Nativa, da Viña Carmen, proposta de vinhos orgânicos traz fruta e frescor

 

 

A recém criada vinícola apresentou seus vinhos em degustação promovida pela Mistral.

Nativa é parte do projeto da Viña Carmen, do Chile e foi criada em 1995. Já em 1999, a empresa foi certificada como a primeira a ter o selo de vinho orgânico.

Em 2009, a Nativa Eco Wines, foi criada e virou parte do portfólio do Grupo Santa Rita, com ambiciosos planos para o futuro, em se falando de vinhos orgânicos e sustentabilidade.

Foram degustados 7 exemplares de criação do enólogo Felipe Ramirez, cuja experiência foi adquirida nos vinhedos biodinâmicos da Alsácia, na França.

O conceito é trazer a “fruta” e toda a sua origem no olfato e paladar, em confluência com a necessidade atual de algo sustentável e coerente com a natureza, o homem e seu bem estar diante da preservação ambiental.

Total interação com a natureza

Claro, por ser orgânico, não leva nenhum tipo de agrotóxico ou defensivo. Seu adubo é orgânico elaborado com os resíduos da fruta, entre outros componentes naturais.

Foram criadas duas linhas: A Linha “Terra Reserva” e a Linha “Gran Reserva” e pude provar os seguintes vinhos:

Nativa Terra reserva Sauvignon Blanc 2009: 100% Sauvignon Blanc, com teor alcoólico de 13,5%. Um vinho fresco, com aromas de frutas doces e cítricas, anis, na boca corpo leve e boa persistência. Sem passagem por madeira. Faixa de preço: R$ 39,00.

– Nativa Terra Reserva Sauvignon Blanc 2011*: 100% Sauvignon Blanc, com teor alcoólico de 13,5%. Um vinho excepcionalmente aromático, intenso, floral, “vivo”. Com grande acidez e presença de boca. Grande harmonia no conjunto. Um vinho que realmente vale a pena. Pela elegância e explosão de aromas. Harmoniza maravilhosamente com frutos do mar, ostras e peixes, e também com uma boa salada Ceaser. Tem um toque de limão na boca. Faixa de preço: R$ 39,00. Diferente do anterior é sem dúvida o melhor vinho branco provado neste dia!

– Nativa Terra Reserva Gewürztraminer 2008: 100% Gerwürstraminer. Teor alcoólico de 13%. Um vinho leve com aromas de pêra doce, médio corpo na boca, untuoso e fresco. Com uma dose de açúcar residual. Harmoniza com molhos agridoces, comida japonesa e indiana. Faixa de preço: R$ 39,00.

– Nativa Gran Reserva Chardonnay 2006: 100% Chardonnay. Teor alcoólico de 13,5%. Passagem de 12 meses por barricas de carvalho de 1º e 2º uso. Um Chardonnay diferente, meio envelhecido, sua característica própria gerada pelo toque orgânico. Aromas torrados, amanteigado na boca. Harmoniza com peixes mais gordurosos, frango e massa com molhos temperados. Faixa de preço: R$ 59,00.

– Nativa Terra Reserva Carmenère 2008: 90% Carmenère, 10% Cabernet Sauvignon. Teor alcoólico de 14%. Vinho com coloração roxo vivo, aromas de pimenta negra e pimentão vermelho. Passagem de 4 meses por barricas de 2º e 3º uso. Faixa de preço: 39,00.

– Nativa Terra Reserva Cabernet Sauvignon 2007: 90% Cabernet Sauvignon, 5% Merlot, 5% Carmenère. Aromas adocicados e de mentol, anis, com leve toque animal. Na boca pimentão. Corpo leve. Envelhecido por 6 meses em carvalho americano. Faixa de preço: R4 39,00.

– Nativa Gran Reserva Cabernet Sauvignon 2006*: 100% Cabernet Sauvignon. Um vinho com aromas de hortelã e menta. Na boca “mato” fresco, um toque herbáceo, balsâmico, com bom corpo. Um vinho diferente, elegante e vibrante. Vale á pena experimentar. Dos tintos, foi o que mais gostei. Faixa de preço: R$ 75,00.

* Os vinhos que para mim, foram destaque

 Saiba mais acessando o link: http://www.nativa.cl/ingles/historia.html

 

 

Portus Cale: Nas castas de variedade única, grande intensidade e qualidade

 

SÓ SYRAH 2007 

O Só Syrah é um vinho Regional Terras do Sado 100% Syrah (Shiraz). As uvas são ricas em aromas, cores e taninos, foram vinificadas pelo método clássico de vinho tinto de guarda, em que a bebida passa por um estágio de 17 meses em barricas novas de carvalho francês Allier (70%) e americano (30%). 

O aroma é intenso, onde redominam notas de fruta, compota de ameixa, ginja e especiarias. A cor é um vermelho intenso, o sabor é denso, envolvente, estruturado e persistente, com acidez bem marcada. Harmoniza com carnes e queijos. 

A primeira colheita do Só Syrah foi em 1999. A casta em comercialização no Brasil é a 2005. O ano quente e seco proporcionou uma produção pequena, mas de elevadíssima qualidade. O “terroir” favoreceu uma acidez natural na composição e maturação do vinho, o que resultou numa bebida perfeitamente equilibrada. Desse vinho, são produzidas 6.734 garrafas, com 14,8% de teor alcoólico.

 

SÓ TOURIGA 2005 

O Só Touriga é um vinho Regional Terras do Sado 100% Touriga Nacional. As uvas amadureceram lenta e tardiamente por causa do calor intenso, ficando com bons teores de açúcares e tanitos potentes e redondos. 

Envelheceu 12 meses em barricas de carvalho francês Allier (50%) e americano (50%). Aromas florais e de frutos maduros. Na boca, final cheio e persistente, lembrando compota. Taninos redondos e persistentes. Bom para acompanhar pratos à base de caça, carnes e queijos. 

A primeira colheita do Só Touriga foi em 2001. Foram produzidas 13.046 garrafas, com 13,9% de teor alcoólico. O Só Touriga Nacional 2005 é vinificado exclusivamente com a casta Touriga Nacional da vinha dos Casais da Serra, localizada no meio da Serra da Arrábida.

 

 

ORIGEM DA LINHA SÓ

Nos anos 90, a Bacalhoa apostou na introdução de novas castas. Com essas plantações, planejou-se a criação de uma nova marca, “Só”, que mostrasse aos consumidores novos vinhos de uma única casta.

Uma das escolhidas foi a Syrah, a casta dos famosos vinhos da “Côte du Rhône” e da Austrália. Ela foi plantada nas vinhas de Palmela, cujo “terroir” favorece as condições ideais para a obtenção de vinhos tintos de alta qualidade.

Em 2000, após uma vinificação cuidada e selecionada da colheita de 1999, a empresa decidiu engarrafar o Só Syrah, o primeiro vinho da linha “Só”. Em 2001, foi lançado o Só Touriga Nacional . 

A TERRA DO SADO 

As castas viníferas foram introduzidas nesta região pelos Fenícios, e os Gregos, achando o clima ameno, plantaram uvas na zona ribeirinha do Tejo. 

Mais tarde, os Romanos e os Árabes deram grande incremento à cultura da vinha nessa península. Com a fundação do reino de Portugal, vieram outros povos, como os Francos, povo de antiqüíssimas tradições vitívinicolas, que incrementaram a produção de vinho nesta região, situada no litoral Oeste a Sul de Lisboa, onde se produz o famoso Moscatel de Setúbal.

A região é divida claramente em duas zonas distintas: Uma a sul e sudoeste, montanhosa e acidentada, formada pelas serras da Arrábida, Rosca e São Luis, com menos relevo nas vertentes Norte, e nas serras que abrangem os montes de Palmela, São Francisco e Azeitão, recortados por vales e colinas, com altitudes que variam dos 100 aos 500 metros. A outra, bem diferente, é plana, prolongando-se junto ao rio Sado.

O clima é misto, subtropical e mediterrânico. Influenciado pela proximidade do mar, pelas bacias hidrográficas do Tejo e do Sado e pelas serras e montes que se situam na região, tem fracas amplitudes térmicas e um índice pluviométrico que se situa entre os 400 a 500 mm. 

Os solos são argilo-arenosos ou franco-argilo-arenosos, calcários com ligeira alcalinidade, alguns deles compactos e férteis. A qualidade dos vinhos desta região justificou o reconhecimento das Denominações de Origem Controladas “Setúbal” para a produção do vinho generoso, e “Palmela”, que inclui vinhos branco, tinto, frisante, espumante, rosado e licoroso. 

As Principais castas TINTAS: para o DOC “Setúbal” é a casta Moscatel Galego Roxo (Moscatel Roxo); para os DOC “Palmela” as castas Castelão (Periquita), Alfrocheiro, Bastardo, Cabernet Sauvignon e Trincadeira (Tinta Amarela). 

Os tintos da DOC “Setúbal” têm uma produção limitada, e por isso são menos conhecidos que os brancos. Possuem aroma mais seco e complexo, mas não menos rico. Envelhece nobremente. Já os da DOC “Palmela” são encorpados, de cor intensa e aroma cheio onde predominam frutas secas e as especiarias. Com o envelhecimento, amaciam e tornam-se mais finos.

Entidade certificadora  dos DOC “Setúbal ” e “Palmela” é a Comissão Vitivinicola Regional da Península de Setúbal, assim como a do Vinho Regional “Terras do Sado” 

A BACALHOA VINHOS 

A empresa Bacalhoa Vinhos de Portugal S.A. foi fundada em 1922, sob a designação comercial de João Pires & Filhos. A atividade da empresa focalizou-se em comprar uvas de viticultores de Palmela, destinada à produção dos mais famosos vinhos da região. 

No final dos anos 70, António Francisco Avillez tornou-se o maior acionista da companhia. Em 1982, iniciou-se uma nova fase da vida da empresa, com o desenvolvimento de marcas próprias, que continuam a ter grande aceitação, tanto no mercado interno quanto externo, constituindo, hoje, a principal componente da sua produção. A marca João Pires logo se tornou símbolo de altíssima qualidade e um fenômeno alargado de notoriedade.  

Com vultosos investimentos na remodelação das adegas e na aquisição de vinhas e terrenos para a sua plantação, a marca de vinho João Pires foi adquirida, no final da década de 80, por uma das mais prestigiadas multinacionais do setor, a nível mundial. A  empresa mudou sua designação para J.P. Vinhos S.A. 

A principal adega, de linhas modernas e atraentes, foi submetida a uma renovação considerável, em termos tecnológicos e de técnica de produção de vinhos. Localizada na nobre zona vitivinícola de Azeitão, no coração da Península de Setúbal, onde, a partir de uvas da região se produzem vinhos de elevada qualidade, como os famosos Moscatéis de Setúbal, Quinta da Bacalhôa, Má Partilha, Catarina, Cova da Ursa e Serras de Azeitão, entre outros, com enorme sucesso. 

É um dos produtores de vinhos de maior dimensão no pais e faz parte do “Grupo dos Sete”, há mais de 10 anos, juntamente com a Aveleda, Caves Aliança, Herdade do Esporão, José Maria da Fonseca, Messias e Sogrape. 

A produção atinge, atualmente, uma média de 5 milhões de litros por ano, no total das três regiões onde tem propriedades e adegas, sendo mais de 30% destinado à exportação para os principais mercados como o Reino Unido, EUA, Brasil, Canadá e Europa, além de outros países, na Ásia e em África.

Maiores informações:

www.portuscale.com.br

Ravin e Valdivieso, uma parceria que vem fazendo história

 

Estive nesta última terça feira, dia 12 de Junho, em degustação promovida pela Importadora Ravin, no Restaurante Praça São Lourenço, na Vila Olímpia.

O objetivo foi á divulgação da parceria, que já se apresenta com excelentes resultados nas vendas, e apresentar os vinhos que compõe o catálogo de produtos da Ravin, deste produtor.

Quando do lançamento do catálogo de produtos da importadora em março deste ano, já havíamos provado um dos vinhos do produtor, que havia chamado muito nossa atenção. Tanto pela qualidade do vinho, como pela uva que o compõe, a Cabernet Franc.

Apresentação Valdivieso

O vinho em questão é o Valdivieso Single Vineyard Cabernet Franc 2007. Um vinho do Vale de Colchagua, Chile, de grande complexidade aromática, harmonioso, equilibrado, estruturado e elegante. Feito 100% da uva Cabernet Franc, estagia 12 meses em barricas de carvalho francês e possui 14% de teor alcoólico.

Para mim, o melhor e mais agradável vinho da noite, embora houvesse outras estrelas e vinhos impressionáveis.

Valdivieso Cabernet Franc 1998: O vinho estava bem "vivo"

Mas, o que realmente me chamou a atenção foi o fato de ter a oportunidade de provar a safra 1998 no jantar que foi servido em seguida. Excelente! Uma surpresa e tanto perceber que tanto nos aromas como no palato, o vinho se apresentou intenso e ainda mais complexo, determinando sua capacidade de guarda e longevidade.

Não posso deixar de falar também do vinho branco, o Valdivieso Gran Reserva Viognier 2010.

Um vinho com coloração amarelo/palha, brilhante, com notas aromáticas de frutas, aromas finos. Na boca grande frescor e intensidade. Um vinho de corpo e que pelo seu teor alcoólico de 14%, pede alimento.

20% do mosto fermenta em barricas de carvalho francês e este mesmo percentual estagia em barricas por seis meses.  Os outros 80% fermenta e estagia em inox.

O produtor possui uma linha básica para consumo no dia a dia, a linha Winemaker Reserva, a linha Gran Reserva, linha Single Vineyard e linha Prestige.

Abaixo os vinhos degustados e a ordem que foram apresentados:

– Valdivieso Gran Reserva Viognier 2010: 100% Viognier, 14% de álcool, do Vale de Curicó. Faixa de preço R$ 74,00.

– Valdivieso Gran Reserva Carmenère 2009: 100% Carmenère, 15% de álcool, do Vale de Colchagua. Vinho com aromas de frutas intensos, na boca pimentão vermelho cozido, o que lhe confere a doçura percebida. Faixa de preço R$ 74,00.

– Valdivieso Single Vineyard Cabernet Franc 2007: 100% Cabernet Franc, do Vale de Colchagua, 14% de álcool, um vinho maravilhoso! Faixa de preço R$ 89,00.

– Valdivieso Single Vineyard Cabernet Sauvignon 2008: 100% Cabernet Sauvignon, do Vale de Maipo, 14,1% de álcool, com notas adocicadas, 90 pontos conferidos por Robert Parker. O vinho amadurece por 12 meses em barricas de carvalho francês. Faixa de preço R$ 89,00.

– Valdivieso Éclat 2007: das uvas 65% Carignan, 20% Mouvédre e 15% Syrah. Do Vale de Maule e com 14% de álcool. Um vinho bastante expressivo e tânico, com acidez e equilíbrio. Faixa de preço R$ 99,00.

– Valdivieso Caballo Loco nº 12: Um vinho das uvas Cabernet Sauvignon, Malbec, Carmenère e Merlot, sem safra. Mistura em sua composição, safras de vários anos.

Talvez a grande aposta do produtor e do importador, pelo corte das uvas e pelo apelo de “mistério” na composição. Tornando-o complexo, com taninos macios e harmoniosos. Faixa de preço R$ 235,00.

Do Vale de Maipo, Vale de Colchagua e vale de Curicó. 14,6% de teor alcoólico, permanecendo 18 meses em barricas de carvalho francês.

Valdivieso Caballo Loco nº 12

– Valdivieso Éclat Botrytis Semillon 2007 – 375 ml: Um vinho de sobremesa do Vale de Curicó, feito 100% da casta Semillon, e teor alcoólico de 8,7%. Passa em parte por barricas, dando uma complexidade a mais nos aromas e no palato. Aromas adocicados e de fruta, na boca sensação de mel. Faixa de preço R$ 116,00.

Claudio da Vinnobile

Jantar com os vinhos da Valdieso, após a degustação

Almir da Vinnobile e Vinho dos Anjos

Bem, mas o que mais me chama a atenção, é a seriedade como a importadora tem conduzido seus trabalhos e escolhas dos vinhos, aproveitando as oportunidades e se preparando para ter em seu portfólio de produtos, por volta de 300 rótulos, dos 5 continentes.

Sem dúvida ainda ouviremos boas histórias e veremos grandes resultados sobre os vinhos e sobre a importadora.

Ainda bem, assim, quem aprecia vinhos com certeza saíra ganhando! Saúde!

Veja mais em: http://vinhodosanjos.wordpress.com/2011/03/22/ravin-lanca-seu-novo-portfolio-de-produtos-um-mergulho-apaixonante-no-mundo-dos-vinhos/

A Temperatura do vinho…

Não, não é o que você está pensando. Vou falar sim sobre a temperatura de servir o vinho, seja ele branco, tinto ou rosé, mas vou falar sobre isso, depois de falar sobre a temperatura do vinho que “CHEGA” até você.

Trabalhei gerenciando lojas de vinhos, e também como bom observador, sempre vi os vinhos expostos nos pontos de venda.
O que posso dizer, é que o vinho realmente “sofre”.
Sofre desde que parte lá do produtor, até chegar ao país de seu destino final (se não for vinho nacional).
Além da oscilação no transporte, que deixa o vinho “nervoso”, é claro que há também a oscilação na temperatura e a influência da luminosidade.
O que se dirá então, do vinho parado no porto, esperando a liberação?
Sofre, sofre muito com o calor.
É algo assim como trabalhar de paletó em um país tropical com temperaturas no verão, acima de 30° C, como é o nosso caso.

Inconcebível!

Com o vinho ocorre o mesmo. Vi e senti várias vezes a temperatura que os vinhos chegavam às lojas, principalmente no verão. As garrafas ficavam quentes.
Se existem empresas que fazem o transporte em veículos refrigerados, elas são poucas.
Na verdade, todos tampam os olhos para  os fatos e para o custo que seria implantar em grandes redes ou em produtores e transportadoras, este procedimento que seria o ideal.
Ás vezes ouço falarem do vinho nacional com desprezo, mas já imaginaram ter uma garrafa acima de US$ 1.000 ou US$ 2.000 sem refrigeração? Quem vai dizer que está ruim, não digo estragado, mas sofrido mesmo. Quais seriam os comparativos ou a argumentação?
O vinho nacional pode até, por negligência de algum transportador, sofrer no transporte, ficar “nervoso”, mas é sem dúvida uma boa opção para aqueles que não querem um vinho que tenha sofrido tanto com desembaraços alfandegários, a ponto até de “cozinhar”.
Mesmo porque, no caso do vinho nacional, este está subindo de qualidade. Vide os ótimos espumantes e prêmios que vem conquistando, assim como os tintos.
Certa vez ouvi em um curso que o vinho na geladeira, no abre e fecha da porta, recebia muita luz e poderia estragar. Ora, convenhamos, se ele tiver que estragar estraga antes, no ponto de venda com muita luz e na oscilação da temperatura.
Dei risada, porque é claro, estamos falando em abaixar a temperatura no refrigerador. Se alguém guarda o vinho na geladeira, é até válido a observação, com ressalvas. Existem muitas outras variáveis a serem levadas em conta e, ou se entende um pouco de vinho (e aí o cuidado é valido) ou não se entende nada e não se perceberá a diferença entre o que é bom e o que é ruim.
Portanto, lembro bem: ao comprar um vinho, veja a sua exposição no ponto de venda, se recebe muita luz, a safra, a qualidade do rótulo (se está rasgado e sujo, pode ser um bom indicativo ), veja a cápsula, se está intacta ou se houve ou se percebe vazamento e qual é o importador no contra-rótulo.

No mais, meu amigo, conte com a sorte…

O Serviço do Vinho e sua temperatura ideal.

Em geral, o vinho é servido à temperatura de refrigerador para os brancos e entre 18° -20° C para os tintos. Isto seria um resumo do básico, mas não o ideal.

Temos vários tipos de vinhos brancos e tintos, assim como vinhos rosés. Além das variáveis como a temperatura ambiente (pode estar muito quente ou muito frio), o que determina a elevação ou manutenção da temperatura do vinho, após aberto.
Use para os espumantes, a temperatura entre 6° – 8° C, para os brancos, de 6° – 9° C. Quanto mais licoroso ou doce, aumente a temperatura em relação aos 6° C fixados inicialmente, podendo chegar até os 10° – 12° C dependendo do tipo e estrutura do vinho.
Para os rosés, a temperatura ideal seria de 6° – 8° C.
Com relação aos tintos, quanto mais jovens, sirva-os mais frescos, entre 10° – 12° C. Tintos comuns entre 14° – 15° C e para os encorpados e estruturados mantenha na casa dos 17° – 18° C.
Lembre-se que o vinho em um país tropical com elevadas temperaturas no verão, aquecem rapidamente. Use um balde de gelo e aos poucos vá aumentando a temperatura da garrafa, acrescentando pedras de gelo ao balde.

Na dúvida, prefira servir o vinho mais fresco do que de costume, aos poucos ele irá se aquecendo e mostrará todo o seu teor e complexidade.

Saúde!