Falando de vinhos e consumo

A base do vinho é a fermentação. Claro que as técnicas desenvolvidas para aprimorar esta preciosa bebida evoluíram e se desenvolveram. Mas as uvas são as mesmas, as mesmas características, os mesmos aromas. O solo permanece como o grande gerador das particularidades e singularidades em cada casta.

Desde os primórdios do descobrimento, dos primeiros indícios datados de 6.100 anos, e descobertos em uma caverna na Armênia, segundo pesquisas recentes (ver: http://tinyurl.com/3sjq6qe)
o vinho segue seu curso, sua vida, seu crescimento, apogeu e declínio na garrafa.

O homem estabeleceu conceitos novos, padronizou sabores, esquemas de produção, delineou uma maneira de produzir, vinificar e deixar envelhecer.

Acredito que ainda teremos grandes surpresas, quando surgir alguém que quebre a regra no processo, que mantenha os fundamentos, mas traga o vinho para a sua origem, ou seja, a fruta fermentada, o sabor original, o verdadeiro “Terroir” em sua grande essência.

Talvez alguns digam que isso é muita pretensão: Acreditar no trabalho do plantio à vinificação, sem rotulagens. Mas eu digo, as origens trazem o gosto do antigo, do cuidado, do apreço que a questão da globalização escondeu, na sua parte comercial.

Por isso, hoje, o vinho chamado de “Vinho de Garage”, com baixa produção, mas com um cuidado excepcional, tem sido valorizado.

Os países que outrora eram grandes produtores e consumidores vêm o vinho sendo cada vez menos consumido. Surgem os novos mercados, mercados em crescimento, que demonstram grande potencial para alimentar o aumento na demanda, necessário ao escoamento da produção.

Infelizmente, no Brasil, ainda falta cultura, como povo consumidor de vinhos e até de entendimento da linguagem que compõe esta maravilhosa bebida.

Temos hoje uma grande quantidade de importadoras, cada uma buscando seu espaço no mercado. Vimos também uma troca de “mãos” em certos rótulos, que passam de uma importadora a outra, visando por parte do produtor, uma melhor adequação aos seus interesses e negócios: É o mercado em movimentação natural.

Há excelentes vinhos disponíveis, adequados aos mais variados consumidores e paladares. Os amantes do vinho se organizam, promovem e difundem o consumo de forma sadia, envolvente, como deve ser.

Se entrarmos nos entraves criados pela legislação, a parte fiscal, os impostos e taxas, a bitributação (tão comum em nosso país), o vinho nacional, o novo selo nos vinhos. Entraremos em um sem fim de aspectos que acabam dificultando na verdade o que seria um simples “apreciar” e livre comércio sem barreiras.

Vamos aguardar novos momentos e rumos, no já conturbado e desunido mercado de vinhos, afim de que o vinho seja prazer e não motivo de conflitos e interesses comerciais.

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