Em cada garrafa, com certeza existem muitas histórias por trás.

– Veja a cor do vinho e perceba na graduação o quanto ele pode ser jovem e frutado, por exemplo, e o quanto tem de potencial para ser guardado e tomado em evolução.

Sim, porque o vinho é um “organismo vivo” que “evolui” ou “morre” dentro da garrafa.

– Vá aos poucos experimentando sentir os aromas e identificá-los com “cheiros’ que você já conheça e possa estabelecer uma correlação. Por exemplo: Chocolate.

Não é que “colocaram” chocolate dentro do vinho. Ao ouvir expressões deste tipo, entenda que se está estabelecendo uma correlação entre o vinho e o chocolate, que é algo que as pessoas conhecem o aroma e as características, para poderem comparar com outras coisas.

– Estabeleça o que prefere e mais gosta. Experimente, erre, guarde e recorde do que mais gostou e do que detestou.

Segue abaixo uma lista, de vinhos que deixaram suas marcas, ou pela qualidade ou por diferenças ou por outros tantos aspectos, como preço:

– Steenberg Catharina: África do Sul

– Don Melchor: Chile

– Chateau Camensac: França

– Clos d`Estournel: França

– Trio: Chile

– Orben: Espanha

– La Grola: Itália

– Amarone: Itália

– Pallazo de La Torre: Itália

– Sassoaloro: Itália

– Zuccardi Zeta, e família “Q”: Argentina

– Nautilus Chardonnay: Nova Zelândia

– Vasse Felix Chardonnay: Austrália

– Viña Maipo, simples, reserva ou limited edition: Chile

– Lote 43: Brasil

– RAR: Brasil

– DNA 99: Brasil

– Talento: Brasil

– Desejo: Brasil

– Cothe Du Rhone: França (Guigal)

– Protos: Espanha

– Sauternes: França

– Nero D`avola: Itália

Etc., etc., etc.

Em uma infindável lista de preferências e afinidades.

Boa parte destes produtos, você encontra na Vinnobile, empresa que comercializa vinhos e espumantes.

Bem, experimente, tente, erre, mas aprecie!

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