Sempre me interessei pelos roses. Tive a oportunidade de provar alguns maravilhosos, intensos e com um corpo extraordinário, aliado a aromas típicos e particulares.
É claro que em um universo imenso de vinhos, preços e importadores, assim como com os tintos e brancos, se encontram coisas boas e ruins, dignas de euforia ou completa sensação de desgosto. Mas, há de se selecionar através do equilíbrio, das sensações, do frescor, o que se pode encontrar de bom.
Com os roses ocorre o mesmo.
Encontramos duas maneiras de elaborar o vinho rose. O primeiro, que seria o método de sangria, utiliza o suco resultante dos primeiros estágios de elaboração do vinho tinto. A outra maneira consiste em prensar a uva preta, suficiente para “colorir” o mosto. Após, a vinificação continua da mesma forma como para a elaboração dos brancos.
O vinho rose carrega um leve toque tânico, característico do pequeno contato com as cascas, que lhe dão a coloração suave e determinante. Seu consumo é maior no verão, por seu frescor e elegância.
Alguns dizem que ele é essencialmente feminino. Não concordo. Ele na verdade é elegante, e isto pode representar a “quebra” de força caracterizada, por exemplo, pelo vinho tinto, mas ainda assim, algo que envolve ao meu ver, bastante personalidade.
Bem, deixo ao critério das experimentações, que são a melhor forma de se confirmar, determinar ou definir, seu estilo e suas preferências.
Quer cores fascinantes! E os sabores?
Ah os sabores…
Podem apresentar frescor e sensação de fruta, ou ainda uma leve estrutura tânica ao final, proporcionando uma sensação de corpo e presença.
Se leves, permitem a percepção da jovialidade, ideais para combinações com pizza, um patê de azeitonas ou queijo de cabra.
Se generosos e encorpados, são facilmente inseridos à cozinha mediterrânea à base de azeites, ou grelhados.
Experimente!
Tenho a impressão que estes roses são muito docinhos…
De fato, nunca os bebi.
Alguma sugestão?
Grata
VN
Estes vinhos são todos secos. O vinho doce pode conter açucar. Neste caso, estes vinhos alcançam o teor alcoólico pela fermentação que transforma o açucar em álcool.
Pode existir um resíduo do açucar e isto lhe da uma sensação de doçura, mas é açucar residual.
Em vinhos muito baratos, além de não serem feitos com a uva vinífera (são feitos de uva de mesa, aquela que se come) há a possibilidade de se encontrar açucar adicionado, neste caso, pode dar uma grande dor de cabeça no dia seguinte.
Não compre vinhos roses baratos, procure um bom produtor como o Guigal (França), ou outros tantos existentes no mercado, e aproveite.