Páscoa, vinhos, pratos e harmonizações

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A Páscoa representa a vida, onde o peixe aparece como um símbolo das crenças, desde os primórdios em que o *acóstico IXTUS que é o formado pelas palavras “Iesus Xristos Theos Huios Sopter”, e significa “Jesus Cristo, Filho de Deus, o Salvador” apareceu e foi difundido.

*Acóstico é a formação das primeiras letras de cada frase.

Neste sentido, quando as comemorações sugerem peixe nos diversos pratos preparados, temos algumas possibilidades de harmonizações, levando em consideração que é o alimento principal na Sexta Feira da Paixão, assim como o símbolo do ovo e o coelho, que representam o nascimento para uma nova vida.

Dentre os peixes o mais comumente utilizado e lembrado é o bacalhau. Não que não se possa fazer um belo peixe ao forno com uma bela pescada branca e algum molho diferenciado para enaltecer os sabores e inebriar o melhor dos paladares.

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Mas vamos á harmonização sugerida para o bacalhau e um bom vinho, que neste caso pode ser um branco.

Primeiramente é importante saber na harmonização, que o vinho deve acompanhar o peso das semelhanças dos pratos. Esta é uma regra básica que valoriza tanto um como o outro. Não há desequilíbrio entre eles.

Neste caso especificamente o segredo está na acidez. Um prato “ácido” ou gorduroso pede acidez no vinho e neste caso nossa recomendação é para um tipo de uva branca, a chamada Sauvignon Blanc.

Veja, esta é apenas uma sugestão, há sempre uma possibilidade de se harmonizar pela forma como o prato é elaborado e preparado. Optamos pela simplicidade que é a forma de se se encontrar com facilidade, vinhos com esta uva em todos os mercados ou pontos de venda.

A acidez tem também a função de limpar a gordura das papilas gustativas e a cada gole, tornar os sabores mais intensos em boca, tanto do alimento como do próprio vinho.

Mas caso você não goste ou não aprecie vinhos brancos, tenha em mente que é possível harmonizar o bacalhau com vinhos tintos leves, desde que eles não tenham taninos marcantes (A parte que “amarra” a boca como banana verde).

Um espumante Brut também vai muito bem do início ao final, tornando alegre o momento.

Abaixo sugestões em vinhos encontrados no mercado e que podem fazer da sua Páscoa, uma Páscoa inesquecível.

Servir á temperatura entre 8° e 10°.

– Viña Maipo Reserva Sauvignon Blanc: Do Chile, este vinho é 100% da uva Sauvignon Blanc. Preço médio no mercado de R$ 65,00

– Aparados Sauvignon Blanc: Um vinho brasileiro, corte das uvas Chardonnay e Sauvignon Blanc. Preço médio no mercado de R$ 41,00.

– Grand Theatre Bordeaux Blanc: Um vinho francês, com um preço bastante acessível de R$ 55,00 e também da uva Sauvignon Blanc. (Também encontrado na www.evino.com.br).

Outra opção como falei, porém com um preço superior, é o tinto.

Abaixo sugestão:

– La Superbe Rouge: Vinho que é corte de duas uvas tintas, a Pinot Noir (25%) e a Gamay (75%). Leve da França, bem fresco e elegante. Servir á temperatura de aproximada de 10°.

Não esquecendo da sobremesa, o vinho pode harmonizar perfeitamente com o chocolate dos ovos, que simbolizam também a vida.

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Experimente por exemplo o Malamado Malbec, do produtor Zuccardi da Argentina, também encontrado na Ravin em duas opções: 187 ml e 750 ml, ao preço de R$ 33,00 e R$ 98,00 respectivamente. Os sabores desta composição são incríveis.

Mas seja como for, ou utilizando os vinhos acima ou indo ao mercado mais próximo, procure as indicações das uvas acima: Sauvignon Blanc para os brancos e Gamay para os tintos.

E que sua comemoração seja de paz, alegria e muitos sabores para recordar. Saúde!

Todos os vinhos acima são encontrados na Importadora Ravin (www.ravin.com.br)

 

 

 

 

 

 

Ravin brinda 2014 com novidades de encher a boca: Francis Ford Coppola Winery

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Mais uma vez a Ravin nos surpreende trazendo novos vinhos ao portfólio.

Agora foi a vez dos vinhos de Francis Ford Coppola, o famoso cineasta e sua vinícola adquirida em 1976.

São três vinhos selecionados para o nosso mercado:

Chardonnay, Zinfandel (na verdade um corte) e o “Director’s Cut, um blend de Zinfandel, Cabernet Sauvignon, Petit Verdot e Cabernet Franc.

Estou escrevendo este texto e provando nesta noite absurdamente quente, o Coppola Rosso & Bianco Chardonnay 2012.

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Sobre este vinho é que vou falar e comentar, os outros, ah! Deixa o tempo ficar adequado e iremos provar e comentar.

Vinho untuoso, com ótimo corpo, robusto para um branco, um ótimo Chardonnay de Sonoma County.

No nariz, frutas tropicais, abacaxi e maça.

Na boca, é volumoso, intenso, leve toque amanteigado, não apresenta nenhum traço de limão, ou azedume, ou mesmo amargor. Apresenta na boca notas de pera, e muita fruta tropical mesmo, como abacaxi e um leve toque de tangerina, bem distante.

Vinho corretíssimo, muito fresco, ideal para ser tomado á partir de 6° e deixar apresentar todo o seu esplendor.

Vinho fermentado em aço inox, nenhuma referência de madeira. Um Chardonnay de corpo, alma e espírito.

Deixei parte dele esquentando na taça, e lá vão os aromas se intensificando, adocicando nossos sentidos.

Um vinho que vai bem com carnes brancas e peixes. Provei com um frango grelhado, bem leve e com uma saladinha de verão, folhas e tomate com pouco tempero.

Não é de se admirar que o mestre Coppola tenha acertado. Como um artista que desenvolve sua obra, seus filmes, o vinho segue os passos do cineasta, trazendo complexidade e envolvimento.

Coisa de cinema? Com certeza.

Une a boa arte na elaboração e com um final de quero mais!

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Onde encontrar: Importadora Ravin

Preço de mercado: R$ 108,00

www.ravin.com.br

Tel.: (11) 5574-5789

Ravin apresenta vinhos chilenos e argentinos de olho no futuro

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A palestra que assisti foi sobre os “terroirs” do Chile e da Argentina e suas particularidades.

Apresentada por Pedro Parra, enólogo com experiência internacional, incluindo seis anos na França. Hoje é consultor renomado e muito requisitado pelo seu trabalho e especialização em “terroirs”, tendo sido considerado como uma das 50 pessoas mais importantes do mundo dos vinhos.

Apresentada também por Sebastian Zuccardi, profissional á frente dos vinhedos da família e um apaixonado pelo trabalho e pelo desenvolvimento do cultivo e estudo dos solos e suas particularidades.

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Não vou especificar todos os vinhos, mas ressaltar alguns que, em minha opinião refletiram o espírito deste trabalho, da busca pelo melhor e diferenciado “terroir”, em cada localidade, e extrair o melhor possível que a terra, o solo, o clima, a altitude e todos os fatores, podem influenciar no resultado em cada garrafa.

Destaco em especial o vinho Pinot Noir Pucalan Single Vineyard 2011, da marca Clos des Fous. Clos des Fous foi a marca desenvolvida para ser de vinhos fáceis de beber, frescos e minerais.

Clos significa “estúpido”, uma forma de caracterizar o projeto, pela busca muito bem definida de fazer um vinho sem as características de um chileno, no Chile. Os traços são de vinhos únicos, com toque francês mas, com uma característica sem dúvida, sem igual, inimitável e muito, mas muito estudada.

Dos seis vinhos provados do Chile, três deles foram da uva Pinot Noir. Apresentaram-se leves, muito aromáticos sendo que boa parte deles ainda não está pronta para consumo, mas já demostram um enorme potencial de guarda, notado desde o nariz, até a parte gustativa e na cor, além de muita complexidade.

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Com relação á Zuccardi, da Argentina, foram apresentadas as diferenças no “teroir” e a influência em cada localidade, tendo sido apresentados os vinhos da Linha Aluvional, Emma, Zeta e Altamira.

Destaque para o já conhecido Zeta, neste caso da safra 2009 e para o Aluvional La Consulta 2008. Vinhos complexos e com grande capacidade de envelhecimento.

No tempo, quando alguns deles estiverem no mercado, ainda veremos o contar dos anos e a identificação deste amadurecimento nos vinhos.

Bodega Cuarto Domínio, no Terraço Itália, by Ravin

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Fechando o mês de janeiro, a Ravin apresentou no último dia 31/01 os vinhos da recém-parceria estabelecida com a Bodega Cuarto Domínio, 4ª geração da família Catena na Argentina.

Foram apresentados cinco vinho sendo um branco e quatro tintos no Terraço Itália, todos harmonizados com o jantar da noite.

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O branco Tolentino Winemaker`s 2012, muito expressivo, da uva Pinot Grigio 100%. Um vinho fresco e frutado, ideal para harmonizar com peixes e carnes brancas, bem como com massas leves. Da região do Vale de Uco, sem passagem por barrica, um vinho leve e despretensioso, tendo ótimo equilíbrio gustativo e boa acidez. Faixa de preço R$ 58,00 e teor alcoólico de 12%.

Depois, uma sequência de malbecs, sendo que todos eles com um pequeno percentual de Cabernet Franc.

– Lote Cuarenta y Cuatro Malbec 2012: Composto de 5% de Cabernet Franc e 95% de Malbec. Um tinto leve, porém frutado e elegante. Também do Vale de Uco, com passagem em carvalho francês de 3º uso, teor alcoólico de 13,5%.

Ótimo para harmonizar com carnes vermelhas e massas com molhos condimentados. Faixa de preço R$ 48,00.

– Tolentino Malbec 2012: Composto de 5% de Cabernet Franc e 95% de Malbec. Apresenta cor mais profunda na taça e na análise visual. Aroma de frutas negras e maduras. Apresenta notas do estágio em barricas, como café e baunilha (Passa de 6 a 8 meses em carvalho francês).

Bem equilibrado nos taninos, integrado, final redondo e marcante. Faixa de preço R$ 58,00 e teor alcoólico de 13,5%.

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– Chento Vineyard Selection Malbec 2010: Composto de 10% de Cabernet Franc e 90% de Malbec, que confere ao vinho uma maciez e diferenciais.

Na cor, vermelho profundo, notas violáceas. Aroma de frutas maduras, ameixa, e também a passagem pela barrica, confere um toque sedoso e integrado. Na boca, equilibrado, redondo, macio e ao mesmo tempo tânico na medida certa.

É sem dúvida o vinho que mais apreciei na degustação, pelo potencial e qualidade, bem como pelo preço acessível e honesto (R$ 78,00).

Teor alcoólico de 14,5%, imperceptível e integrado ao conjunto. Recebeu 89 pontos da Wine Spectator.

Harmoniza com carnes vermelhas condimentadas e também com pratos mais fortes da comida indiana e mexicana, bem como com massas e molhos mais elaborados, no que se refere á temperos e condimentos, e ainda acompanhamentos picantes.

– Cuarto Domínio Malbec 2009: O último vinho da noite. Composição 5% Cabernet Franc, 5% Petit Verdot e 90% Malbec. Complexo, integrado e intenso. Vermelho púrpuro, aromático (Característica de todos os vinhos da Bodega), notas de pimenta e chocolate, final longo e persistente. Faixa de preço R$ 298,00. Teor alcoólico de 15% e 87 pontos da Wine Spectator.

Um vinho que passa 24 meses em barricas de carvalho francês novas, com grande potencial de envelhecimento.

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Finalizando, os produtos realmente têm qualidade e se apresentam, em suas variações, dentro da proposta da Bodega e da Importadora, que é atender os mercados mais exigentes e que percebem a diferença sutil no trabalho desenvolvido e empregado em cada garrafa.

Vinhos que vieram para ficar e conquistar ainda mais, não só pelo nome conhecido e sua “assinatura” familiar, mas pela alta qualidade dos vinhos e seus diferenciais.