Não há registro que não cite o vinho como a primeira bebida fermentada surgida na antiguidade.

Todos nós sabemos, seja pela leitura ou informações que nos chegam diariamente, que o vinho fez e faz parte da história do homem no mundo.

Há momentos magnificamente eternizados nos filmes e telas dos cinemas nas novelas e até na leitura de livros consagrados.

Mas porque será que o vinho sempre está presente nestes momentos? Será que este algo mais, esta elegância viva, os sabores e aromas, e ainda o álcool compõem esta atmosfera mágica? Eu diria que sim.

Há uma aura envolvente, que se perde lá atrás, na concepção dos vinhos, nas mãos calejadas do plantio, no cuidado, na fronte que derrama seu suor na terra. Esta aura invade o vinho.

Ele, o vinho, principalmente quando é produzido em menor escala, é um elemento vivo e  glorioso, marcante e surpreendente. Não é fácil falar dos vinhos sem citar algum tipo específico, mas é fácil falar quando se deixa a emoção aflorar e se tem uma taça dele por perto…

Já falei do amor, já falei da biodinâmica, já falei do tempo, e do tempo de todos nós. Mas não falei  desta mágica que eterniza.

Não há comemorações sem vinhos, a meu ver, que não fiquem marcadas na memória. Seja uma comemoração isolada, o “eu” falando consigo mesmo. Seja uma comemoração a dois, seja uma comemoração em grupo. Quando celebramos, celebramos o “algo mais” da vida em todos os seus aspectos únicos, particulares e especiais…

O vinho é assim, único, especial, particular… por isso ele é felicidade, contemplação, destino e sonhos, consagrados sim, em uma taça.

Recordamos uma data, se ela foi marcante, lembramos do vinho. Na tristeza não se comemora, a menos que seja um momento introspectivo, próprio e também único do ser.

Deixo que os pensamentos circundem o momento, deixo a flor sentir a pele, à flor da pele, deixo o vinho fluir no seu mar vermelho de alegrias e paixões, sinto o coração pulsar, os olhos saltarem, os ouvidos perceberem o todo da existência humana, num eterno aprendizado, numa busca sem fim pela felicidade eterna…também numa taça!