Anteprime 2023 marca o início da apresentação dos vinhos da nova safra ao mercado

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Buy Wine coloca o vinho toscano na vitrine internacional

O mês de fevereiro deu início a Anteprime di Toscana, nela uma infinidade de vinhos foram apresentados aos compradores, jornalistas e profissionais da área de vinhos.

Desta vez estive presente e pude participar ativamente de todas as atividades programadas.

E tanto na Buy Wine que reuniu mais de 160 compradores mundiais de 39 países, como na apresentação para avaliação dos jornalistas da Itália e internacionais (mais de 60 países se fizeram presentes com jornalistas), o resultado foi um sucesso.

Foram mais de 1600 rótulos apresentados, 230 vinícolas, 47 denominações diferentes em um total de 23000 degustações. Surpreendente!

Como jornalista estive nas Masterclasses, nas degustações dirigidas de cada um dos consórcios toscanos, em suas novas safras, nas avaliações individuais vinho a vinho e no contato direto junto ao produtor. Sem dúvida uma oportunidade única, prazerosa, de muito aprendizado e concentração, bem como de divulgação das minhas avaliações e impressões particulares, ligadas á minha trajetória e minhas experiências profissionais e de vida.

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Ressaltando ainda que estive por cinco vezes participando da Buy Wine como Wine Hunter e comprador internacional, o que de certa maneira complementa minha experiência junto aos vinhos italianos, que unem minhas raízes, paixão pelo vinho e profissionalismo.

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Nesta oportunidade estive no início das prévias da PrimAnteprima que aconteceu no Cinema La Campagnia, no dia 11 de fevereiro, em Florença onde foram apresentados os dados e tendências de exportações, novidades sobre enoturismo, bem como também esteve presente o ex-jogador de futebol da Fiorentina, Dario Dainelli, que se tornou enólogo. Presentes, entre outros, Eugenio Giani, presidente da “Regione Toscana”, Stefania Saccardi, vice-presidente e conselheira de agricultura, e o presidente da Câmara de Comércio de Florença, Leonardo Bassilichi.

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Naquele momento entre um vídeo apresentado e outro, a marca do amor presente no vinho, como dedicação e história foram os registros fortes do dia que antevia uma semana agitada e de muitos vinhos.

No calendário de eventos programados eu tinha:

Chianti Lovers & Rosso Morellino, Chianti Classico Collection, Vino Nobile di Montepulciano, Vernaccia di San Gimignano e L’Altra Toscana.

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Ainda como prévia nas apresentações, dois eventos se sucederam no Palazzo Medici: a exposição New Italian Wineries Territories and Archicteture, com imagens das vinícolas e seus designs marcantes e a conferência Winery Archicteture and Wine Tourism.

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Momentos intercalados por um almoço com pratos leves e lógico, muitos vinhos já para descontrair e já me preparar ao que viria.

Os Números da safra 2022

A safra 2022 teve uma produção total de 2,3 milhões de hectolitros de vinho. Sendo que 87% foram de vinhos tintos e onde lideram a produção as denominações Chianti Classico (269 mil hectolitros), Maremma Toscana (124 mil), Brunello di Montalcino (91 mil), Morellino di Scansano (72 mil), Vino Nobile di Montepulciano (quase 57 mil) e Bolgheri 47 mil).

O Chianti com suas várias sub zonas da região, produziu 769 mil hectolitros.

Com relação ao vinho branco, apenas a Vernaccia di San Gimignanio obteve um volume significativo de 38 mil hectolitros

Como informação consistente, a Sangiovese segue como a uva mais cultivada na Toscana, ocupando 60% da área cultivada. Merlot representa 8,3%, Cabernet Sauvignon 6,4%, Trebbiano Toscano 3,8%, Vermentino 3,3%, seguidas pela Syrah, Cabernet Franc, Vernaccia di San Gimignano, Petit Verdot, Chardonnay, Canaiolo Nero e Ciliegiolo.

Este é apenas um panorama geral e inicial de uma série de matérias que escreverei sobre a minha participação na Anteprime na Toscana, e claro, sempre com muita paixão e detalhes que me são habituais,

Saúde!

 

Degustação do Produtor Allegrini no Rubi Wine Bar, traz o melhor da Itália

Em degustação promovida pela Importadora Grand Cru no Rubi Wine Bar, pude mais uma vez manter contato com estes fantásticos vinhos, do conceituado produtor Allegrini.

Rubi Wine Bar

Provei seis vinhos, sendo dois brancos e quatro tintos.

O produtor Allegrini é em minha opinião, um dos produtores ícones da Itália. Com vinhos sempre pontuados pelos melhores e maiores conhecedores e críticos do mundo todo.

A composição da empresa hoje inclui algumas divisões. A Allegrini, Corte Giara, Poggio al Tesoro, San Polo e Villa de La Torre.

A Allegrini está situada no Vêneto e é considerada uma das vinícolas mais tradicionais da Itália, presente hoje em mais de 60 países. Na divisão Corte Giara, temos um novo projeto, inovador e que se iniciou em 1989. O apelo é de vinhos para o dia-a-dia, modernos e elegantes.

O projeto do Poggio al Tesoro, situa-se na Toscana, mais precisamente na região de Bolgheri, local onde se desenvolvem os supertoscanos.

San Polo, é o produtor dos Brunellos di Montalcino, está situado próximo a Siena, sendo uma vinícola eco sustentável.

Mas vamos aos vinhos, abaixo a lista na ordem que foram degustados:

– Corte Giara IGT Veronese Pinot Grigio 2011: 100% Pinot Grigio. Vinho produzido na altitude de 200 metros em relação ao nível do mar. De coloração amarelo-palha, um vinhos muito fresco, frutado e delicado, não apresentando nenhum traço de “agressividade” no palato. Um pequeno amargor final, sua característica em função da grande mineralidade da região.

Teor alcoólico de 12,2% e faixa de preço R$ 44,00. Ideal para harmonizar com peixes leves, como um linguado por exemplo.

– Poggio al Tesoro Solosole 2011: 13,75% de teor alcoólico. 100% da casta Vermentino. Um vinho de boa estrutura, branco, com toques florais nos aromas. Videiras situadas bem perto do mar, e próximas á mata mediterrânea. O solo é composto de argila e areia. Na boca, limão, grapefruit. Um vinho muito interessante e de boa complexidade. Na faixa de R$ 89,00. Mereceu 90 pontos de Robert Parker.

– Allegrini Valpolicella DOC 2011: Composto das três castas que compõem os Valpolicellas, neste caso, 60% Corvina Veronese, 35% Rondinella e 5% Molinara. Teor alcoólico de 13% da região do Venêto. Faixa de preço R$ 66,00. O sistema de condução das videiras é a pérgola. Toques de cereja e especiarias nos aromas. Harmoniza com uma boa massa e molho vermelho de tomates frescos, ou mesmo uma boa pizza.

– Allegrini La Grola IGT 2008: Sou apaixonado por este vinho, um dos grandes vinhos do Allegrini em minha opinião. 70% Corvina Veronese, 15% Rondinella, 10% Syrah e 5% Sangiovese. 13,5% de teor alcoólico. No olfato, ligeiro mentol, especiarias. Na boca, redondo, equilibrado e com um especial conjunto tanto de taninos, como de retro gosto e corpo. Passa de 15 a 16 meses em barricas de carvalho. Faixa de preço R$ 145,00.

– Poggio al Tesoro Mediterra Toscana IGT Corte 2008: 92 pontos WS e 92 pontos WE. Um vinho composto de 40% Syrah, 30% Merlot e 30% Cabernet Sauvignon. Passa oito meses em barricas de 2º uso, francesas. Um vinho com grande complexidade aromática, elegante e intenso. Faixa de preço R$ 98,00 e teor alcoólico de 14%.

– San Polo Brunello de Montalcino 2005: Sem dúvida um dos representantes mais acertados e especiais dos Brunellos. Complexo, elegante, com taninos macios, alta acidez. 100% Sangiovese e teor alcoólico de 13,5%. Região da Toscana. Faixa de preço R$ 250,00.

Para mim, Allegrini é, foi e continua sendo uma das grandes referências em vinhos na Itália. Produtor sério, envolvido na busca e aperfeiçoamento dos produtos e que leva em cada novo vinho ou safra, suas tradições e conhecimento.