O evento será de 18 a 21 de agosto, nas alamedas do Jockey Club de São Paulo. É um “weekend” prolongado, de 4 dias, para convivência, degustação, aprendizado e compra de vinhos especiais.
Vinoterapia e galeria de arte fazem parte das atividades do evento, aberto ao público em geral.
Presentes a Salton, Vila Francioni e Casa Valduga, Expand, D´olivino, Ravin, MS Import, entre outras.
Haverá apresentação e venda diretamente ao público, de rótulos que não são encontrados facilmente no mercado.
Também serão ministradas palestras e degustações temáticas, tratamentos de vinoterapia (faciais e corporais com ofurô de vinho).
Wine Weekend 2011
Jockey Clube de São Paulo – De 18 a 21 de agosto
Horários: quinta a sábado das 12:00h às 22:00h / domingo das 12:00h às 20:00h.
Ingressos: R$ 35 na bilheteria e dão direito a 1 taça de degustação (entregue no local).
Estive nesta última terça feira, dia 12 de Junho, em degustação promovida pela Importadora Ravin, no Restaurante Praça São Lourenço, na Vila Olímpia.
O objetivo foi á divulgação da parceria, que já se apresenta com excelentes resultados nas vendas, e apresentar os vinhos que compõe o catálogo de produtos da Ravin, deste produtor.
Quando do lançamento do catálogo de produtos da importadora em março deste ano, já havíamos provado um dos vinhos do produtor, que havia chamado muito nossa atenção. Tanto pela qualidade do vinho, como pela uva que o compõe, a Cabernet Franc.
Apresentação Valdivieso
O vinho em questão é o Valdivieso Single Vineyard Cabernet Franc 2007. Um vinho do Vale de Colchagua, Chile, de grande complexidade aromática, harmonioso, equilibrado, estruturado e elegante. Feito 100% da uva Cabernet Franc, estagia 12 meses em barricas de carvalho francês e possui 14% de teor alcoólico.
Para mim, o melhor e mais agradável vinho da noite, embora houvesse outras estrelas e vinhos impressionáveis.
Valdivieso Cabernet Franc 1998: O vinho estava bem "vivo"
Mas, o que realmente me chamou a atenção foi o fato de ter a oportunidade de provar a safra 1998 no jantar que foi servido em seguida. Excelente! Uma surpresa e tanto perceber que tanto nos aromas como no palato, o vinho se apresentou intenso e ainda mais complexo, determinando sua capacidade de guarda e longevidade.
Não posso deixar de falar também do vinho branco, o Valdivieso Gran Reserva Viognier 2010.
Um vinho com coloração amarelo/palha, brilhante, com notas aromáticas de frutas, aromas finos. Na boca grande frescor e intensidade. Um vinho de corpo e que pelo seu teor alcoólico de 14%, pede alimento.
20% do mosto fermenta em barricas de carvalho francês e este mesmo percentual estagia em barricas por seis meses. Os outros 80% fermenta e estagia em inox.
O produtor possui uma linha básica para consumo no dia a dia, a linha Winemaker Reserva, a linha Gran Reserva, linha Single Vineyard e linha Prestige.
Abaixo os vinhos degustados e a ordem que foram apresentados:
– Valdivieso Gran Reserva Viognier 2010: 100% Viognier, 14% de álcool, do Vale de Curicó. Faixa de preço R$ 74,00.
– Valdivieso Gran Reserva Carmenère 2009: 100% Carmenère, 15% de álcool, do Vale de Colchagua. Vinho com aromas de frutas intensos, na boca pimentão vermelho cozido, o que lhe confere a doçura percebida. Faixa de preço R$ 74,00.
– Valdivieso Single Vineyard Cabernet Franc 2007: 100% Cabernet Franc, do Vale de Colchagua, 14% de álcool, um vinho maravilhoso! Faixa de preço R$ 89,00.
– Valdivieso Single Vineyard Cabernet Sauvignon 2008: 100% Cabernet Sauvignon, do Vale de Maipo, 14,1% de álcool, com notas adocicadas, 90 pontos conferidos por Robert Parker. O vinho amadurece por 12 meses em barricas de carvalho francês. Faixa de preço R$ 89,00.
– Valdivieso Éclat 2007: das uvas 65% Carignan, 20% Mouvédre e 15% Syrah. Do Vale de Maule e com 14% de álcool. Um vinho bastante expressivo e tânico, com acidez e equilíbrio. Faixa de preço R$ 99,00.
– Valdivieso Caballo Loco nº 12: Um vinho das uvas Cabernet Sauvignon, Malbec, Carmenère e Merlot, sem safra. Mistura em sua composição, safras de vários anos.
Talvez a grande aposta do produtor e do importador, pelo corte das uvas e pelo apelo de “mistério” na composição. Tornando-o complexo, com taninos macios e harmoniosos. Faixa de preço R$ 235,00.
Do Vale de Maipo, Vale de Colchagua e vale de Curicó. 14,6% de teor alcoólico, permanecendo 18 meses em barricas de carvalho francês.
Valdivieso Caballo Loco nº 12
– Valdivieso Éclat Botrytis Semillon 2007 – 375 ml: Um vinho de sobremesa do Vale de Curicó, feito 100% da casta Semillon, e teor alcoólico de 8,7%. Passa em parte por barricas, dando uma complexidade a mais nos aromas e no palato. Aromas adocicados e de fruta, na boca sensação de mel. Faixa de preço R$ 116,00.
Claudio da Vinnobile
Jantar com os vinhos da Valdieso, após a degustação
Almir da Vinnobile e Vinho dos Anjos
Bem, mas o que mais me chama a atenção, é a seriedade como a importadora tem conduzido seus trabalhos e escolhas dos vinhos, aproveitando as oportunidades e se preparando para ter em seu portfólio de produtos, por volta de 300 rótulos, dos 5 continentes.
Sem dúvida ainda ouviremos boas histórias e veremos grandes resultados sobre os vinhos e sobre a importadora.
Ainda bem, assim, quem aprecia vinhos com certeza saíra ganhando! Saúde!
Falar que os vinhos de Alejandro Fernández, proprietário do Grupo Pesquera, são ótimos, soa no mínimo como uma redundância. Seus vinhos têm encanto, são expressivos, marcantes, especiais e intensos.
Não se trata de forma nenhuma de ignorar todos os vinhos de qualidade da Espanha, que venho provando, ao longo dos anos.
Mas quando você, em seis vinhos de prova, considera tudo perfeito, alguma coisa especial acontece ali.
Alejandro iniciou seus investimentos em vinhos, quando todos os produtores de batata doce estavam arrancando suas vinhas e ampliando sua plantação. Com patentes de máquinas colheitadeiras de batatas, ele comprou suas primeiras terras com o dinheiro destas patentes.
Seus vinhos vêm ao longo dos anos, colecionando prêmios e ganhando adeptos, o que já fazem do seu nome, um ícone quando se fala em vinhos espanhóis.
Mereceu de Robert Parker, a descrição de “O Chateau Petrus da Espanha”, o que não é pouco.
A expressão dos seus vinhos pode ser percebida na complexidade dos aromas e na sua elegância na boca. Seu objetivo é o de oferecer vinhos de qualidade segundo suas palavras, “a qualquer trabalhador e com preços bem acessíveis”.
Em degustação no Cantaloup, pela Mistral, pudemos provar alguns dos seus vinhos e ouví-lo em seus depoímentos.
Alejandro e sua filha
Perguntado sobre “vinhas velhas” e a interferência na complexidade dos vinhos, respondeu: “Prefiro as vinhas novas, porque as vinhas velhas já têm uma baixa produtividade por planta, e isto eu posso manejar nas vinhas novas, fazendo a poda verde e concentrando toda a força, nos cachos restantes e elevando a qualidade”.
“A produtividade é reduzida de 40 kg por planta, para 3 kg apenas, o que confere concentração no fruto”.
Não posso deixar de citar em especial, os dois vinhos que mais apreciei: O “PesqueraReserva 2007” e o “El Vinculo Paraje La Golosa Gran Reserva 2002”, sem palavra!
Abaixo a lista dos vinhos degustados e suas características:
Os vinhos degustados
– Dehesa La Granja 2004: Da região do Toro, vizinha a Ribera Del Duero, da uva Tempranillo 100%, combina notas de frutas maduras que confere um toque aveludado na boca. 92 pontos concedidos por Robert Parker para esta safra. Preço por volta de R$ 85,00 em excelente custo X benefício.
– El Vinculo Crianza 2006: Região de La Mancha, da uva Tempranillo 100%, amadurecido 18 meses em barricas e seis meses na garrafa. Aromas de estábulo, na boca excelente corpo, taninos macios e densos. Preço por volta de R$ 108,00.
– Condado de Haza Crianza 2007: 100% Tempranillo. Um vinho macio, sedoso, com ótima persistência e excelente corpo. Já foi escolhido como um dos 100 melhores do mundo pela Wine Spectator. Preço por volta de R$ 104,00
– Pesquera Crianza 2008: 100% Tempranillo. Este Crianza recebeu 91 pontos de Robert Parker, para esta safra. Possui aromas adocicados de ameixa preta e compota de frutas, um vinho elegante de taninos redondos e ótima concentração. Uma referência em Ribera Del Duero.
– Pesquera Reserva 2007: 100% Tempranillo.É um vinho indicado para guarda, por seu alto potencial de longevidade. Aromas de couro, um ligeiro mas convidativo mentol, taninos doces, harmonioso. Excepcional! Preço por volta de R$ 176,00. Imperdível pelo que oferece!
– El Vinculo Paraje La Golosa Gran Reserva 2002: 100% Tempranillo. Um vinho produzido somente em algumas safras, quando se obtém todo a concentração que ele merece na elaboração. Considerado para muitos, o melhor vinho de La Mancha. Um vinho totalmente equilibrado, de guarda, com aromas de couro, frutas e no palato grande profundidade e persistência. Um raro vinho para ser apreciado em toda a sua exuberância. Preço por volta de R$ 176,00.
Para quem não conhece, Masaru Emoto é um pesquisador japonês, que fotografa os cristais de água congelados e os observa no microscópio, analisando sua formação, seu local de origem e o meio em que estão inseridos no nosso cotidiano, ou seja, nas cidades, na natureza, na poluição, em todos os lugares.
Masaru Emoto
Seu estudo de mais de 20 anos, aponta a forma como a vibração humana, o amor e a gratidão, interferem nestas formações, alterando a forma como se apresentam e vão se modificando, segundo nossas intenções (boas ou más / construtivas ou destrutivas).
Como sabemos, o vinho é formado por 80% de água, assim como nosso corpo entre 50% e 80%. Neste conceito, já bem explorado pelos vinhos biodinâmicos, experimentamos os resultados, da “vibração” e interferência do homem, no meio e na natureza, alterando os resultados finais no vinho.
Soaria como um delírio, caso suas pesquisas não fossem tão bem embasadas, catalogadas e registradas ao longo de todos estes anos.
Já venho á tempos falando do conceito da vinícola, a forma como os vinhos chegam ao mercado, e as intenções de todos no processo, desde o início do plantio.
É fato que até mesmo a escolha do importador, determina os conceitos do produtor, criando uma cadeia vibracional que vai da uva ao consumidor, pelas intenções em relação á parte comercial.
Será que a compra de vinícolas tradicionais francesas, pelos chineses, mesmo em se mantendo a tradição do plantio e vinificação, manterá a qualidade dos vinhos?Veremos isso ao longo dos anos, porque aquilo que é paixão, tradição e amor ao vinho, passa a se tornar apenas um meio de capitalizar e somar, mais e mais, crescendo os investimentos, robotizando os processos e linearizando a produção, e o que era puramente amor familiar, traduzido de gerações em gerações, passa a ser apenas mais um negócio.
É claro que não posso ignorar nossa necessidade financeira num mundo capitalista, onde a competição aumenta e os espaços diminuem á medida que a população cresce e crescem as necessidades de cada um.
Mas o gigante chinês avança como um trator que não diferencia terra, local ou tradições. E isto justo vindo de um país, com tradições milenares, chega a ser uma contradição.
Porque será que as vinícolas e vinhos chamados de “garage” fazem tanto sucesso? Não seria a vibração de seus donos, o amor e a dedicação em fazer algo especial, que criam o efeito no paladar do consumidor?
O estudo de Masaru é sério, ele viaja o mundo todo apresentando seus trabalhos, suas fotos, suas análises e reiterando à necessidade de “vibrarmos” positivamente.
Cristal de água congelada
Lembro bem de um produtor que me surpreendeu, pelo seu trabalho, pela sua paixão, pela sua proposta e principalmente pelos resultados nos vinhos.
Este produtor está próximo de nós, é a Viña Koyle, no Chile. Seus vinhos expressam exatamente sua proposta: A fruta em toda a sua essência. É um produtor biodinâmico. E seu trabalho pode ser percebido sim, em seus vinhos, ás vezes sutilmente, mas em comparações com outros, se evidenciam pela sinergia das ações, pela seriedade e pela proposta, seu objetivo, sua vida.
O paladar é pessoal, particular, mas há de se perceber as intenções.
Aprecio muito os vinhos franceses, em especial os de Bordeaux. A maneira como as tradições são passadas de geração em geração, assim como os vinhos italianos em toda a sua expressão, e eles não são necessariamente biodinâmicos.
Conheço também várias vinícolas brasileiras, que primam e buscam, não só seu espaço no mundo dos vinhos, mas a essência da sua família, seu conceito, seu terroir e sua característica própria, sua marca, sua digital.
Sabemos o que significa ser exclusivo, ser único e especial, e é o que nos diferencia, nos valoriza, e faz de nós o que somos: Seres únicos.
Mas voltado a Masaru, já existem vinícolas que trabalham segundo alguns de seus conceitos. É claro que o pensamento humano não é controlável. Um dia estamos bem, em outro podemos não estar. Assim, dentro do conceito de Masaru, haveria algum tipo de interferência pelo pensamento, positiva ou negativa.
Mas uma coisa são os pensamentos aleatórios, outra é o pensamento dirigido e focado. Certa vez li que um grupo de executivos se reunia para “vibrar” pensamentos na concretização de seus negócios, antes das viagens e antes de reuniões importantes.
A ciência ainda está longe de desvendar todas as implicações e efeitos do pensamento humano, mas há uma coisa podemos dizer: não há como ignorá-los.
Podemos ir mais longe, podemos falar da cromoterapia, da música (aguardem um post á respeito) e suas implicações e interferências no humor e porque não, nas plantas. Coisas para se pensar, ao menos.
Acho que preciso terminar, mas prometo retomar os assuntos que além de polêmicos, são antes de tudo, contagiantes.