Força do Terroir da Argentina foi ponto forte em explanações este ano no AWA

Por: Eduardo Morya e Almir Anjos

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Este ano a Wines of Argentina organizou pela primeira vez no Brasil o Argentina Tasting Experience (ATE) e trouxe para São Paulo vinhos ganhadores do concurso Argentina Wine Awards (AWA) 2015.

O AWA é realizado desde 2007, premiando a qualidade e a evolução dos vinhos argentinos, com a avaliação de renomados experts internacionais que variam a cada edição e às cegas, classificando as amostras por tipo, variedade e preço.

O evento que aconteceu em São Paulo, muitas foram as palestras e conduzidas por renomados enólogos (Bernardo Bossi Bonilha, Hervé Birnie Scott e Sebastián Zuccardi).

Houve também provas de vinhos realizadas em formato inovador, dinâmico e interativo.

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Vale ressaltar a interessante palestra proferida por Sebastián Zuccardi com o tema “Vinhos de Montanha”.

Embora o evento tenha sido realizado em setembro, as informações são precisas e norteiam o que é e será a Argentina nos próximos anos, em se tratando de vinhos.

Sebastián é agrônomo-enólogo da Bodega Familia Zuccardi de Mendoza e grande estudioso da influência do terroir nos vinhos que elabora, definindo locais de produção com rigoroso critério.

Em Mendoza a Cordilheira dos Andes é fundamental para a produção dos vinhos de montanha, definindo um deserto de altitude com baixa pluviosidade. Da montanha derivam as influências sobre o terroir.

O Vale de Uco possui altitudes variáveis de 900 a 1.500 m. acima do nível do mar e esta altitude desempenha papel ativo na temperatura e luminosidade, na água que tem origem no degelo da montanha e no solo de origem aluvial com minerais, areia, limo, argila, cascalho e outros componentes provenientes da montanha, distintos e desuniformes. Estas características marcam profundamente os Malbecs produzidos na região.

Atualmente Sebastián além de outras observações (influência do ser humano definindo os tratos culturais, colheita e vinificação), desenvolve estudos nas áreas de produção da Zuccardi em locais distintos do Vale de Uco (Los Chacayes-1.100m, Altamira-1.100m, San Pablo- 1.400m, Gualtallary-1.255m).

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A comprovação das diferenças foi realizada com quatro vinhos da safra 2015 que, engarrafou, utilizou rótulos provisórios e trouxe para serem degustados. Estes vinhos foram produzidos com uvas da seleção dos melhores lotes, com colheita manual, fermentação com leveduras nativas em ânforas de cimento que favorecem a oxigenação. Serão engarrafados em 2016 para comercialização e não devem estagiar em madeira.

Estes quatro Malbecs possuem personalidades bem claras e distintas, com perfis de cores (intensidade, tonalidade), aromas (frutas, flores, especiarias) e gustativos (frutas, minerais, taninos) diferentes, nos permitem desfrutar e comparar regiões, solos e o processo de condução.

Para Sebastián: “O futuro do vinho na Argentina passa pela identidade do lugar”.

Nos vemos no Wines of Argentina (ATE) em 2016. Sempre com novidades!

 

 

Ravin apresenta vinhos chilenos e argentinos de olho no futuro

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A palestra que assisti foi sobre os “terroirs” do Chile e da Argentina e suas particularidades.

Apresentada por Pedro Parra, enólogo com experiência internacional, incluindo seis anos na França. Hoje é consultor renomado e muito requisitado pelo seu trabalho e especialização em “terroirs”, tendo sido considerado como uma das 50 pessoas mais importantes do mundo dos vinhos.

Apresentada também por Sebastian Zuccardi, profissional á frente dos vinhedos da família e um apaixonado pelo trabalho e pelo desenvolvimento do cultivo e estudo dos solos e suas particularidades.

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Não vou especificar todos os vinhos, mas ressaltar alguns que, em minha opinião refletiram o espírito deste trabalho, da busca pelo melhor e diferenciado “terroir”, em cada localidade, e extrair o melhor possível que a terra, o solo, o clima, a altitude e todos os fatores, podem influenciar no resultado em cada garrafa.

Destaco em especial o vinho Pinot Noir Pucalan Single Vineyard 2011, da marca Clos des Fous. Clos des Fous foi a marca desenvolvida para ser de vinhos fáceis de beber, frescos e minerais.

Clos significa “estúpido”, uma forma de caracterizar o projeto, pela busca muito bem definida de fazer um vinho sem as características de um chileno, no Chile. Os traços são de vinhos únicos, com toque francês mas, com uma característica sem dúvida, sem igual, inimitável e muito, mas muito estudada.

Dos seis vinhos provados do Chile, três deles foram da uva Pinot Noir. Apresentaram-se leves, muito aromáticos sendo que boa parte deles ainda não está pronta para consumo, mas já demostram um enorme potencial de guarda, notado desde o nariz, até a parte gustativa e na cor, além de muita complexidade.

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Com relação á Zuccardi, da Argentina, foram apresentadas as diferenças no “teroir” e a influência em cada localidade, tendo sido apresentados os vinhos da Linha Aluvional, Emma, Zeta e Altamira.

Destaque para o já conhecido Zeta, neste caso da safra 2009 e para o Aluvional La Consulta 2008. Vinhos complexos e com grande capacidade de envelhecimento.

No tempo, quando alguns deles estiverem no mercado, ainda veremos o contar dos anos e a identificação deste amadurecimento nos vinhos.

Nieto Senetiner tráz o vinho Emilia focando o público jovem

Produto chega ao Brasil para conquistar os amantes de vinho com a mesma qualidade já reconhecida da vinícola líder de vendas na Argentina

Recorde de vendas na Argentina, já em seu primeiro ano, o mais novo lançamento da vinícola Nieto Senetiner chega ao mercado brasileiro com foco em um perfil de consumo que está se consolidando por aqui: aqueles que apreciam vinho valorizando não só a qualidade, mas também a versatilidade de produtos mais leves, delicados e fáceis de tomar. “

O lançamento será apresentado em quatro variedades, dois tintos com as uvas emblemáticas da Argentina, Malbec e Bonarda, o branco com Chardonnay e Viognier e o Malbec Rosé. “

É um vinho de cor intensa, com muita fruta em nariz e em boca como nenhum outro vinho argentino”.

O teor de álcool é moderado, em torno de 12% de volume alcoólico, o que possibilita tomá-lo normalmente em temperatura ambiente ou gelado, de acordo com a ocasião ou a época do ano, sem alterar seu aroma ou gosto. “

Apesar da estética e do apelo femininos do produto, a vinicola pretende atingir ambos os sexos, leigos ou especialistas, que gostam de passar bons momentos com amigos e família, na companhia de um vinho que potencializa os sentidos, dando prazer imediato. “

E tudo isso sem precisar entender de vinho para apreciar a bebida, pois o Emilia é para ser degustado em momentos de descontração e diversão. O conceito é o de leveza e versatilidade.

Os vinhos Emilia também vão caber perfeitamente no bolso do consumidor, com rótulos que variam de R$ 25,00 a R$ 30,00, e se posicionará entre Benjamin e Nieto Senetiner, linhas já consagradas da vinícola argentina.

Sobre a Nieto Senetiner:

Desde 1888, instalada no coração de Luján de Cuyo (província de Mendoza) historicamente conhecida como Primeira Zona (Zona Premium), em altitude de 900 metros, apresenta condições de clima e solo ideais para cultivo de uvas com alta qualidade. A produção conserva características de excelência artesanais.

A linha de vinhos Nieto Senetiner é comercializada no Brasil pela importadora Casa Flora: www.casaflora.com.br / (11) 3327-5199.