Narbona é a expressão de qualidade dos vinhos do Uruguai

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Já faz algum tempo que venho percebendo o ganho de qualidade nos vinhos do Uruguai. Mas quando se fala do produtor Narbona a coisa fica mais séria e muito interessante.

Bodega de grande importância no Uruguai, a Narbona é hoje referência quando se fala em vinhos deste país.

A evolução de seus experimentos com novas castas, blends e “terroir”, pode ser percebida em cada vinho, em cada taça, nos aromas e no paladar.

Neste caso, estive em almoço oferecido pela Importadora De Vinum, que reuniu os vinhos da bodega e a harmonização com pratos específicos especialmente elaborados para a ocasião no restaurante El Tranvia.

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Presentes Fabiana Bracco, gerente de exportação e Valéria Ciolá, enóloga da vinícola.

Provamos seis vinhos e abaixo descrevo alguns deles:

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– Puerto Carmelo  Sauvignon Blanc 2015: Um vinho com um caráter “francês”. Bem mineral, aromático e com uma diferenciação nos aromas que “puxa” para algo ligeiramente salgado e também toque de ervas. Boa acidez, elegante, jovem e fresco. 12,5% de álcool e na faixa de R$ 56,00.

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– Narbona Tannat Rosé 2013: Um rosé feito com 100% da uva Tannat que permanece 2 horas em contato com as cascas. Fermenta em barricas de carvalho francês e americano de segundo uso.

Cor vermelho/cereja. Nos aromas cerejas e framboesa com leve toque de madeira.

Em boca tem boa acidez, persistência e é muito agradável.

Bom para harmonizar com carnes leves. 13,5% de álcool e faixa de preço R$ 80,80.

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– Narbona Pinot Noir 2013: Um vinho fresco, sem amargor. Vinho que conheci o ano passado na degustação dos vinhos do Uruguai. É elegante, sem amargor final algum (coisa que encontro em muitos Pinots do novo mundo). Tem boa acidez, taninos leves e macios.

São produzidas 8000 garrafas/ano. Neste vinho são utilizados dois clones distintos, um deles para dar mais cor e o outro mais aromas e estrutura. Passa oito meses em barricas de carvalho, mas a sutileza do vinho é simplesmente incrível.

No nariz frutas vermelhas e também já revela toda o seu frescor. Em boca o final é persistente e intenso. Muito delicado!

Antes de citar os outros vinhos, no almoço e nas conversas tivemos a informação de novos projetos, envolvendo uvas como a Sangiovese, Syrah, Viognier e também um cruzamento de Chardonnay com Cabernet Franc. Esperamos novidades!

Seguimos com os outros vinhos:

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– Narbona Blend 001 2013: Com 13,5% de álcool, este vinho é sem dúvida uma das grandes surpresas da vinícola. O total de produção varia mais ou menos em torno de 7000/8000 garrafas ao ano.

Um vinho cujas castas não são reveladas, mas que comprovadamente sabemos ter Cabernet Franc, Tannat (obviamente), Syrah… e… não sabemos ao certo a quarta casta.

É um vinho completo e complexo. Tem ótima estrutura em boca, seus aromas remetem algo herbáceo, além da fruta e do toque de especiarias.

Preço referência: R$ 92,00

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– Luz de Luna Tannat 2011: Um vinho de intensidade e volume. Frutas vermelhas, taninos sedosos, paladar vibrante e com ótimo volume em boca. Faixa de preço R$ 246,00. Um vinho de guarda, sem dúvida!

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Para finalizar, provamos um vinho ainda sem rótulo, um experimento, um blend das safras 2010/11/12 com um toque no nariz de mentol e leve doçura em boca. Passagem por 19 meses em carvalho. Um show!

Temos que elogiar o empenho, dedicação e calorosa amizade das “meninas” da Narbona, Fabiana Bracco e Valéria. A alegria e o entusiasmo que têm para com os vinhos e o mercado. É de alegrar qualquer apaixonado por vinhos e pelo Uruguai e suas emblemáticas criações.

Saúde!

 

 

 

Dois eventos imperdíveis, dois meses repletos de vinhos!

“Tannat Tasting Tour 2015 (Agosto) e Vinhos do Alentejo (Setembro)”

Dizem que o segundo semestre costuma ser sempre bom. Com a alta do dólar e as oscilações na política ficamos um pouco desnorteados, mas nada que um bom vinho escolhido com calma não possa resolver.

Estes dois eventos são antagônicos, de um lado a força do Tannat, uva vigorosa e que se bem trabalhada determina grandes vinhos e de alta qualidade e guarda.

Eventos destinados somente para profissionais do setor

Tannat Tasting Tour 2015

Rio de Janeiro:

Dia 17/08 – Iate Clube do Rio de Janeiro – Avenida Pasteur, 333 – Urca

Das 15:00 ás 20:00 horas

São Paulo:

Dia 19/08 – Hotel InterContinental – Alameda Santos, 1123

Das 16:00 ás 20:00 horas

Informações: Ch2a

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Do outro lado, os vinhos portugueses do Alentejo. Muitas castas autóctones, uma variedade imensa e sem fim de possibilidades, agradando um público com vinhos leves ou encorpados, de acordo com o gosto pessoal.

Vinhos do Alentejo

Rio de Janeiro:

Dia 08/09 – Windsor Atlântica Hotel

Das 15:00 ás 20:00 horas

São Paulo:

Dia 10/09 – Hotel InterContinental

Das 15:00 ás 20:00 horas

Curitiba:

Dia 14/09 – Pestana Curitiba

Das 15:00 ás 20:00 horas

Maiores informações:

www.vinhosdoalentejo.pt

Cadastro: http://cadastro.vinhosdoalentejo.pt/

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Saúde!

Nem só de Tannat vive o Uruguai – Tasting Tour 2014

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Tannat Tasting

Por: Eduardo Morya e Almir Anjos

A Wines of Uruguay trouxe para São Paulo seu Tasting Tour 2014 no mês de agosto.

Reunidas 22 vinícolas, colocaram à prova mais de 100 vinhos e a Tannat não foi estrela única da tarde com seu varietal, se destacaram vinhos tintos e brancos de outras castas e assemblages muito equilibrados e frescos.

Dos vinhos presentes, detalhamos três que nos chamaram a atenção, tanto pela qualidade como pela elegância.

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– Pizzorno Select Blend Reserva 2011: Apresentado pelo enólogo e diretor Carlos Pizzorno que busca importador para o Brasil.

Produzido pela centenária Pizzorno Family Estates em Canelón Chico (Canelones).

O Select Blend Reserva é um tinto, assemblage de Tannat (60%), Cabernet Sauvignon (30%) e Merlot (10%). Este vinho possui distinção em vários concursos e somente é produzido em boas safras, tem estágio em barricas de carvalho, aromas de frutas negras e na boca têm bom corpo, taninos finos e integrados com boa persistência.

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– Garzón Tannat 2012 e Garzón Albariño 2014

Apresentado por Nicolas Kovalenko da Agroland (grupo Bodega Garzón) são importados pela World Wine.

A Bodega Garzón possui seus plantios em Paraje Garzón (Maldonado), próximo ao Oceano Atlântico (18 km).

O tinto Tannat passa seis meses em barricas de segundo uso, possui aromas de frutas vermelhas e negras, na boca apresenta frescor e boa persistência. Um tinto aveludado!

O branco Albariño possui aromas de frutas cítricas e notas florais, na boca apresenta acidez refrescante, mineralidade e boa persistência. Um branco inesquecível!

O Tasting apresentou excelentes vinhos, com comprovação de aplicação de boas técnicas de manejo e condução das videiras, aliadas à moderna enologia.

Estes fatores, juntamente com o clima e solo do país, comprovam que no Uruguai, a produção de vinhos está muito além da casta Tannat, sua uva emblemática.

E podemos dizer com toda certeza, que há mais a se descobrir no Uruguai.