D.O. Ribera Del Duero reúne vinhos de altíssima qualidade

No show room de apresentação da D.O. Ribera Del Duero, pude provar onze vinhos, apresentados á  imprensa pelo Arthur Azevedo, da  ABS – São Paulo, no passo-a-passo desta região, que se consolida na qualidade de seus vinhos, como região produtora de alta qualidade.

Produtores reunidos e trazidos pela Câmara Oficial Espanhola de Comércio em Brasil, apresentaram seu vinhos que, na minha opinião, se classificaram como muito acima da média na qualidade, indo do bom ao ótimo e espetacular.

Chamou-me a atenção o fato da maioria deles não possuírem importadoras no Brasil.

Como foram muitos vinhos provados, tenho que destacar alguns, lembrando que nesta região, a grande uva cultivada é a uva conhecida como Tinto Fino, ou Tinta del País, ou ainda Tempranillo. Uma casta com suas particularidades próprias, que inclui coloração intensa e vibrante, muita fruta e aromas intensos.

A região possui um clima extremo, e sua origem remonta a antiguidade. Os vinhedos estão localizados entre 750 e 850 metros acima do nível do mar, sendo seus verões quentes e invernos frios, em uma estação de crescimento curta, culminando em um “terroir” apropriado para a produção destes espetaculares vinhos.

Estiveram presentes 11 produtores, e destaco o produtor Valduero e seus vinhos emblemáticos e sugestivos. Vinícola familiar, e que tem um cuidado especial na elaboração dos vinhos, em continua qualidade. Destaco o vinho provado Valduero 6 anos, safra 2004, com 14% de teor alcoólico e passagem em carvalho por 36 meses. A madeira está bem integrada, possuindo notas florais, e obviamente aromas de frutas. Recebeu 94 pontos de Robert Parker e é importado pela Ana Import.

Gostei muito também do Opimius 2006, do produtor Bodegas Montevannos. Um Tempranillo de 14,5% de álcool, com aromas de frutas, característicos dos vinhos provados em sua totalidade. Leve toque de couro, fruta madura, e um ligeiro defumado, além de especiarias.

Ainda sem importador. Uma pena.

Foram muitos vinhos expressivos, com toda a exuberância da fruta se destacando e marcando a degustação com muita linearidade e constância.

Para informação, segue abaixo uma pequena tabela de classificação dos vinhos.

Tintos Jovens: Permanecem em madeira ou com passagem inferior a 12 meses e consumidos no mesmo ano da colheita.

Tintos Criança: Permanecem  no mínimo 12 meses em barricas de carvalho e são comercializados no segundo ano depois da colheita.

Tintos Reserva: Vinhos com 36 meses de envelhecimento em barris e garrafa, sendo 12 meses no mínimo em barrica.. Comercializados no terceiro ano após a colheita.

Tintos Gran Reserva:  Envelhecem no mínimo 60 meses sendo no mínimo 24 deles em barricas e o restante na garrafa. São comercializados á partir do quinto ano.

É a Espanha descobrindo o Brasil! Saúde!

Leia mais sobre Valduero em: http://vinhodosanjos.wordpress.com/2010/10/28/ana-import-5-anos-tempranillos-epeciais/