Portugal redescobre o Brasil com os vinhos

Nunca houve tanta procura por vinhos de Portugal e também tanta divulgação pelos produtores e pelas regiões.

Isso já vem se demonstrando tem algum tempo. Regiões como o Tejo, a Bairrada, Douro, Alentejo, Trás-os-Montes e Dão intensificam suas ações no mercado brasileiro, de olho em uma fatia crescente e que une os dois países pela língua e pela história.

Chegou a hora dos vinhos. Com suas castas emblemáticas e a necessidade de expansão do mercado pela crise europeia, os vinhos de Portugal vão de encontro ao paladar do brasileiro, trazendo tradições familiares, blends inusitados, castas “estranhas” aos nossos ouvidos, porém de qualidade inegável e reconhecidamente importantes no contexto mundial.

Foram duas as apresentações dos produtores portugueses. A primeira grande degustação deste ano, já se deu em Brasília em 25/06 e dia (27/06) em São Paulo no Hotel Unique, se consolidando como o roteiro dos amantes e apaixonados pelos vinhos.

Mas vamos ao que interessa: os vinhos e alguns destaques.

Espero não ser injusto ao falar de alguns produtores e neste pequeno espaço, me conter em apenas alguns deles. Mas já vou me justificando porque sei que ao longo do tempo, as oportunidades irão se ampliar e gradativamente poderei mencionar outros vários e grandes produtores.

No Evento Vinhos de Portugal, o espaço reuniu 35 mesas, e mais o Espaço Tejo e Espaço Vinho do Porto, por aí podemos ter uma idéia da variedade e das inúmeras opções envolvidas.

Não há como não falar dos já consolidados e reconhecidos vinhos trazidos pela Qualimpor, como os do Esporão e os da Quinta do Crasto. Vinhos que já foram mencionados anteriormente em diversos post e que apenas coloco os links caso haja interesse na leitura.

Provei vários vinhos da Casa Cadaval, trazidos pela Mercovino. Destaco nos brancos o vinho Padre Pedro Reserva 2010, um vinho corte das uvas Viognier e Arinto.

Douro Boys

 

No Consulado de Portugal, tivemos neste dia  24/07, a presença dos Douro Boys.

Representados por Tomás Roquette (Quinta do Crasto), Cristiano Van Zeller (Quinta do Vale Dona Maria), representado pela sua esposa, Francisco Olazábal (Quinta do Vale Meão), Dirk Van Der Niepoort ( Niepoort Vinhos) e João Ferreira Álvares Ribeiro (Quinta do Vallado).

De forma descontraída, pudemos provar alguns produtos ícones das vinícolas, e celebrar a noite marcada pela oportunidade de degustar excelentes vinhos.

Não preciso falar do “nível” destes vinhos e do sucesso que eles têm alcançado. Mostrando mais uma vez que os vinhos de Portugal vieram para ficar.

Se você é um apreciador deste país e de suas uvas emblemáticas, não deixe de visitar a Vinnobile, Loja Virtual de vinhos que possui um portfólio considerável deste país.

Link da Loja: www.vinnobile.com.br

Links de postagens sobre Portugal:

http://vinhodosanjos.wordpress.com/2012/04/26/eu-provei-e-chorei-13-vinhos-do-porto-de-1998-a-1900-by-andresen/

http://vinhodosanjos.wordpress.com/2012/04/09/assim-foi-o-road-show-da-qualimpor-no-consulado-de-portugal/

http://vinhodosanjos.wordpress.com/2011/11/29/vinhos-portugueses-do-dao-elegantes-saborosos-e-expressivos/

http://vinhodosanjos.wordpress.com/2011/10/20/prova-de-vinhos-de-tras-os-montes-em-sao-paulo/

http://vinhodosanjos.wordpress.com/2011/09/30/evento-vinhos-do-alentejo-brasil/

http://vinhodosanjos.wordpress.com/2011/06/30/premios-mais-uma-vez-a-qualimpor-e-os-vinhos-portugueses-se-destacando/

 

 

Qualimpor e seu Road Show no Consulado de Portugal

 

Nos próximos dias 28 e 29 de março, acontece em São Paulo, no Consulado Geral de Portugal, o Road Show da Qualimpor, com degustação de vinhos e azeites das vinícolas portuguesas Herdade do Esporão, Quinta do Crasto e Quinta dos Murças.

Estará presente o enólogo da Herdade do Esporão, David Baverstock, e do produtor da Quinta do Crasto, Tomás Roquette.

No primeiro dia, eles apresentarão aos profissionais do segmento e jornalistas os vinhos tintos, rosés, brancos e azeites das vinícolas, além dos últimos lançamentos. No segundo dia, o evento será exclusivo para enófilos que ganharam convites ao comprar vinhos das três propriedades nos clientes da Qualimpor espalhados por São Paulo.

O Road Show da Qualimpor fará um giro pelo Brasil e passará também pelas cidades do Rio de Janeiro, Brasília, Vitória, Botucatu, Bauru, Ribeirão Preto e Curitiba.

Serviço:
Consulado Geral de Portugal em São Paulo – R. Canadá, 324, Jardim América.
Dia 28 de março – Jornalistas e trade
Horário: das 15h às 22h
Dia 29 de março – Consumidor (valor: R$ 100,00, revertidos em produtos)
Horário: das 17h às 23h

A Qualimpor é a importadora exclusiva dos vinhos e azeites das vinícolas portuguesas Quinta do Crasto, Herdade do Esporão e Quinta dos Murças no Brasil. A empresa foi criada em 1995 por João Roquette para importar e distribuir os vinhos e azeites da Herdade do Esporão, vinícola de seu irmão, localizada na região do Alentejo. Posteriormente, em 2002, a importadora passou a importar os vinhos da Quinta do Crasto, região do Douro, pertencente ao outro irmão de Roquette. No início de 2011 foi lançada a Quinta dos Murças, a nova vinícola do grupo Esporão localizada no Douro.

QUALIMPOR – importação e exportação:
SAC: 0800-7024492
Rua Antônio das Chagas, 529 – Brooklin

 

Vinhos portugueses do DÃO, elegantes, saborosos e expressivos

 

Mais uma vez tivemos representantes de Portugal, mais precisamente da Região do DÃO em degustação promovida pela “Comissão Vitivinícola Regional do DÃO” e “Vinhos de Portugal”.

O DÃO é a região localizada ao centro de Portugal e a casta mais conhecida e difundida é a Touriga Nacional para os tintos e a Encruzado para os brancos.

O teor alcoólico na grande maioria dos vinhos se mostrou bem harmônico e equilibrado.

Entre um produtor e outro, o que ficou marcado foi a evolução que os vinhos portugueses têm alcançado nestes últimos anos. Tecnologia, foco, uvas especialíssimas e próprias de cada região enólogos ultra competentes, e divulgação.

Sem dúvida são fatores de sucesso para um aumento de consumo a médio, longo, prazo. O consumidor, e mesmo o profissional de vinhos tem tido acesso a exemplares jamais vistos e degustados, tornando o universo de vinhos portugueses mais acessíveis e conhecidos.

 

 

Forma-se assim um conceito, num esforço grande de gerar a experimentação, criando fatores de comparação, tanto com outros vinhos, como com outros países e outras castas.

Não há, a meu ver, uma maneira de se conquistar o consumidor, que não seja demonstrando, falando sobre ele e permitindo a degustação.

Mas vamos ao encontro do DÃO. Vinhos singulares e expressivos, que definem a região e o estilo de cada produtor.

Minha atenção foi para o produtor SEACAMPO, buscando importador, onde provei os seguintes vinhos:

– Pai Américo DOC Branco DÃO Reserva 2009: Casta 100% Encruzado, tendo fermentado em barricas de carvalho francês durante nove meses onde também se processou a “battonage”, dando maior estrutura e complexidade. Aromas de frutas frescas, notas de baunilha, macio, equilibrado e com boa persistência. Teor alcoólico de 13,5%.

– Américo Rose 2010: Castas Touriga Nacional, Jaen e Tinta Roriz. Teor alcoólico de 13,6%. Apresenta notas de framboesa e frutos silvestres. Na boca, equilibrado e elegante.

– Américo DOC Tinto DÃO 2008: Castas Touriga Nacional, Jaen, Tinta Roriz e Alfrocheiro. Teor alcoólico de 13%. As castas foram vinificadas separadamente, proporcionando uma cor rubi intensa, notas de frutos maduros. No aroma é complexo, ameixa preta. Aveludado na boca, e grande harmonia.

– Pai Américo DOC Tinto DÃO Reserva 2007: Castas Touriga Nacional e Afroucheiro. Teor alcoólico de 13,5%. Estagio de 12 meses  em barrica de carvalho francês e americano. No aroma sugere baunilha e fruta madura. Um vinho que se mostrou complexo na boca, com notas de chocolate e grande harmonia e persistência.

Aguardamos ansiosamente os próximos eventos de Portugal!

Salut!

 

Portus Cale: Nas castas de variedade única, grande intensidade e qualidade

 

SÓ SYRAH 2007 

O Só Syrah é um vinho Regional Terras do Sado 100% Syrah (Shiraz). As uvas são ricas em aromas, cores e taninos, foram vinificadas pelo método clássico de vinho tinto de guarda, em que a bebida passa por um estágio de 17 meses em barricas novas de carvalho francês Allier (70%) e americano (30%). 

O aroma é intenso, onde redominam notas de fruta, compota de ameixa, ginja e especiarias. A cor é um vermelho intenso, o sabor é denso, envolvente, estruturado e persistente, com acidez bem marcada. Harmoniza com carnes e queijos. 

A primeira colheita do Só Syrah foi em 1999. A casta em comercialização no Brasil é a 2005. O ano quente e seco proporcionou uma produção pequena, mas de elevadíssima qualidade. O “terroir” favoreceu uma acidez natural na composição e maturação do vinho, o que resultou numa bebida perfeitamente equilibrada. Desse vinho, são produzidas 6.734 garrafas, com 14,8% de teor alcoólico.

 

SÓ TOURIGA 2005 

O Só Touriga é um vinho Regional Terras do Sado 100% Touriga Nacional. As uvas amadureceram lenta e tardiamente por causa do calor intenso, ficando com bons teores de açúcares e tanitos potentes e redondos. 

Envelheceu 12 meses em barricas de carvalho francês Allier (50%) e americano (50%). Aromas florais e de frutos maduros. Na boca, final cheio e persistente, lembrando compota. Taninos redondos e persistentes. Bom para acompanhar pratos à base de caça, carnes e queijos. 

A primeira colheita do Só Touriga foi em 2001. Foram produzidas 13.046 garrafas, com 13,9% de teor alcoólico. O Só Touriga Nacional 2005 é vinificado exclusivamente com a casta Touriga Nacional da vinha dos Casais da Serra, localizada no meio da Serra da Arrábida.

 

 

ORIGEM DA LINHA SÓ

Nos anos 90, a Bacalhoa apostou na introdução de novas castas. Com essas plantações, planejou-se a criação de uma nova marca, “Só”, que mostrasse aos consumidores novos vinhos de uma única casta.

Uma das escolhidas foi a Syrah, a casta dos famosos vinhos da “Côte du Rhône” e da Austrália. Ela foi plantada nas vinhas de Palmela, cujo “terroir” favorece as condições ideais para a obtenção de vinhos tintos de alta qualidade.

Em 2000, após uma vinificação cuidada e selecionada da colheita de 1999, a empresa decidiu engarrafar o Só Syrah, o primeiro vinho da linha “Só”. Em 2001, foi lançado o Só Touriga Nacional . 

A TERRA DO SADO 

As castas viníferas foram introduzidas nesta região pelos Fenícios, e os Gregos, achando o clima ameno, plantaram uvas na zona ribeirinha do Tejo. 

Mais tarde, os Romanos e os Árabes deram grande incremento à cultura da vinha nessa península. Com a fundação do reino de Portugal, vieram outros povos, como os Francos, povo de antiqüíssimas tradições vitívinicolas, que incrementaram a produção de vinho nesta região, situada no litoral Oeste a Sul de Lisboa, onde se produz o famoso Moscatel de Setúbal.

A região é divida claramente em duas zonas distintas: Uma a sul e sudoeste, montanhosa e acidentada, formada pelas serras da Arrábida, Rosca e São Luis, com menos relevo nas vertentes Norte, e nas serras que abrangem os montes de Palmela, São Francisco e Azeitão, recortados por vales e colinas, com altitudes que variam dos 100 aos 500 metros. A outra, bem diferente, é plana, prolongando-se junto ao rio Sado.

O clima é misto, subtropical e mediterrânico. Influenciado pela proximidade do mar, pelas bacias hidrográficas do Tejo e do Sado e pelas serras e montes que se situam na região, tem fracas amplitudes térmicas e um índice pluviométrico que se situa entre os 400 a 500 mm. 

Os solos são argilo-arenosos ou franco-argilo-arenosos, calcários com ligeira alcalinidade, alguns deles compactos e férteis. A qualidade dos vinhos desta região justificou o reconhecimento das Denominações de Origem Controladas “Setúbal” para a produção do vinho generoso, e “Palmela”, que inclui vinhos branco, tinto, frisante, espumante, rosado e licoroso. 

As Principais castas TINTAS: para o DOC “Setúbal” é a casta Moscatel Galego Roxo (Moscatel Roxo); para os DOC “Palmela” as castas Castelão (Periquita), Alfrocheiro, Bastardo, Cabernet Sauvignon e Trincadeira (Tinta Amarela). 

Os tintos da DOC “Setúbal” têm uma produção limitada, e por isso são menos conhecidos que os brancos. Possuem aroma mais seco e complexo, mas não menos rico. Envelhece nobremente. Já os da DOC “Palmela” são encorpados, de cor intensa e aroma cheio onde predominam frutas secas e as especiarias. Com o envelhecimento, amaciam e tornam-se mais finos.

Entidade certificadora  dos DOC “Setúbal ” e “Palmela” é a Comissão Vitivinicola Regional da Península de Setúbal, assim como a do Vinho Regional “Terras do Sado” 

A BACALHOA VINHOS 

A empresa Bacalhoa Vinhos de Portugal S.A. foi fundada em 1922, sob a designação comercial de João Pires & Filhos. A atividade da empresa focalizou-se em comprar uvas de viticultores de Palmela, destinada à produção dos mais famosos vinhos da região. 

No final dos anos 70, António Francisco Avillez tornou-se o maior acionista da companhia. Em 1982, iniciou-se uma nova fase da vida da empresa, com o desenvolvimento de marcas próprias, que continuam a ter grande aceitação, tanto no mercado interno quanto externo, constituindo, hoje, a principal componente da sua produção. A marca João Pires logo se tornou símbolo de altíssima qualidade e um fenômeno alargado de notoriedade.  

Com vultosos investimentos na remodelação das adegas e na aquisição de vinhas e terrenos para a sua plantação, a marca de vinho João Pires foi adquirida, no final da década de 80, por uma das mais prestigiadas multinacionais do setor, a nível mundial. A  empresa mudou sua designação para J.P. Vinhos S.A. 

A principal adega, de linhas modernas e atraentes, foi submetida a uma renovação considerável, em termos tecnológicos e de técnica de produção de vinhos. Localizada na nobre zona vitivinícola de Azeitão, no coração da Península de Setúbal, onde, a partir de uvas da região se produzem vinhos de elevada qualidade, como os famosos Moscatéis de Setúbal, Quinta da Bacalhôa, Má Partilha, Catarina, Cova da Ursa e Serras de Azeitão, entre outros, com enorme sucesso. 

É um dos produtores de vinhos de maior dimensão no pais e faz parte do “Grupo dos Sete”, há mais de 10 anos, juntamente com a Aveleda, Caves Aliança, Herdade do Esporão, José Maria da Fonseca, Messias e Sogrape. 

A produção atinge, atualmente, uma média de 5 milhões de litros por ano, no total das três regiões onde tem propriedades e adegas, sendo mais de 30% destinado à exportação para os principais mercados como o Reino Unido, EUA, Brasil, Canadá e Europa, além de outros países, na Ásia e em África.

Maiores informações:

www.portuscale.com.br