Margaret River, uma faixa costeira pitoresca na intersecção dos oceanos Índico e Antártico, é um paraíso, muito mais do que apenas ondas e surf.
Em meados da década de 60, um agrônomo chamado John Gladstone tomou conhecimento do potencial para o vinho em uma região anteriormente conhecida por mineração de bauxita, e propôs zonas para o cultivo de diferentes variedades de uvas.
Os primeiros plantios datam apenas de 1970. Talvez porque a área seja tão nova para a viticultura, e ainda relativamente desconhecida pelos críticos mais importantes do mundo, os métodos de vinificação tendem a ser mais hands-off do que, digamos, no Vale Barossa.
E, ao contrário dos grandes sucessos que ganharam notas altas em outros lugares da Austrália, os vinhos de Margaret River são criteriosamente oaked, com acidez refrescante e saborosa fruta, que os sommeliers amam para harmonizar com os alimentos.
- Margaret River
Os vinhedos estão surgindo em toda parte, entre as árvores e os ranchos.
A excelente qualidade dos vinhos da região torna-se bastante fácil de compreender em função do terroir.
O plácido Margaret River forma uma linha divisória entre uma conveniente subzona, norte e sul. O norte tem um clima um pouco frio no qual a Pinot Noir e a Sauvignon Blanc prosperam, enquanto o sul é mais conhecido por varietais de Bordeaux. Os solos são mais dominantemente argilosos ao norte e mais pedregosos ao sul.
Os vinhos Chardonnays são excepcionais, complexos e amanteigados, com um final de boca longo que lembra Meursault.
- Chardonnays maravilhosos!
As Chardonnays dos vinhedos mais ao norte tendem a ter menos álcool e mais mineralidade e acidez.
Dentre os brancos que já provei, em particular os Chardonnays, os de Margaret River sem dúvida, ocupam o topo da minha lista.