Chile: Chateau Los Boldos e a excelência em sua linha de vinhos

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Que o Chile vem elaborando vinhos de grande qualidade isso é notório, mas perceber que uma determinada linha de vinhos aparece totalmente revigorada e única, isso só o comparativo pode proporcionar.

Neste sentido fomos apresentados aos novos vinhos que desembarcarão ao longo dos próximos dois anos aqui no Brasil.

Os vinhos do Chateau Los Boldos, provenientes do Valle de Cachapoal, Chile, se apresentam nas garrafas com a mais alta gama em qualidade. Trazidos pela Importadora Zahil, tem sua história recontada na reformulação de suas linhas e vinhos.

Novo desenvolvimento com características modernas e adequadas a uma “não padronização”, surgem em cada terroir, em cada desenvolvimento seja nos blends ou nos varietais.

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Pertencente ao Grupo Sogrape, de Portugal (Desde 2008), o Chateau Los Boldos desenvolve e divulga seus vinhos e sua marca de forma independente, desde que implementou a plantação em 2010, na evolução da matéria prima e enológica, refletindo um legado europeu em solo chileno, onde impera a qualidade na produção 100% de uvas próprias.

Não vou aqui descrever cada um dos sete vinhos apresentados para a imprensa, e nem mesmo os apresentados no “walk around” de safras anteriores ao novo projeto, mas evidencio o que me chamou atenção como preço e especificamente alguns dos vinhos degustados.

Lembrando que a experimentação possibilitou o comparativo entre um estilo de fazer anterior e o novo, superando as expectativas e envolvendo em cada taça degustada.

Obviamente quem conhece meu gosto pessoal sabe que sou um apaixonado pela uva Chardonnay e pela Cabernet Sauvignon, e eu não poderia deixar de descrever estes vinhos.

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– Tradition Réserve Chardonnay 2017 (O anterior 2015 também proveio em paralelo).

13% de teor alcoólico é um vinho na faixa de R$ 76,00.

Amarelo pálido, com toques brilhantes e reflexos esverdeados.

Este vinho tem passagem de 20% em madeira por 3 meses, e demonstra uma sutileza nos aromas, evidenciando a fruta, pedra de isqueiro e também aspargos verdes.

Em boca revela um toque resinoso, químico e floral, bem como excelente acidez e persistência demonstrada no equilíbrio do conjunto. Tem bom corpo, é elegante e fácil de beber. Um vinho que preencheu meu paladar trazendo alegria e contentamento. De encher os olhos e a taça, sem parar!

Bom potencial de guarda (ao menos 5 anos).

Já na safra anterior, a 2015, notei mais madeira, dificuldade de saborear, mais peso e amargor final.

– Tradition Réserve Cabernet Sauvignon 2016 (O anterior 2015 também provei em paralelo).

13,5% de teor alcoólico, também na faixa de R$ 76,00.

Cor rubi intensa com reflexos arroxeados.

Vinho que tem passagem em carvalho francês por 6 meses, apresentando aromas de framboesa, especiarias e um toque de aroma doce.

Em boca tem taninos macios e suaves, é de médio corpo, fácil de beber, boa acidez e equilíbrio, com um toque de chocolate muito agradável.

– Grande Réserve Cabernet Sauvignon 2015 (Anterior safra 2012).

Aqui a gente começa a falar de complexidade, tanto aromática como em boca.

Este excepcional Cabernet tem colheita manual e passagem de 10 meses em barricas de carvalho francês.

Tem coloração rubi intensa e profunda.

Nos aromas demonstra toda a sua intensidade e diz ao que veio. Aromas diversos que envolvem e chamam á taça. Cerejas, cassis, couro e fumo.

Em boca além de evidenciar os aromas e comprovar na taça a fruta, o equilíbrio e o corpo, apresenta taninos redondos, persistência, fruta em compota mas sem ser doce. Um “super” Cabernet adequado ao meu paladar e aos amantes desta uva.

14% de teor alcoólico e preço na faixa de R$ 147,00

Apresenta grande potencial de guarda, possivelmente acima de 10 anos que ao longo do tempo, vai exprimindo toda a sua maturidade e complexidade na taça.

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Provei outros vinhos, que também me agradaram muito, como o Tradition Réserve Sauvignon Blanc 2017, de grande frescor. Delicioso!

Provei também 2 Carmenérès e o Assemblage. Garanto que cada um desse vinhos vale muito a pena.

Agora é esperar desembarcarem no mercado brasileiro, trazidos pela Importadora Zahil.

 

De Vinum apresenta Baron Philippe de Rothschild: Chile e França na Ville du Vin

Em almoço realizado na Ville du Vin do Itaim, a Importadora De Vinum apresentou 5 rótulos deste conceituado produtor.

Na pauta e na mesa, Chile e França, com seu “terroir” diferenciado em cada localidade e unindo tecnologia e conhecimento de vitivinicultura, expressado em cada taça.

Provamos dois brancos e dois tintos e no final um vinho de sobremesa.

Vale lembrar aqui a dedicação e o histórico da família iniciado em 1853 no vinho, que se propagou em reconhecida qualidade por todo o mundo. Principalmente quando se traduz os blends excepcionalmente elaborados.

Abaixo os vinhos provados:

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– Mouton Cadet Sauvignon Blanc 2014: da França, muito aromático é um vinho que reflete a busca por maior frescor, com teor alcoólico de 12,5% e preço sugerido de R$ 115,40.

– Escudo Rojo Sauvignon Blanc 2014: De Casablanca, Chile, um vinho com complexidade e mineralidade olfativa e em boca. Apresenta fruta, frescor, excelente acidez, médio corpo, limão e frutas cítricas, com final prolongado. Teor alcoólico de 12,5% e preço sugerido de R$ 112,70.

Este dois exemplares demonstram bem a dimensão comparativa dos diferentes “terroirs” e público. Enquanto o primeiro é fruta, aromas e delicadeza, o segundo é corpo, estrutura, mineralidade e complexidade.

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– Mouton Cadet  Special Vintage 2012: De Bordeaux, França, é um blend das uvas 80% Merlot, 10% Cabernet Sauvignon e 10% Cabernet Franc.

Elegante, complexo , integrado, tem passagem em barricas de carvalho por 6 a 7 meses.

Teor alcoólico de 13,5% e preço sugerido de R$ 156,64.

Agradou pela maciez e elegância. É tânico na medida certa com um agradável toque final de café, notas tostadas e especiarias.

– Escudo Rojo 2013: Este vinho produzido no Chile é um blend das uvas Carmenérè 40%, Cabernet Sauvignon 38%, Syrah 20% e Cabernet Franc 2%. Com passagem de 12 meses em barricas de carvalho, sendo 67% novas.

Expressa aromas intensos de frutas maduras, em boca é elegante e aveludado. Com taninos redondos e muito elegantes. Teor alcoólico de 14% e preço sugerido de R$ 117,00.

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– Mouton Cadet Reserve Sauternes 2013: Da França. Este vinho de sobremesa é composto das castas Sémillon 85% e Sauvignon Blanc 15%.

É um Sauternes bem acessível e apresenta mel, compota de frutas e pêra. Adorei este vinho!

Teor alcoólico de  13% e preço na faixa de R$ 185,00.

Agora é esperar as próximas safras!

 

 

 

 

 

 

 

Escalera de Empedrado Pinot Noir 2012 é o novo vinho da Miguel Torres no Chile

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Que a história de sucesso em vinhos é uma realidade quando se fala em Miguel Torres Chile, isto ninguém discute. Mas quando se tem a oportunidade de provar vários vinhos em uma única ocasião, e ter entre eles um lançamento, ah! Isto nos alegra e muito.

Competência, qualidade e uma busca constante por renovação, marcam a presença da Miguel Torres Chile no mercado mundial.

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E desta vez não é diferente. Escaleras de Empredado é a D.O. do Chile impressa no rótulo deste enigmático Pinot Noir foram 20 anos de esforço e 3 anos de trabalho até a finalização do projeto.

Integrado, macio e delicado, demostra uma potencialidade de guarda elevada. Aromas de frutas e na boca demonstra um toque da pedra, matéria do solo da região. Tem um “quê” de Borgonha e não havia visto Pinot Noir tão expressivo e redondo oriundo do Chile.

A faixa de preço é salgada, entre R$ 500,00 e R$ 600,00, sendo que estão previstas apenas uma pequena quantidade inicial de garrafas para o Brasil, buscando sentir o potencial deste tido de vinho Premium.

Quem trás o vinho é a De Vinum Importadora que também nos apresentou outros rótulos no almoço, além do Pisco El Gobernador, delicioso.

Vamos aos vinhos desgutados:

Estelado

– EspumanteSanta Digna  Estelado Rosé (Curicó): Da uva País, é o primeiro deste tipo produzido no Chile. Considerado pela Wines of Chile Awards em 2013 como o melhor espumante chileno – Guia Descorchados 2012/2013.

É realmente fantástico! Muito delicado e aromático. Faixa de preço entre R$ 70,00/R$ 75,00.

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– Santa Digna Gewurztraminer 2014 (Curicó): Macio e aromático este vinho surpreende pelas notas florais, frutas e mel. Integrado, pleno, sem amargor. Em boca toque de aspargos verdes, hortelã e cidreira. Boa acidez e qualidade, sem passagem por madeira. Faixa de preço R$ 41,90

Cordillera

– Cordillera Carmenérè 2009 (Curicó): Corte das uvas Carmenérè (50%), Merlot (35%) e Petit Verdot (15%), este Carmenérè surpreende pelos aromas e pelo paladar. Passa 12 meses em barricas de carvalho francês (Sendo 30% novas e 70% de segundo uso).

Não é a uva que mais aprecio, mas este vinho harmonizou perfeitamente com a carne de churrasco, demonstrando a necessidade da harmonização e do alimento. Faixa de preço R$ 90,00.

É um sensacional Carmenérè!

Manso

– Manso de Velasco 2011 Cabernet Sauvignon (Curicó): Um dos mais expressivos vinhos da vinícola, na minha opinião. É integrado, macio, bem estruturado e aveludado. A cor é de um vermelho intenso, muito escuro. No nariz a fruta madura prevalece, em perfumes adocicados de compota. Na boca além das características que citei, é potente e a compota se torna ainda mais presente, unindo um tostado delicado e harmonioso.

Passa 18 meses em barricas novas de carvalho francês. A faixa de preço é de R$ 222,00.

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O último vinho também é um velho conhecido.  Conde de Superunda 2010, corte das uvas 63% Tempranillo, 26% Cabernet Sauvignon, 7% Carménère, 4% Monastrell.

Tem uma história incrível e interessante sobre a onda gigante que assolou a região de Curicó, a “Super onda” fruto de um tsunami.

Potente e único torna a experiência nos vinhos mais agradável a cada taça!

Faixa de preço R$ 290,00.

Todos os vinhos foram harmonizados com carnes de churrasco, bem preparados no Fogo de Chão.

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Para finalizar, e harmonizar com a sobremesa, provei o vinho Nectaria 2009 (Valle de Curicó), vinho de sobremesa da uva Riesling, botrytis e pacificado, com passagem de 14 meses em carvalho francês (50% em madeira nova), com o qual harmonizamos com a sobremesa da foto.

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Em toda a refeição, fomos acompanhados pelo Pisco El Gobernador (Valle de Limari), 50% Moscatel de Alexandria, 50% Moscatel Rosé. Notas florais, rosas e jasmim com um toque cítrico delicioso, caiu muito bem entre uma carne e outra.

Em síntese, todos vinhos bem elaborados, demonstrando a diversidade chilena e o potencial de criação em seus vinhos.

Vida longa a Miguel Torres Chile. Quanto mais longa, mais longevos os vinhos e nossas possibilidades de degustação! Saúde!

 

 

 

 

 

Viña Ventisquero: Boas surpresas no Wines of Chile que acontece nesta quarta, 5 de Agosto

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Serão quatro marcas em destaque no tasting: VentisqueroRamiranaKalfu e Yali

No desafio de produção, rótulos de diversas regiões do Chile, que vão de vales consagrados e tradicionais, vinhedos próximos ao mar, até o Deserto do Atacama.

Abaixo alguns dos destaques do maior evento de vinhos chilenos realizado no Brasil:

Vem do desértico Vale de Huasco o vinho Kalfu Sumpai Sauvignon Blanc, um branco surpreendentemente frutado e mineral. Também será apresentado o Pinot Noir, elaborado no Vale de Leyda. Todos trazidos pela Importadora Domno do Brasil.

Mesclas inovadoras fazem parte da identidade dos vinhos Ramirana, como o Ramirana Sauvignon Blanc/Gewürztraminer. Destaque para o premium Ramirana Trinidad, trazidos pela Cantu.

Complexidade e sofisticação caracterizam os vinhos Herú Pinot Noir, Vertice e Grey Cabernet Sauvignon. Uma linha imperdível e de alta gama, também trazidos pela Cantu.

A filosofia ecofriendly do grupo está presente no projeto Yali, linha de vinhos elaborada no Vale Yali. Estarão em degustação um Syrah, um Cabernet Sauvignon e um Carmenérè. Importadora Domno do Brasil.

Para quem ainda não conhece:

A Viña Ventisquero foi criada em 1998. É liderada por uma equipe jovem, criativa e de espírito empreendedor.

Com escritórios em países como Estados Unidos, Inglaterra, Espanha e China, tem em seu portfólio vinhos premiados internacionalmente como o Pinot Noir Herú, além dos ícones Vértice, Pangea e Enclave, elaborados pelo enólogo-chefe Felipe Tosso (que tive o prazer de conhecer) em parceria com o enólogo australiano John Duval.

Em 2012, foi a primeira vinícola a receber o “Certificado de Sustentabilidade Wines of Chile” em 100% de seus vinhedos por suas práticas de certificação sustentável em todos os campos de cultivo.

Em 2013, avaliada também nas categorias ‘adega’ e ‘responsabilidade social empresarial’, recebeu a segunda certificação por sua evolução em todas as áreas relacionadas à elaboração do vinho.

É conferir tudo isto amanhã! Saúde!

Saiba tudo sobre o evento que acontece amanhã: http://vinhodosanjos.com.br/2015/07/28/5o-tasting-wines-of-chile-e-oportunidade-de-provar-grandes-vinhos/