Avant Gabriel Chandon 2013, muito colorido, sons e borbulhas!

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Estive na semana passada prestigiando o evento da Rua Gabriel Monteiro da Silva, o Avant Gabriel Chandon.

Tenho estado nos últimos eventos nas ruas mais elegantes de São Paulo e claro, sempre acompanhado das mais maravilhosas e elegantes “borbulhas” da cidade.

São Paulo proporciona estes prazeres e unir bom gosto e classe aos espumantes sempre bem cuidados deste produtor. No destaque, a junção entre o belo e o prazer de se degustar.

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Caminhar cedo por estas ruas, assim como foi na Gabriel Monteiro da Silva, é um prazer que só quem desfruta pode sentir. Elegância, bom gosto, e um olhar que busca unir o que de melhor a parte decorativa pode fazer por seu lar, assim foi o evento da Chandon.

Circulei logo no momento da abertura, caminhei livremente degustando e aprendendo sobre decoração, unindo minhas paixões e vivenciando o que eu poderia chamar de momento de liberdade.

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O dia estava lindo, céu azul sem nuvens, um sol tímido que aquecia, e o conforto de me sentir em casa, na minha cidade.

Esqueci-me das buzinas e do trânsito intenso por algumas horas. Fui de taxi, estacionar, degustar e dirigir não estava nos meus planos.

Encontrei amigos, sorri, me emocionei com a música em cada palco montado, com as vozes, com o som que em instantes tocaram a alma. Com a harpa que soava em longínquos tempos a música Celta.

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Viajei pela Itália ao som das músicas do passado, vi o circo, ri, parei pude refletir.

Este foi um encontro da minha alma com o belo, talvez meu momento de vida, talvez o silêncio dos pensamentos. Algo que se liberou permitido internamente, não sei dizer, mas foi bom, sempre é bom…

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E o colorido das taças… Ah, estes estão e ficarão guardados na memória.

Degustação da Ventisquero na Bacco`s aguçou os sentidos pela música

Flores

Era de se esperar a harmonia entre a música os vinhos e a parte gastronômica.

Também, quando se une vinhos de qualidade e compositor famoso só poderia ser assim.

“As Quatro Estações” de Vivaldi soam ainda em minha mente, aguçadas pelo registro na memória olfativa e nas lembranças da noite quente.

Tenho sempre falado dos sentidos e do sentir ao mencionar vinhos. Sem esta nossa capacidade que une visual, olfato e paladar, tudo ficaria mais difícil.

Neste caso, além de todos estes sentidos, utilizamos também a música para penetrar nos mistérios da melodia que nos remetem momentos que vão do plantio ao líquido em nossas taças: O Vinho que tanto apreciamos.

Estes registros meio que se impregnam em nossas mentes e ao recordarmos dos sons, dos “cheiros”, aromas, e o toque no paladar, inevitavelmente nos recordamos dos nossos momentos, das passagens da vida, e nesta noite, não poderia ser diferente.

A cada nota soada, um vinho descia pelo palato, alcançando as “notas” internas das recordações vibrantes. Palato e sentidos apurados degustaram em uma só noite, os quatro vinhos determinados para a ocasião, cada um no seu movimento particular definido e ritmado, melodiosamente sonoro em nossos ouvidos.

Antonio Vivaldi, o gênio estava certo. Compôs sua obra baseada nos sons da natureza, a força da virtuosidade aparece em todos os momentos. Cada melodia nesta sinérgica degustação tocou a alma e o corpo, envolvendo o momento no que posso chamar de o “espírito do vinho”, suas sutilezas e descobertas.

Os vinhos são considerados vinhos de boutique. Assim como a música, foram escolhidos pela determinação do próprio clima do Chile, em suas estações bem marcadas, assim como a música determinada no seu compasso.

Vinho fundo

O primeiro vinho, um branco (Primavera), representa os pássaros.

O segundo vinho, já um tinto (Verão), representa a revoada dos insetos e a intensidade marcante, a fruta madura em sua plenitude.

No terceiro, também um tinto (Outono), representa o Vilarejo, a alegria da colheita e as pessoas.

O quarto e último vinho, também tinto (Inverno), mostra todo o rigor do momento, a intensidade do frio, o “ranger” de dentes, um mistério na complexidade associada ao mistério do próprio inverno, as vezes indescritível em palavras.

A programação:

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– “La Primavera” – Allegro

Ramirana Gran Reserva Sauvignon Blanc / Gewurstraminer

Harmonização: Frutas cítricas da estação

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– “L´Estate” – Presto

Ramirana Reserva Cabernet Sauvignon / Carmenérè

Harmonização: Seleção de queijos

– “Lautunno” – Allegro

Ramirana Trinidad2008

Harmonização: Seleção de embutidos

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– “L´Inverno” – Allegro non Molto

Vértice 2007 – Valle de Apalta

Harmonização: Empanadas de carne chilenas

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Fechamos a noite, caminhamos cada um no passo a passo do compasso da vida, sonoramente inspirados pela música, pelo álcool quente no sangue, pelas memórias…

Desejando que tudo continuasse neste ritmo, nesta melodia, que ainda ecoa em nossos ouvidos… suave e plena.