Vinho na Vila e Sparkling Festival são confirmados para São Paulo e Rio de Janeiro

Vinho na Vila 2020

Com toda segurança os dois eventos têm vagas limitadas e vendas pela internet

Os já consagrados eventos de vinhos promovidos pela Casa Vitis têm datas e locais confirmados ainda para este ano de 2020.

Em meio a um ano atípico e em meio á pandemia, sentimos falta dos eventos de degustações de vinhos e o contato direto junto ao produtor, lojista e importador.

Após este longo período onde tivemos grande aprendizado quanto ás medidas de segurança para manter a saúde, os eventos Vinho na Vila e Sparkling Festival têm suas edições confirmadas para São Paulo e Rio de Janeiro.

Claro que serão observadas as normas de segurança, sendo que uma das vantagens destas degustações é justamente o fato delas acontecerem em dias e horários pré-determinados (dois dias), dividindo o público por sessões de degustações, o que facilita ter um número antecipadamente conhecido de degustadores em cada bloco.

Outras medidas incluem a exigência de máscara quando o visitante estiver fora do seu período de degustação e também que cada participante terá a sua própria taça.

Os lugares escolhidos são bem arejados e ventilados, além de amplos e com espaçamento determinado entre cada expositor, evitando as aglomerações.

Ótima oportunidade para abastecer a adega (Que possivelmente foi toda “diluída” na pandemia), provando o que mais agrada e negociando a compra diretamente com quem entende do assunto.

Além dos vinhos haverá espaço para consumo de alimentação, também seguindo as normas determinadas de saúde e saúde pública.

Estaremos lá com nossos canais de comunicação e redes sociais, incluindo o Vinho dos Anjos (www.vinhodosanjos.com.br) e nosso Canal no YouTube Rotas e Notas (www.youtube.com/rotasenotas) onde falamos de bebidas, gastronomia e turismo.

Assim que possível estaremos divulgando os links de compra dos ingressos em nossas redes sociais 

Anote na agenda!

Datas e Locais confirmados:

– Vinho na Vila

São Paulo: 07 e 08 de Novembro (Casa Das Caldeiras)

– Vinho na Vila

Rio de Janeiro: 21 e 22 de Novembro  ( Morro da Urca)

– Sparkling Festival

São Paulo: 05 e 06 de Dezembro (Casa das Caldeiras)

– Sparkling Festival

Rio de Janeiro: 12 e 13 de Dezembro (Morro da Urca)

Obs:

Outras informações também em breve em www.casavitis.com.br

 

Vinho Crasto Douro harmonizado com hambúrguer caseiro

20200724_090614

Já pensou em harmonizar um belo hambúrguer com vinho tinto?

Nós fizemos isso e ficou sensacional. Claro que demos nosso toque e buscamos ressaltar toda a complexidade do vinho bem como da comida.

O vinho que escolhemos foi o Crasto Douro 2018 da conhecida vinícola portuguesa Quinta do Crasto, do Douro em Portugal.

Já conhecemos toda a linha de vinhos deste produtor e a cada safra nos surpreendemos com a qualidade, cuidado e uniformidade nos produtos.

20200722_114125

Este vinho é um corte das uvas Touriga Nacional, Tinta Roriz, Touriga Franca e Tinta Barroca o resultado é um belo blend destas castas tão enigmáticas e conhecidas por quem aprecia os vinhos portugueses.

Quanto ao hambúrguer, ele foi feito de forma caseira em um blend de carnes que incluíram fraldinha e acém. Colocamos também um pouco de ervas finas e deixamos o sal para o momento da grelha.

20200723_174444

Após grelhar os dois lados, colocamos duas fatias de queijo Emmental e abafamos. Pronto! Junto com as batatas bravas que também elaboramos ainda fizemos um molho de gorgonzola com requeijão e também tomate cereja e uma folhinha de manjericão. Ficou show!

Mas o melhor de tudo foi o sabor entre um e outro, vinho e hambúrguer. Um composto “dos deuses” eu diria.

O vinho com seu tanino e teor alcoólico combinou com a gordura do queijo e da carne, bem como as ervas com os aromas e sabor do vinho em composição harmônica, deliciosa e sutil!

O hambúrguer é receita nossa, mas o vinho pode ser encontrado nos empórios e mercados e é importado pela Qualipor (www.qualimpor.com.br)

Experimente e seja ousado! Vale a pena!

Saúde!

A triste realidade de almoçar em um restaurante em plena pandemia

Logo lillo

Tristeza é a sensação do momento

Depois de mais de seis meses de ‘confinamento” o Lilló foi meu primeiro restaurante a ser visitado.

Local onde já estive várias vezes em companhia de amigos e também em eventos e em família.

Ambiente amplo e lindo, sempre acolhedor com todas as suas mesas ocupadas, uma alegria contagiante do vinho na taça, nas luzes do dia em que o raio de sol penetra e nas noites iluminadas onde a frondosa árvore interna trazia alegria e contentamento em cada garrafa de vinho aberta.

Adega linda, impecável e repleta de bons rótulos, buffet saboroso onde me deliciava com os pratos e “comia” com os olhos.

Mas tudo mudou nessa pandemia. Não pelo restaurante que em sua busca incansável pela sobrevivência tomou todos os cuidados necessários distanciando mesas, colocando o QR Code do cardápio e mantendo o afastamento necessário que o momento pede, cancelando o buffet e servindo apenas pelo cardápio.

Antes era assim...

Antes era assim…

O que senti? Tristeza. Um vazio tomou minha alma e meu momento. E não foi a companhia e nem as conversas, muito pelo contrário.

As acaloradas mesas ocupadas deram lugar a um silêncio de afastamento entre pessoas, como se cada uma delas não tivesse mais assunto para falar. Parte da alegria dos encontros era a soma do burburinho e o constante pedido de vinhos, entre uma entrada e outra, entre um prato e outro… isso acabou.

Mesas distantes, distanciamento físico, algo gélido, algo impessoal passou a nos rondar. Não que eu tenha medo, tomo sim todas as minhas precauções, mas tudo, tudo absolutamente mudou como se agora fossemos parte de um outro mundo, mais frio, menos acalorado, impessoal, menos prazeroso.

Qual a minha esperança? Que possamos retornar melhores em um futuro próximo, valorizando as relações, as pessoas, os funcionários e clientes, pois tudo isto garante um ciclo, garante esta alegria perdida que mencionei.

Não foi um momento feliz confesso. Foi estranho e a única palavra que descreve estas sensação em meio a tantas perdas foi tristeza.

O vinho estava lá, os pratos saborosos também, bem como a conversa saudável de sempre. Mas algo intimamente mudou…

Não ouvi as vozes nas outras mesas, apenas os mínimos comentários foram justamente sobre a dificuldade do momento, a necessidade de adaptações e a busca pela sobrevivência, apenas isso.

E assim foi o almoço, até o fim da garrafa, em conversa baixinha, sentindo tudo isso.

Retornei pensativo e imaginando até quando esta sensação consciente das coisas nos tomará e se conseguiremos retomar o que tínhamos.

Não sei dizer quanto tempo demorará para nos sentirmos plenos e seguros.

De qualquer forma espero que seja em breve e com muita saúde e valorização do que temos e somos.

 

ValleBello, vinho brasileiro com sotaque próprio

20200711_185454

Harmonização do vinho da casta Alvarinho com bife de chorizo e risoto

Alguns podem me perguntar o porquê sugeri e fiz esta harmonização entre um vinho branco e uma carne, juntamente com um risoto de cogumelos variados e palmito pupunha.

Para entender os porquês de cada harmonização é necessário conhecer bem o vinho e suas características bem como o prato que se quer elaborar, condimentos e forma de preparo.

Há duas formas de se harmonizar vinho e comida, ao menos são as formas que utilizo para conceber algo que será preparado dentro das condições que cada pessoa possa ter no que se refere á ingredientes e também a vontade do que comer.

A primeira forma consiste em adequar o prato ao vinho escolhido. A segunda é o contrário, já definido o prato que se pretende elaborar, partir para a busca ou escolha do vinho, levando em consideração todos os aspectos do prato.

Neste caso o vinho veio primeiro, foi um recebido de amigos que pediram para eu experimentar e avaliar. Á partir dele elaborei o prato que descrevo abaixo.

Na verdade quando recebi o vinho, e como sempre faço, busquei informações á respeito da casta, do solo, das descrições possíveis em alguma ficha técnica e também da parte das descrições do próprio rótulo como teor alcoólico, passagem ou não por barricas e até mesmo quantidade de garrafas produzidas. Isto tudo para poder “entender” o vinho e imaginar o que dele esperar na degustação e harmonização.

Feito isto tudo ficou mais claro, aliando minha vontade quanto ao que eu gostaria de comer.

Foi aí que decidi dentre algumas opções disponíveis, buscar o que mais me agradaria.

20200712_120436

O PRATO

Nesta escolha veio um risoto de cogumelos variados, elaborado com cebola, cebolinha, azeite, manteiga e um bom tempo de apuração na panela. Juntando isto tudo ao arroz arbório, nosso risoto ficou pronto. Mas tanto o vinho como o risoto, pediam algo mais consistente e decidimos por um bife de chorizo alto, temperado com ervas (Como o tomilho e salsinha), alho, sal e pimenta do reino e que em seguida foi “selado” em fogo brando até que a carne ficasse cozida por fora e levemente mal passada por dentro, ou seja, lentamente no fogo.

E no final o prato terminado além de lindo, ficou excepcional em cada garfada e a cada gole do vinho.

Bem, mas vamos ás considerações tanto do vinho e suas características como do prato.

O vinho apresenta cor amarelo quase ouro com toques esverdeados. Nos aromas frutas cítricas bem evidenciadas por um limão. O mesmo limão é confirmado na boca, acentuado por grande acidez e persistência final.

Bem diferente dos Alvarinhos da Espanha e Portugal, este vinho brasileiro de Monte Belo do Sul, Rio Grande do Sul, na Serra Gaúcha, é produção da família Lazzarotto. Passa pelo processo de Bâtonnage ficando em contato com as borras por 12 meses em tanques de aço inox.

Envasado com pequena parcela de de leveduras mortas, o tal “Sur lie”, acaba conferindo ao vinho sua complexidade em sabores e aromas únicos.

O que pude observar é que embora o vinho seja branco e novo (Safra 2019), ele pede pelo seu nível de acidez, um bom prato de comida. Tomar o vinho unicamente não seria tão prazeroso quanto tomar acompanhado de um belo prato.

20200712_120422

Escolhi o risoto de cogumelos variados e palmito pupunha (Para dar uma certa crocância que eu queria) e também o bife de chorizo, justamente para que o tempero não interferisse nem no risoto e nem no vinho. A carne com sua gordura harmonizou com o vinho justamente na questão da acidez.

Busquei a unicidade de sabores e aromas, coisa que faço em cada prato elaborado e nas degustações pareadas.

Como sempre digo, é preciso experimentar, conhecer o universo da gastronomia e dos vinhos, para ter o melhor resultado na harmonização.

Para adquirir os vinhos enviar direct para: @diana.oliveira ou quevinholevar

Tente! Experimente! É só assim que se aprende!

Saúde!