Masaru Emoto, seus cristais de água e os vinhos

Para quem não conhece, Masaru Emoto é um pesquisador japonês, que fotografa os cristais de água congelados e os observa no microscópio, analisando sua formação, seu local de origem e o meio em que estão inseridos no nosso cotidiano, ou seja, nas cidades, na natureza, na poluição, em todos os lugares.

Masaru Emoto

Seu estudo de mais de 20 anos, aponta a forma como a vibração humana, o amor e a gratidão, interferem nestas formações, alterando a forma como se apresentam e vão se modificando, segundo nossas intenções (boas ou más / construtivas ou destrutivas).

Como sabemos, o vinho é formado por 80% de água, assim como nosso corpo entre 50% e 80%. Neste conceito, já bem explorado pelos vinhos biodinâmicos, experimentamos os resultados, da “vibração” e interferência do homem, no meio e na natureza, alterando os resultados finais no vinho.

Soaria como um delírio, caso suas pesquisas não fossem tão bem embasadas, catalogadas e registradas ao longo de todos estes anos.

Já venho á tempos falando do conceito da vinícola, a forma como os vinhos chegam ao mercado, e as intenções de todos no processo, desde o início do plantio.

É fato que até mesmo a escolha do importador, determina os conceitos do produtor, criando uma cadeia vibracional que vai da uva ao consumidor, pelas intenções em relação á parte comercial.

Será que a compra de vinícolas tradicionais francesas, pelos chineses, mesmo em se mantendo a tradição do plantio e vinificação, manterá a qualidade dos vinhos?Veremos isso ao longo dos anos, porque aquilo que é paixão, tradição e amor ao vinho, passa a se tornar apenas um meio de capitalizar e somar, mais e mais, crescendo os investimentos, robotizando os processos e linearizando a produção, e o que era puramente amor familiar, traduzido de gerações em gerações, passa a ser apenas mais um negócio.

É claro que não posso ignorar nossa necessidade financeira num mundo capitalista, onde a competição aumenta e os espaços diminuem á medida que a população cresce e crescem as necessidades de cada um.

Mas o gigante chinês avança como um trator que não diferencia terra, local ou tradições. E isto justo vindo de um país, com tradições milenares, chega a ser uma contradição.

Porque será que as vinícolas e vinhos chamados de “garage” fazem tanto sucesso? Não seria a vibração de seus donos, o amor e a dedicação em fazer algo especial, que criam o efeito no paladar do consumidor?

O estudo de Masaru é sério, ele viaja o mundo todo apresentando seus trabalhos, suas fotos, suas análises e reiterando à necessidade de “vibrarmos” positivamente.

Cristal de água congelada

Lembro bem de um produtor que me surpreendeu, pelo seu trabalho, pela sua paixão, pela sua proposta e principalmente pelos resultados nos vinhos.

Este produtor está próximo de nós, é a Viña Koyle, no Chile. Seus vinhos expressam exatamente sua proposta: A fruta em toda a sua essência. É um produtor biodinâmico. E seu trabalho pode ser percebido sim, em seus vinhos, ás vezes sutilmente, mas em comparações com outros, se evidenciam pela sinergia das ações, pela seriedade e pela proposta, seu objetivo, sua vida.

O paladar é pessoal, particular, mas há de se perceber as intenções.

Aprecio muito os vinhos franceses, em especial os de Bordeaux. A maneira como as tradições são passadas de geração em geração, assim como os vinhos italianos em toda a sua expressão, e eles não são necessariamente biodinâmicos.

Conheço também várias vinícolas brasileiras, que primam e buscam, não só seu espaço no mundo dos vinhos, mas a essência da sua família, seu conceito, seu terroir e sua característica própria, sua marca, sua digital.

Sabemos o que significa ser exclusivo, ser único e especial, e é o que nos diferencia, nos valoriza, e faz de nós o que somos: Seres únicos.

Mas voltado a Masaru, já existem vinícolas que trabalham segundo alguns de seus conceitos. É claro que o pensamento humano não é controlável. Um dia estamos bem, em outro podemos não estar. Assim, dentro do conceito de Masaru, haveria algum tipo de interferência pelo pensamento, positiva ou negativa.

Mas uma coisa são os pensamentos aleatórios, outra é o pensamento dirigido e focado. Certa vez li que um grupo de executivos se reunia para “vibrar” pensamentos na concretização de seus negócios, antes das viagens e antes de reuniões importantes.

A ciência ainda está longe de desvendar todas as implicações e efeitos do pensamento humano, mas há uma coisa podemos dizer: não há como ignorá-los.

Podemos ir mais longe, podemos falar da cromoterapia, da música (aguardem um post á respeito) e suas implicações e interferências no humor e porque não, nas plantas. Coisas para se pensar, ao menos.

Acho que preciso terminar, mas prometo retomar os assuntos que além de polêmicos, são antes de tudo, contagiantes.

 Referências de pesquisa:

http://www.masaru-emoto.net/ (Site Masaru Emoto)

http://www.valcapelli.com/ (Site Valcapelli / Cromoterapia)

http://www.koyle.cl/ (Site Viña Koyle / Chile)

Leia mais sobre acessando: http://vinhodosanjos.wordpress.com/2010/11/09/algo-mais-sobre-vinhos-biodinamicos/ (Biodinâmicos)

http://vinhodosanjos.wordpress.com/?s=koyle (Viña Koyle)

Fonte Referência de Fotos: Masaru Emoto / Viña Koyle / Valcapelli