Não poderia ser diferente, e não era de se esperar outra coisa.
Com o mundo e a Europa endividados, principalmente os produtores franceses, e vendo-se a China, crescendo e se expandindo, não só no comércio em geral, mas com crescente aumento de consumo de vinhos, principalmente os de Bordeaux, a França tem uma nova e real preocupação: Manter e preservar suas vinícolas na mão dos franceses.
Não se trata de protecionismo barato. O “perigo” é real. Para tanto, o governo francês determinou barreiras e anunciou leis que impedem a venda de certar terras, vinhedos e vinícolas tradicionais para estrangeiros.
Não podemos esquecer que o vinho é um patrimônio da França, e é deste patrimônio que provém seus hábitos e grande parte da cultura francesa e da cultura dos vinhos, em toda a sua qualidade, descobertas e mistérios.
Hoje a China é o maior consumidor dos vinhos de Bordeaux, sendo hoje um sinônimo de status no mundo chinês. Pequim já importa US$ 1 Bilhão em vinhos por ano.
Neste novo panorama, as empresas chinesas passaram de consumidores, a compradores das terras e das vinícolas francesas, para garantir e controlar a produção e o abastecimento.
O assédio é enorme e as ofertas quase irrecusáveis em função das dívidas dos produtores franceses. Muitas já foram vendidas e outras tantas se associaram aos chineses. A estatal Cofco (Chinesa), já comprou o tradicional Chateau Viaud, em Bordeaux. Sendo que também o Chateau de La Salle, Chateau Richelieu e Chateau Laulan, também foram vendidos.
Agora é aguardar as novas leis e as ofensivas de compra ,e ver como o mercado se movimenta e comporta, diante deste novo panorama no mundo dos vinhos.
Veja mais também em: http://vinhodosanjos.wordpress.com/2010/03/19/vinho-na-china-alta-do-consumo/ (China: Alta do Consumo)
Fonte de Pesquisa: “O Estado de São Paulo”