Importadora Ravin promove almoço com vinhos da Bodega Mendel, Argentina

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Vinhos surpreendem pela qualidade e regularidade na produção

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A importadora Ravin promoveu esta semana um almoço no restaurante Filadélfia S&B, em São Paulo, para convidados com vinhos da Bodega Mendel, Argentina.

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O encontro teve a presença da export manager Agustína Ronchi que de forma muito descontraída nos recebeu com informações sobre a bodega, produção e vinhos

Os vinhedos de Malbec e Cabernet Sauvignon estão localizados em Perdriel e Mayor Drummond, Luján de Cuyo. Há também os vinhedos da Finca Remota de Cabernet Franc, Semillon, Petit Verdot, Malbec e Cabernet Sauvignon, localizados em Paraje Altamira, no Vale do Uco, em uma altitude que varia entre 900 e 1150 metros do nível do mar.

O clima é desértico com baixa precipitação de chuvas e com irrigação controlada. O solo é aluvial, pedregoso e permeável, baixo nível de nitrogênio e ricos em potássio, que permite alto nível de concentração e intensidade nas uvas.

Uma das curiosidades é o controle da filoxera, com vinhedos sem enxertia e com rendimento controlado, com média a baixa produção, que faz desse produtor, quase um produtor de boutique, dado o cuidado na elaboração.

Como enólogo o reconhecido Roberto de La Mota que iniciou na vitivinicultura aos 19 anos com seu pai, Raul de la Mota, um dos enólogos mais reconhecidos da Argentina, na Bodega y Cavas de Weinert.

Juntou-se a família Mendel para produzir seus prestigiados vinhos, assim como também assessora outras vinícolas

Escrevi sobre a Bodega Mendel em 2018, quando a importadora Ravin incorporou os vinhos em seu portfólio. Tanto na época como hoje, me surpreende a qualidade dos vinhos e o cuidado na elaboração.

Para os que querem recordar, a matéria de 2018: https://vinhodosanjos.com.br/2018/09/21/mendel-wines-da-argentina-integra-o-portfolio-de-vinhos-da-ravin/

No almoço provei os vinhos:

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  • Mendel Semillon 2023: Branco cheio de frescor e elegância, apresenta aromas de flores brancas, mel e ervas que combinou muito na harmonização com a salada caprese, o palmito pupunha trufado e o queijo coalho com mel, que foram servidos. Provei a safra de 2017 e as impressões que ficaram quanto as safras são as mesmas: vinho integrado a madeira, complexo e que entrega muito, principalmente em harmonizações.

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  • Mendel Rosadía 2022: Aqui estamos falando de um vinho que eu ainda não havia experimentado. Um rose, corte das uvas Pinot Noir, Cabernet Franc e Merlot. Além da elegância na linda garrada com rótulo transparente, o vinho tem uma coloração encantadora com tons de salmão e casca de cebola. Sua acidez pronunciada nos faz salivar, proporcionando a sensação das notas cítricas e da fruta fresca. É macio e elegante. Sem dúvida um vinho a ser experimentado e que agradaria qualquer presenteado.

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  • Mendel Lunta 2021: Um tinto bem intenso que me agradou pelo equilíbrio e personalidade. Diferentemente da safra que provei de 2016, este malbec não apresenta tanta fruta como na época e sim uma integração com a barrica que me surpreendeu, pela qualidade e evolução em garrafa, sendo dos tintos o vinho que mais me agradou pela macies e integração dos taninos.

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Harmonizou muito bem com o bife de chorizo Angus, no ponto da casa.

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  • Mendel Malbec 2021: Um tinto com presença marcante de frutas, esta foi minha percepção desta safra em relação a de 2015 que provei que era mais denso e encorpado.

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  • Mendel Cabernet Franc 2021: Tinto que traz frescor e fruta como cereja e framboesa com um leve toque de pimenta rosa. É fresco e elegante, com taninos leves e firmes.

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Finalizamos com o vinho Late Harvest Petit Manseng 2024. Um vinho com tons dourados e leves reflexos esverdeados. No nariz intensidade das frutas tropicais como manga, abacaxi e abricot. Toque floral, nozes e amêndoas.

Em boca revela untuosidade em perfeito equilíbrio com a acidez. Não é super doce, é na medida certa de doçura sem ser enjoativo. Complexo, revela as mesmas notas percebidas no nariz.

Um belíssimo vinho em garrafas de 500ml, ainda não importado para o Brasil e que, no meu caso, foi harmonizado com o crepe de Ovomaltine e sorvete. Cairia muito bem com frutas como abacaxi ou um crepe menos adocicado e com calda de laranja.

Foi uma boa forma de terminar a degustação! Saúde!

Onde encontrar:

Importadora Ravin

https://www.ravin.com.br/mendel

TDP Wines e os vinhos conceito da Finca La Anita da Argentina

La Anita

Da região de Agrelo, Argentina, vinhos são aposta certa no mercado brasileiro

Não é sempre que se tem a satisfação de provar uma gama variada de vinhos e poder dizer que se gostou de todos.

No caso estamos falando dos vinhos trazidos pela TDP Wines da Finca La Anita, da região de Agrelo, Argentina.

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Na degustação logo na entrada os vinhos da vinícola, que incluem o Finca La Anita Malbec Rosé e Sauvignon Blanc (Ainda não disponível no mercado).

Fáceis de beber, gostosos e que nos abriram o apetite para provar, tanto os vinhos que vieram na sequência como a comida, no caso, churrasco.

Muitos vinhos nos surpreenderam, tanto pela qualidade como pela variedade de castas. Vou me ater ao que mais gostei para aprofundar as características, os outros apenas citarei.

Não porque os outros não fossem bons, muito pelo contrário, mas só para não deixar a matéria “maçante” e pesada.

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Então vamos lá, vinhos provados:

– Luna Malbec Rosé 2019

– – Luna Malbec 2018

– Luna Syrah 2018

– Luna Cabernet Sauvignon 2017

Adorei todos os vinhos da linha Luna, cada um com sua característica específica, todos muito bons e que valem ser degustados e provados.

– Finca La Anita Malbec 2017

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– Finca La Anita Petit Verdot 2017:

Surpreendente vinho varietal desta casta difícil de trabalhar no vinhedo. A cor deste vinho é de um vermelho intenso profundo e marcante. Expressa aromas frutados com concentração de chocolate e café e algo herbáceo.

Em boca é bem complexo com notas de mentol e uma boa estrutura e corpo. O final é prolongado e intenso.

O vinho estagia 12 meses em barricas de carvalho fancês e tem incríveis 14,5% de teor alcoólico muito equilibrado no conjunto. Um achado!

– Finca La Anita Syrah 2017:

O que esperar de um vinho varietal Syrah? Doçura do Syrah australiano?

Bem, gostei bastante desse pelas características únicas do “terroir” argentino que obviamente diferem do australiano. Doçura sim aparente que preenche a boca de fruta e especiarias, ressaltando sua acidez e seu final prolongado. No nariz apresenta cassis, amoras e frutas frescas negras e maduras. Um deleite aos que gostam da sensação “doce” mas vivenciam o final seco e persistente.

– Finca La Anita Cabernet Sauvignon 2017

– Finca La Anita Gran Corte 2017:

Vinho de “gente grande”. Complexo do início ao fim, do nariz á boca.

Corte das uvas Syrah (59%) e Malbec (41%) é um vinho mais estruturado e de corpo.

Violáceo vibrante com toques de vermelho granada profundo, tem em seus aromas uma fruta negra, especiarias e baunilha, tudo muito bem integrado.

Em boca revela toda a sua complexidade da passagem por 15 meses em barricas de carvalho francês Allier que conferem notas de café e notas sedosas de taninos maduros e aveludados. O final de boca é muito agradável e persistente. 14,5% de teor alcoólico.

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– Finca La Anita Varua Blend 2017:

Diferente do anterior, este vinho é corte das uvas Merlot (40%), Syrah (40%) e Cabernet Sauvignon (20%).

Revela um balance entre a fruta e o corpo e uma complexidade aromática e em boca em grande equilíbrio. Amei este vinho e os tanino macios. Jovem ainda por se tratar de blend de uvas que na minha opinião tem força.

Mas nem por isso deixa de estar “pronto para beber”.

Um vinho sem dúvida alguma de guarda por mais de 10 anos.

Mesma passagem em barricas do anterior. 15 meses em carvalho francês Allier. Um vinho que pede comida, pede carne, pede harmonização.

No nariz é intenso  com presença de cerejas, frutas maduras negras e noz moscada. Em boca é untuoso com notas de chocolate branco e leve toque defumado que vai aparecendo a medida que o vinho respira na taça ou no decanter.

Elegante, complexo, taninos macios, ótima estrutura e peso em boca.

Sobre a Finca La Anita

Localizada em Agrelo, região central de produção de vinho na Argentina, A Finca La Anita tem como proprietário Manuel Mas, que desde 1992 toca o projeto buscando elegância, complexidade através da busca pela assertividade.

Os vinhedos são caracterizados por plantas de raízes profundas e solos argilosos e uma amplitude térmica e clima que requer irrigação por gotejamento.

Nesta degustação, além da presença de Tiago Dal Pizzol, diretor e proprietário da TDP Wines, tivemos a presença dele, Manuel Mas, que nos brindou com uma tarde e almoço delicioso em conversas prazerosas e esclarecedoras.

www.totalvinhos.com.br  (TDP Wines)

Saúde!

 

 

 

Kaiken da Argentina “engorda” o portfólio de produtos da Qualimpor

Kaiken logo

Produtor da Viña Montes do Chile é o proprietário da vinícola

A vinícola já é nossa conhecida e muito conhecida no Brasil. Localizada no coração de Mendoza, foi adquirida pelo fundador da Viña Montes do Chile, Aurélio Montes.

Os vinhos Kaiken são uma combinação do terroir argentino com o talento dos profissionais do Chile. O nome foi inspirado em um ganso selvagem, que consegue atravessar a cordilheira voando muito alto. É uma alusão aos vinhos de dois países e se são produzidos por conhecedores dos dois lados da fronteira, levam o melhor em sua concepção.

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Para quem não sabe, a Qualimpor é uma importadora criada em 1995 por João Roquette e hoje bem posicionada no mercado brasileiro com seus vinhos e azeites portugueses, espanhóis e agora a primeira vinícola sul-americana, a Kaiken.

No grande grupo de produtos importados constam vinhos produzidos em três vinhedos próprios de diferentes terroirs: Vistalba, Agrelo e Vista Flores.

São doze rótulos, Estate Sauvignon Blanc, Estate Rosé, Estate Cabernet Sauvignon, Estate Malbec, Terroir Series Torrontés, Terroir Series Cabernet Sauvignon, Terroir Series Malbec, Ultra Chardonnay, Ultra Cabenet Sauvignon, Ultra Malbec e os vinhos ícones Obertura e Mai.

A produção total é de sete milhões de litros, sendo boa parte deles destinada para envelhecimento em longo prazo. Exportando para mais de 50 países.

Já tive a oportunidade de provar a maioria deles e posso dizer que se trata de um produto muito bem feito e de qualidade indiscutível.

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Eu provei recentemente o jovem Kaiken Estate Malbec safra 2017. Um vinho na verdade composto de 96% Malbec e 4% Cabernet Sauvignon, permitido pela legislação. Permanece seis meses em barricas de carvalho francês.

Vermelho púrpura muito vivo, frutado nos aromas lembrando ameixas e amoras, com notas de chocolate e tabaco. Na boca é fresco com taninos suaves e delicados.

Ideal para acompanhar massas, carnes leves e pizza.

Referência de preço R$ 85,00 mais ou menos

 

 

Nova Importadora Wine & Co. apresenta seus vinhos no Terraço Itália

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Em noite que reuniu jornalistas e apaixonados por vinhos, a jovem importadora Wine & Co. Apresentou parte dos seus produtos importados para o Brasil.

São 40 rótulos de pequena produção, trazidos do Chile e Argentina, contemplando sete vinícolas argentinas e quatro chilenas.

Gostei da apresentação dos vinhos e da qualidade. Pude provar quatro vinhos argentinos, da Urraca Wines, de Luján De Cuyo, Mendoza.

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Além de belíssimos rótulos, destaco dois dos vinhos provados. O Urraca Cabernet Sauvignon Reserva 2009 e o Urraca Família Langley Reserva 2008.

O primeiro 100% Cabernet, com passagem por 12 meses em barricas de carvalho francês e americano de primeiro uso. Apresenta grandes notas aromáticas, ótimo corpo e integração da madeira no conjunto. Um vinho aveludado, com toques de baunilha e leve coco, além de grande presença da fruta. Muito especial!

Teor alcoólico 14,8%. Referência de preço R$ 69,00.

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O segundo, corte das uvas Cabernet Sauvignon (20%), Malbec (30%) e Merlot (50%) tem passagem por barricas de carvalho francês e americano de primeiro uso, entre 18 e 24 meses.

Um vinho elegante, macio, intenso e encorpado. No nariz violeta e frutas negras. Na boca tem final longo e persistente.

Teor alcoólico de 13,8%. Referência de preço R$ 115,00.

Provei também mais dois vinhos, o Urraca Malbec Reserva 2008 e o Urraca Primeira Reserva 2008, ambos também muito bons e recomendáveis.

Maiores informações:

www.wine-co.com.br