Toro! Toro! Toro! O vinho espanhol é uma realidade, para saborear, degustar e conhecer!

Estive no evento de vinhos espanhóis, da D.O. Toro, da Espanha, realizado no Espaço 011 Eventos, no último dia 13 de março. Um evento que além de ter passado por São Paulo, passou por Brasília e Rio de Janeiro.

Para quem ainda não conhece, a D.O. Toro tem seus vinhos emblemáticos e históricos. Está localizada entre 650 e 750m de altitude, banhada pelo Rio Duero e na sua grande maioria, formada por vinhas velhas.

A principal casta (uva) é a Tinta de Toro, ou mais conhecida entre nós pertencente a família da Tempranillo. Mas há outras uvas, como a Garnacha, a Verdejo e a Malvasía.

O clima na região é quente, o que proporciona o amadurecimento das uvas, conferindo um teor alcoólico elevado e equilibrado no conjunto, e na maioria dos vinhos.

Alguns vinhos tintos têm até uma doçura na boca, a cor se mostra intensa em função do contato com as cascas e a característica da própria uva. A fruta é intensa e bem perceptível.

Nos brancos, a predominância por vinhos da casta Malvasia e Verdejo, muito aromáticos, porém menos expressivos do que os tintos.

Provei uma infinidade deles, e é bem perceptível o toque que cada produtor dá ao seu vinho, a sua história.

Os vinhos jovens não estagiam em barricas de carvalho. Já os mais complexos e com maior estrutura, passam  maior ou menor tempo, proporcionando aromas terciários e toques sutis que vão da baunilha ao coco e chocolate.

Claro que um vinho é diferente do outro, mas no âmbito geral, é isto.

Tenho que destacar sem sombra de dúvidas, os vinhos do produtor Elias Mora SLU.

 

Catalina Madra, da Elias Mora

 

Provei todos os que estavam lá, e do início ao final, me encantei.

Provei deste produtor, os seguintes vinhos:

– Viñas Elias Mora 2009. Uva: Tinta de Toro. Estágio de seis meses em barricas de carvalho americano. 14% de teor alcoólico;

– Crianza Elias Mora 2008. Uva: Tinta de Toro. Estágio 6 meses em barricas e 14,5% de teor alcoólico;

– Gran Elias Mora 2007. Uva: Tinta de Toro. Estágio de dezessete meses em barricas de carvalho francesas novas. Teor alcoólico de 15%.

– 2V Premium 2008. Uva: Tinta de Toro. Estágio de dezessete meses em barricas de carvalho francesas novas, com fermentação maloláctica em barricas. Apenas 2000 garrafas.

– Dulce Bena Vides. Uva: Tinta de Toro. Este último, um tinto doce para o qual foram elaboradas apenas 3.000 garrafas. De coloração intensa. Muito complexo, um forte toque balsâmico no nariz e na boca. Passando três meses em barricas francesas.

Dulce Benavides: tinto doce elegante e aromático

Além de muitos outros vinhos, provei me chamou a atenção os vinhos trazidos pela B-Cubo importadora, do produtor Carmen Rodriguez Mendes, da Bodega Ramón Ramos e adorei os vinhos do produtor Monte la Reina Bodegas.

Linha Carodorum, trazidos pela B - Cubo

Monte La Reina Bodegas

Fica difícil não ser injusto quando se fala de uma degustação bem uniforme e alinhada como foi esta degustação, assim, meu conselho é o de que os vinhos da D.O. Toro foram imperdíveis e me agradaram em toda a sua vastidão de amostras. Parabéns aos organizadores!