Brasil é destino crescente de vinhos da Espanha

20191024_154605

Importações triplicaram nos últimos dez anos e São Paulo dispara com 38,44% deles

Um grupo de vinícolas da Espanha desembarcou no Brasil apostando alto no consumo de vinhos daquele país.

A ideia é fortalecer a presença das marcas do país e buscar a ampliação da fatia do mercado brasileiro que hoje é da ordem de 6,7% em valor e 5,96% em volume físico de vinhos.

As vinícolas que estiveram aqui apresentando seus vinhos para os formadores de opinião, jornalistas e profissionais da área foram:

Vinícola Arzuaga Navarro, Bodegas Habla, Bodegas Franco Españolas, García Carrión, González Byass (Considerada a melhor vinícola europeia no último ano), Manzanos, Nexus, Roqueta Origen e Torres.

Nos rótulos apresentados tanto no masterclass como no tasting, modernidade e tradição foram as marcas que concentraram nossa atenção na proposta dos vinhos.

Rótulos inovadores, uvas em cortes fantásticos, safras antigas que revelam a tradição, uvas de plantio atual e modernidade na condução das videiras e no processamento, tudo isto representa a evolução no vinho espanhol, que assim como outros países concentrou seus esforços na busca incessante pelo novo e pelo “vinho na boca” de forma agradável e marcante.

A iniciativa veio por meio do ICEX – España Exportación e Inversiones, entidade público empresarial do Governo da Espanha, através do seu Escritório Comercial da Embaixada da Espanha.

Atualmente a Espanha concentra 70 denominações de origem (DO) e 41 Indicações Geográficas Protegidas (IGP).

Mas vamos ao que nos agradou em uma breve síntese.

Destaco os vinhos da Família Torres, sendo os abaixo muito expressivos e extremamente agradáveis e complexos:

TORRES-SALMOS

– Torres Priorat Salmos 2015:

Vinho corte das uvas Carignan, Garnacha e Syrah, da região do Priorato, é um vinho estruturado que pede comida.

De coloração vermelho e nota profunda violácea traz no nariz muita fruta e mirtilo, notas de tostado e chocolate. Em boca é aveludado, potente e sedoso, em uma integração incrível em todo o seu conjunto.

Passagem em barricas por 14 meses e teor alcoólico de 14,5%. Faixa de preço R$ 305,00

TORRES-PURGATORI

– Torres Purgatori 2014:

Sem dúvida um vinho para amantes de extremos. Corte das uvas Carignan, Tinta Garnacha e Syrah, é um vinho de grande estrutura e presença de boca.

Além das notas como as frutas maduras e negras, tem também um defumado e um lácteo bem marcantes, tem persistência e médio corpo,

Foi o primeiro vinho da D.O. Costers del Sagres da Torres. Com produção limitada é um vinho de guarda muito especial. Teor alcoólico de 14,5%. Faixa de preço R$ 279,00 podendo ser encontrado em oferta em alguns lugares.

LA

– LaFou Els Amelers 2016:

Vinho branco 100% da Uva Garnacha Branca, da Roqueta Origen, grupo vinícola presente em mais de 50 países.

Amarelo claro com toques dourados e brilhantes, surpreendentemente complexo, tanto no nariz como em boca, me agradou profundamente.

Tem notas aromáticas de amêndoas (Árvores de amêndoas são as “Amelers” do nome), com notas cítricas e florais, apresenta em boca um toque herbáceo e mineralidade, além de cítrico e ótima textura e acidez.

As videiras são plantadas em um rio seco pedregoso o que acaba trazendo esta mineralidade e complexidade ao vinho.

Tem estágio de 6 meses em ovos de concreto e 10% do vinho também passa em barricas de carvalho de 300 litros. De vinhas com mais de 40/60 anos.

Preço de venda R$ 247,90 (Safra 2018)

Claro, provei muitos outros vinhos surpreendentes, mas ficaria demasiado longo este nosso texto e espero em outra oportunidade poder trazer mais relatos, de mais vinhos, nesta que é uma crescente presença de vinhos da Espanha no Brasil.

Saúde!

 

 

 

 

 

 

Caminhando por Bolonha e descobrindo suas particularidades– Parte III

Condé

Minha primeira noite em Bolonha terminou alegre após muitas garrafas de vinhos e conversas com pessoas do mundo todo.

Voltei para o hotel Condé e no dia seguinte solicitei ficar em um hotel, próximo ao centro da cidade onde me hospedariam pelos próximos três dias.

Claro, a ideia era caminhar pelas ruas da cidade e conhecer um pouco mais de tudo, admirando as lojas e observando as pessoas, além é claro, de comer e beber aproveitando a oportunidade.

Uma das coisas que me chamou muito a atenção nesta cidade é a quantidade de cachorros. Não cachorros abandonados, pelo contrario, cachorros muito bem cuidados.

Outra coisa é a quantidade enorme de pessoas que fumantes, principalmente as mulheres. E como a fumaça é algo que me desagrada, fugi muitas vezes caminhando rapidamente.

Este slideshow necessita de JavaScript.

Por onde se passa é possível ver as vitrines de alimentos e utensílios, que são fantásticas e atraem pela beleza e cuidado, seja qual for o tamanho do comércio. Tudo é exposto valorizando os produtos e cores. Isto é assim em todas as cidades italianas que conheci, inclusive nos cafés. Uma maravilha e alegria de se ver.

Arcos

Bolonha é uma cidade antiga, cheia de arcos por onde se passa e se pode circular protegido da chuva ou do sol em qualquer percurso pelas calçadas largas.

Visitei as torres inclinadas, ou como se diz, as famosas torri pendenti (Torre degli Asinelli e a Torre Garisenda). Eram no passado 200 torres e desenhavam o horizonte da cidade. Foram construídas no século 12 (Estas torres que circundavam a cidade foram citadas por Dante, o Inferno).

Subi uma das torres (Claro, a que não tem inclinação de quase três metros). Foram quase 500 degraus de madeira, em uma subida bem cansativa onde paguei três euros para me “exercitar”. A batata da perna doía, minhas coxas queimavam, mas a insistência para poder ver tudo lá de cima me deu fôlego para continuar.

Este slideshow necessita de JavaScript.

A subida cansativa propiciou uma visão espetacular superior, de onde se pode ver toda a cidade. Detalhe, no caixa, antes de subir, um rapaz gordo de blusa verde, a quem em pensamento chamei de “Geleia”, uma referência ao filme “Ghost Busters” que tem o personagem. Sorri por dentro e isto me incentivou a subir mais animado. O rapaz era muito parecido.

Este slideshow necessita de JavaScript.

Bem perto destas torres, há universidades e muitos alunos circulando. Cafés cheios e com preços mais acessíveis, porém sem o glamour dos cafés que ficavam fora desta área.

 

Este slideshow necessita de JavaScript.

Não vou me estender muito pela descrição dos monumentos, apenas citar que a feira Enológica foi realizada no Palazzo del Podestá, em frente a Fontana de Nettuno, parte central da cidade por onde circulei várias vezes.

Vale a pena comprar embutidos e queijos na cidade. O importante é pesquisar preços, que variam bastante de lugar para lugar.

Não deixei de comprar o meu Parmigiano-Reggiano, uma delícia!

Queijos