Portus Cale: Nas castas de variedade única, grande intensidade e qualidade

 

SÓ SYRAH 2007 

O Só Syrah é um vinho Regional Terras do Sado 100% Syrah (Shiraz). As uvas são ricas em aromas, cores e taninos, foram vinificadas pelo método clássico de vinho tinto de guarda, em que a bebida passa por um estágio de 17 meses em barricas novas de carvalho francês Allier (70%) e americano (30%). 

O aroma é intenso, onde redominam notas de fruta, compota de ameixa, ginja e especiarias. A cor é um vermelho intenso, o sabor é denso, envolvente, estruturado e persistente, com acidez bem marcada. Harmoniza com carnes e queijos. 

A primeira colheita do Só Syrah foi em 1999. A casta em comercialização no Brasil é a 2005. O ano quente e seco proporcionou uma produção pequena, mas de elevadíssima qualidade. O “terroir” favoreceu uma acidez natural na composição e maturação do vinho, o que resultou numa bebida perfeitamente equilibrada. Desse vinho, são produzidas 6.734 garrafas, com 14,8% de teor alcoólico.

 

SÓ TOURIGA 2005 

O Só Touriga é um vinho Regional Terras do Sado 100% Touriga Nacional. As uvas amadureceram lenta e tardiamente por causa do calor intenso, ficando com bons teores de açúcares e tanitos potentes e redondos. 

Envelheceu 12 meses em barricas de carvalho francês Allier (50%) e americano (50%). Aromas florais e de frutos maduros. Na boca, final cheio e persistente, lembrando compota. Taninos redondos e persistentes. Bom para acompanhar pratos à base de caça, carnes e queijos. 

A primeira colheita do Só Touriga foi em 2001. Foram produzidas 13.046 garrafas, com 13,9% de teor alcoólico. O Só Touriga Nacional 2005 é vinificado exclusivamente com a casta Touriga Nacional da vinha dos Casais da Serra, localizada no meio da Serra da Arrábida.

 

 

ORIGEM DA LINHA SÓ

Nos anos 90, a Bacalhoa apostou na introdução de novas castas. Com essas plantações, planejou-se a criação de uma nova marca, “Só”, que mostrasse aos consumidores novos vinhos de uma única casta.

Uma das escolhidas foi a Syrah, a casta dos famosos vinhos da “Côte du Rhône” e da Austrália. Ela foi plantada nas vinhas de Palmela, cujo “terroir” favorece as condições ideais para a obtenção de vinhos tintos de alta qualidade.

Em 2000, após uma vinificação cuidada e selecionada da colheita de 1999, a empresa decidiu engarrafar o Só Syrah, o primeiro vinho da linha “Só”. Em 2001, foi lançado o Só Touriga Nacional . 

A TERRA DO SADO 

As castas viníferas foram introduzidas nesta região pelos Fenícios, e os Gregos, achando o clima ameno, plantaram uvas na zona ribeirinha do Tejo. 

Mais tarde, os Romanos e os Árabes deram grande incremento à cultura da vinha nessa península. Com a fundação do reino de Portugal, vieram outros povos, como os Francos, povo de antiqüíssimas tradições vitívinicolas, que incrementaram a produção de vinho nesta região, situada no litoral Oeste a Sul de Lisboa, onde se produz o famoso Moscatel de Setúbal.

A região é divida claramente em duas zonas distintas: Uma a sul e sudoeste, montanhosa e acidentada, formada pelas serras da Arrábida, Rosca e São Luis, com menos relevo nas vertentes Norte, e nas serras que abrangem os montes de Palmela, São Francisco e Azeitão, recortados por vales e colinas, com altitudes que variam dos 100 aos 500 metros. A outra, bem diferente, é plana, prolongando-se junto ao rio Sado.

O clima é misto, subtropical e mediterrânico. Influenciado pela proximidade do mar, pelas bacias hidrográficas do Tejo e do Sado e pelas serras e montes que se situam na região, tem fracas amplitudes térmicas e um índice pluviométrico que se situa entre os 400 a 500 mm. 

Os solos são argilo-arenosos ou franco-argilo-arenosos, calcários com ligeira alcalinidade, alguns deles compactos e férteis. A qualidade dos vinhos desta região justificou o reconhecimento das Denominações de Origem Controladas “Setúbal” para a produção do vinho generoso, e “Palmela”, que inclui vinhos branco, tinto, frisante, espumante, rosado e licoroso. 

As Principais castas TINTAS: para o DOC “Setúbal” é a casta Moscatel Galego Roxo (Moscatel Roxo); para os DOC “Palmela” as castas Castelão (Periquita), Alfrocheiro, Bastardo, Cabernet Sauvignon e Trincadeira (Tinta Amarela). 

Os tintos da DOC “Setúbal” têm uma produção limitada, e por isso são menos conhecidos que os brancos. Possuem aroma mais seco e complexo, mas não menos rico. Envelhece nobremente. Já os da DOC “Palmela” são encorpados, de cor intensa e aroma cheio onde predominam frutas secas e as especiarias. Com o envelhecimento, amaciam e tornam-se mais finos.

Entidade certificadora  dos DOC “Setúbal ” e “Palmela” é a Comissão Vitivinicola Regional da Península de Setúbal, assim como a do Vinho Regional “Terras do Sado” 

A BACALHOA VINHOS 

A empresa Bacalhoa Vinhos de Portugal S.A. foi fundada em 1922, sob a designação comercial de João Pires & Filhos. A atividade da empresa focalizou-se em comprar uvas de viticultores de Palmela, destinada à produção dos mais famosos vinhos da região. 

No final dos anos 70, António Francisco Avillez tornou-se o maior acionista da companhia. Em 1982, iniciou-se uma nova fase da vida da empresa, com o desenvolvimento de marcas próprias, que continuam a ter grande aceitação, tanto no mercado interno quanto externo, constituindo, hoje, a principal componente da sua produção. A marca João Pires logo se tornou símbolo de altíssima qualidade e um fenômeno alargado de notoriedade.  

Com vultosos investimentos na remodelação das adegas e na aquisição de vinhas e terrenos para a sua plantação, a marca de vinho João Pires foi adquirida, no final da década de 80, por uma das mais prestigiadas multinacionais do setor, a nível mundial. A  empresa mudou sua designação para J.P. Vinhos S.A. 

A principal adega, de linhas modernas e atraentes, foi submetida a uma renovação considerável, em termos tecnológicos e de técnica de produção de vinhos. Localizada na nobre zona vitivinícola de Azeitão, no coração da Península de Setúbal, onde, a partir de uvas da região se produzem vinhos de elevada qualidade, como os famosos Moscatéis de Setúbal, Quinta da Bacalhôa, Má Partilha, Catarina, Cova da Ursa e Serras de Azeitão, entre outros, com enorme sucesso. 

É um dos produtores de vinhos de maior dimensão no pais e faz parte do “Grupo dos Sete”, há mais de 10 anos, juntamente com a Aveleda, Caves Aliança, Herdade do Esporão, José Maria da Fonseca, Messias e Sogrape. 

A produção atinge, atualmente, uma média de 5 milhões de litros por ano, no total das três regiões onde tem propriedades e adegas, sendo mais de 30% destinado à exportação para os principais mercados como o Reino Unido, EUA, Brasil, Canadá e Europa, além de outros países, na Ásia e em África.

Maiores informações:

www.portuscale.com.br