Sushi e sashimi: A harmonização com os brancos

Há alguns anos atrás, não se admitia e até se repudiava, o casamento entre o sushi, sashimi e vinho. 

Wassabi ou raíz forte

Passados alguns anos, os especialistas se renderam às experiências, e hoje admitem perfeitamente o casamento.

É claro que a perfeição, ou a exata adequação ao prato, em relação ao vinho escolhido é mais difícil.

Quando temos ingredientes fortes, como o wassabi, a parte “picante” do sushi, ou mesmo o molho shoyo, poderá haver um choque no paladar, inclusive impossibilitando sensações mais intensas, pois a boca fica quase que anestesiada pela raiz forte.

Mas os vinhos brancos, como o Riesling, ou os Pinot Gris, ou ainda um Gewürstramminer, podem ser uma excelente opção bastante interessante e prazerosa.

 São vinhos alegres, frescos, aromáticos e juntando-se a isso, o bom apreciador dos pratos e dos vinhos, não há como errar e não sair satisfeito da experiência. Ela deixa de ser uma tentativa e se torna real, muito agradável.

Sushis: Alegres, coloridos, fantásticos!

Sashimi: Textura e sabor para bons apreciadores

O champagne ou espumante é outra sensacional opção. As borbulhas, o perlage, salpicam pequenas “alfinetadas” na língua, tornando intensos e marcantes a harmonização prato e vinho.

Champagne ou espumante. Ótima harmonização

Assim, mesmo errando em determinados momentos, aquele que não se deixa levar pela notícia imposta, mas sim, se coloca na posição de “tentar” e “experimentar”, com certeza terá a satisfação e o momento especial garantidos.

Chenin Blanc: “O padrão natural” da África do Sul

Paisagens exuberantes

Não há hoje, nada tão surpreendente como  os vinhos feitos da uva Chenin Blanc, oriundos da África do Sul. Com uma fruta maravilhosa, são vinhos que agradam os consumidores e, é muito importante mencionar, são também vinhos que têm um valor excepcional.

A uva Chenin Blanc tem uma longa história na África do Sul. Os holandeses as trouxeram do Vale do Loire, por volta de 1655. Foi na região do Cabo há mais de 350 anos.

Com uma história longa e a abundância de sol, formou-se uma ponte entre o novo e o velho mundo.

Hoje ela é a uva mais cultivada na África do Sul, com cerca de 19.000 hectares plantados. Em números, isto representa cerca de 18% de todas as plantações (112 mil hectares no total). O que se traduz como as maiores plantações de Chenin Blanc existentes do mundo.

São produzidos diferentes tipos de vinhos da Chenin Blanc. Das florestas iluminadas, vinhos frutados e frescos; vinhos ricos em “fruta madura” e amadeirados, e os opulentos e deliciosos vinhos de sobremesa.

Veja algumas das razões para esta diferenciação:

– A África do Sul tem uma variedade de diferentes clones de Chenin Blanc.

– Incrível diversidade. Pode-se plantar nas partes planas ou nas encostas das numerosas montanhas da região.

– A África do Sul possui um dos mais antigo solos com vinhedos do mundo. Não são apenas ligeiramente mais velhos do que os solos dos outros continentes, mas 180 milhões de anos a mais do que qualquer outra terra do planeta!

– As vinhas com plantações de Chenin Blanc  são formadas com uma elevada percentagem de vinhas velhas. Estas vinhas velhas produzem menos uvas e, portanto, são capazes de produzir vinhos melhores porque concentram toda a força na uva.

– Os ventos frios do oceano “O Doutor do Cabo” têm uma enorme influência sobre as vinhas, resfriando o que seria de outra forma uma região muito quente.

Enfim, há muito para saborear e apreciar nos vinhos provenientes da África do Sul. É experimentar e se deliciar…

Localização e solo privilegiados