São Paulo Wine Trade Fair acontece entre os dias 10 e 12 de maio

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Feira e congresso são para profissionais e produtores dos segmentos

O segmento de Vinhos e Destilados recebe simultaneamente a Wine Trade Fair e a Cachaça Trade Fair que acontece no Pavilhão de Exposições do Anhembi, em São Paulo.

Para a edição 2022, estão confirmados produtores de vinhos nacionais e internacionais, importadoras, exportadoras, distribuidoras, fabricantes de maquinário, insumos agrícolas, fabricantes de garrafas, gráficas de rótulos e embalagens, entre outros.

O São Paulo Wine Trade Fair promove o CICAVI – Congresso Internacional da Cachaça e do Vinho, evento de caráter cultural, social, técnico e econômico que ocorre em paralelo e tem como objetivo disseminar e fomentar o conhecimento tecnológico, agronômico, dos aspectos produtivos, da comercialização, da distribuição e do serviço entre os componentes da cadeia produtiva do vinho e da cachaça.

O tema do congresso deste ano destaca os desafios para os novos cenários de implantação de políticas ambientais, sociais e de governança no setor de bebidas adultas. E o que as indústrias do vinho e dos destilados podem ensinar sobre sustentabilidade. A grade de palestrantes tem presença confirmada de profissionais de destaque, brasileiros e estrangeiros.

Também conta com parceiros e apoiadores como o Ministério de Relações Internacionais, Secretaria de Desenvolvimento e Agricultura do Estado de São Paulo, SPVINHO, ABRASEL, IBRAC, SEBRAE e SENAC.

Além disso, haverá o concurso dos melhores vinhos e destilados, o TOP TEN. A prova que é feita ás cegas por jornalistas, equipe de degustadores e profissionais da área é presidida pelo jornalista especializado Eduardo Viotti, que realiza há 21 anos o Concurso de Vinhos e Destilados do Brasil. Com extensa experiência nesse segmento, Viotti participa como jurado internacional dos principais concursos do mundo.

Entre os vinhos serão escolhidos Brancos Tranquilos, Tintos Tranquilos, Secos Rosados Tranquilos e Espumantes Brancos, Rosados ou Tintos. Já na categoria dos destilados estão os produzidos à base de cana de açúcar, de bagaço de uva (grappa), de vinho (Brandy ou conhaque), gins, vodcas, licor, tequila e rum.

O credenciamento para os visitantes é gratuito e pode ser feito diretamente no site do evento, que traz as informações completas dos congressos, concursos, master class, como participar e compra de ingressos.

https://www.winetradefair.com.br/

https://www.cachacatradefair.com.br/

 

PNR Group recebe o proprietário da Famiglia Cecchi em São Paulo

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Apresentados vinhos de duas propriedades distintas: Castello Montaùto e Villa Rosa

A Vinícola Cecchi foi fundada em 1893 e possui várias propriedades e plantio por toda a Itália.

Em 1988 a empresa adquire o Castello Montaùto, propriedade próxima a San Gimignano.

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De lá provamos o vinho Castello Montaùto Vernaccia di San Gimignano 2017. Vinho de grande expressão aromática, agradou tanto no nariz como em boca, com notas de flor e mineralidade. Em boca a expressão da fruta e a acidez bem como o corpo nos surpreenderam enormemente.

Um DOCG de grande expressão, este vinho branco tem o preço na faixa de R$ 190,00 e teor alcoólico de 13%. Um grande vinho!

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O segundo vinho que degustamos foi o Castello Montaùto Chianti 2016, que tem como expressão aromática o chocolate, cacau e frutas. Em boca grande equilíbrio e também notas de chocolate que agradam bastante.. Leva em sua composição 85% de Sangiovese, 10% de Colorino e 5% de Canaiolo. Preço na Monvin de R$ 188,00.

Adquirida em 2015, a Villa Rosa tem uma tradição de mais de 70 anos nas mãos dos antigos proprietários.  Segue em continuidade na produção e na tradição vitivinícola, aliando as mais novas e atuais tecnologias, analisando solos e cepas e produzindo vinhos de grande expressividade.

Região de invernos rigorosos, primaveras com temperaturas amenas e verões com grande amplitude térmica e sem grandes precipitações, a propriedade produz Chiantis de grande qualidade, demonstrando todo o talento na elaboração deste que é um dos tipos de vinhos mais amados da região.

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Dos vinhos que provamos temos o Villa Rosa Ribaldoni Chianti Clássico 2016. Um vinho “Pronto para beber” que já expressa uma característica marcante nos aromas, evidenciando fruta, especiarias, café e um leve tostado. Em boca confirma o café e o tostado com notas de chá, boa acidez e final prolongado.

Um vinho na faixa de R4 290,00 e comercializado pelo Clube Edega. É um DOCG com composição 100% de Sangiovese. O teor alcoólico ede 14,5% está em equilíbrio com o conjunto, sendo que o mesmo passou 12 meses em Bottis de grande volume e seis meses em garrafa antes de ser comercializado.

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Mas a grande expressão dos vinhos degustados neste dia, foi sem dúvida o vinho Villa Rosa Chianti Classico Gran selecione 2015. Um vinho excepcional e de guarda, daqueles para serem provados lentamente e saboreando cada gole. Muito jovem ainda, revela todo o seu potencial como um DOCG dos melhores, ao aportar aromas de grande complexidade que vão do chocolate, especiarias, fruta, cacau e ser sedoso em boca, tânico na medida certa e trazer um final longo, persistente e untuoso. Vinho que pede harmonização com comida.

100% Sangiovese, com teor alcoólico de 13,5% e 15 meses de passagem em grandes Bottis,  três meses em concreto e mais um ano em garrafa, este exemplo de Chianti moderno nos inspira e nos faz admirar ainda mais este país e região que tanto amamos. O preço de mercado é alto, por volta de R$ 795,00 em que vale cada gota, já que foram produzidas apenas 13 mil garrafas.

Estamos ansiosos para poder provar os vinhos de outras regiões e propriedades do grupo, já que expressam de forma sublime todo o potencial do terroir e das características climáticas de onde se encontram.

Saúde e até breve!

Almoço no Celeiro da Fazenda e o vinho Philosophia em degustação inédita de suas duas safras

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Não é sempre que temos a oportunidade de reunir um Chef e seus pratos especialíssimos com a inédita degustação de 2 safras do vinho Philosophia da Vinícola Góes.

No caso o Chef é o Arturo Salano, experiente na elaboração de seus pratos e apresentando um conceito de comida do interior no Restaurante Celeiro da Fazenda, localizado na zona norte de São Paulo, onde estive.

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O restaurante e os pratos elaborados, era tudo o que precisávamos para que a experiência de provar o vinho Philosophia em suas duas únicas safras fosse completa.

Já havia provado a primeira safra do vinho (2014), elaborado com 100% da uva Cabernet Franc. A ideia era provar as duas safras (2014 e 2016) harmonizando com comida variada.

Philosophia safra a ser lançada em 2018

Philosophia safra a ser lançada em 2018

Em visita a Vinícola Góes, eu e meu amigo jornalista Álvaro Cézar Galvão, fomos os únicos a provar a safra 2017 ainda em tanques de inox, safra a ser lançada no decorrer do ano de 2018. Um vinho que promete no nosso entendimento, ser o melhor de todas as safras anteriores, pelo potencial tânico e características apresentadas na prova pré evolução em barricas de carvalho. Ao menos este foi o nosso consenso de momento.

O que podemos dizer de toda esta experiência, é que o conceito de harmonizar vinho e comida, experimentar diversos pratos e opções, se torna completo justamente pela tentativa e erro.

No caso esta prova de safras do Philosophia envolveu pratos com carne vermelha, aves, suínos e entre saladas, risotos e linguiças, a cada gole, evidenciamos os sabores e aromas.

Antes porém a prova foi ás cegas e sem alimento, sem sabermos que safra era. Verificamos que a safra mais atrativa, em evolução e características de complexidade, ainda era a safra 2014. Claro, a safra 2016 tem potencial de evolução ainda não ocorrido, mas julgamos que a safra do 2014 revela nuances únicos e exclusivos.

No final o consenso de harmonização perfeita, se deu no vinho da safra 2014 com carne e do vinho 2016 gostei bastante com o frango assado.

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Mas voltando ao Chef Arturo, fomos recebidos com simpatia em sua casa, e pudemos provar todo o seu buffet e ainda alguns pratos feitos exclusivos para a ocasião, como o risoto de funghi com cebola roxa e o pernil de cordeiro assado no vinho tinto, regado ao molho de jabuticaba e acompanhado de mini legumes assados na manteiga de ervas. Um show!

Restaurante Celeiro da Fazenda

Unidade Santana: Rua Luiz Dumont Villares, 651

Fone: (11) 2950-6090

Funcionamento:

Seg à Sexta – 12h às 15h30 e das 18h às 23h

Sáb e Dom – 12h às 23h

 

Unidade Perdizes: Rua João Ramalho, 647

 

Fone: (11) 3862-0578

Fone 2: (11) 3675-2696

Funcionamento:

Seg à Sexta – 11h30 às 15h30

Sáb, Dom – 12h às 16h30

 

 

 

 

Toro! Toro! Toro! O vinho espanhol é uma realidade, para saborear, degustar e conhecer!

Estive no evento de vinhos espanhóis, da D.O. Toro, da Espanha, realizado no Espaço 011 Eventos, no último dia 13 de março. Um evento que além de ter passado por São Paulo, passou por Brasília e Rio de Janeiro.

Para quem ainda não conhece, a D.O. Toro tem seus vinhos emblemáticos e históricos. Está localizada entre 650 e 750m de altitude, banhada pelo Rio Duero e na sua grande maioria, formada por vinhas velhas.

A principal casta (uva) é a Tinta de Toro, ou mais conhecida entre nós pertencente a família da Tempranillo. Mas há outras uvas, como a Garnacha, a Verdejo e a Malvasía.

O clima na região é quente, o que proporciona o amadurecimento das uvas, conferindo um teor alcoólico elevado e equilibrado no conjunto, e na maioria dos vinhos.

Alguns vinhos tintos têm até uma doçura na boca, a cor se mostra intensa em função do contato com as cascas e a característica da própria uva. A fruta é intensa e bem perceptível.

Nos brancos, a predominância por vinhos da casta Malvasia e Verdejo, muito aromáticos, porém menos expressivos do que os tintos.

Provei uma infinidade deles, e é bem perceptível o toque que cada produtor dá ao seu vinho, a sua história.

Os vinhos jovens não estagiam em barricas de carvalho. Já os mais complexos e com maior estrutura, passam  maior ou menor tempo, proporcionando aromas terciários e toques sutis que vão da baunilha ao coco e chocolate.

Claro que um vinho é diferente do outro, mas no âmbito geral, é isto.

Tenho que destacar sem sombra de dúvidas, os vinhos do produtor Elias Mora SLU.

 

Catalina Madra, da Elias Mora

 

Provei todos os que estavam lá, e do início ao final, me encantei.

Provei deste produtor, os seguintes vinhos:

– Viñas Elias Mora 2009. Uva: Tinta de Toro. Estágio de seis meses em barricas de carvalho americano. 14% de teor alcoólico;

– Crianza Elias Mora 2008. Uva: Tinta de Toro. Estágio 6 meses em barricas e 14,5% de teor alcoólico;

– Gran Elias Mora 2007. Uva: Tinta de Toro. Estágio de dezessete meses em barricas de carvalho francesas novas. Teor alcoólico de 15%.

– 2V Premium 2008. Uva: Tinta de Toro. Estágio de dezessete meses em barricas de carvalho francesas novas, com fermentação maloláctica em barricas. Apenas 2000 garrafas.

– Dulce Bena Vides. Uva: Tinta de Toro. Este último, um tinto doce para o qual foram elaboradas apenas 3.000 garrafas. De coloração intensa. Muito complexo, um forte toque balsâmico no nariz e na boca. Passando três meses em barricas francesas.

Dulce Benavides: tinto doce elegante e aromático

Além de muitos outros vinhos, provei me chamou a atenção os vinhos trazidos pela B-Cubo importadora, do produtor Carmen Rodriguez Mendes, da Bodega Ramón Ramos e adorei os vinhos do produtor Monte la Reina Bodegas.

Linha Carodorum, trazidos pela B - Cubo

Monte La Reina Bodegas

Fica difícil não ser injusto quando se fala de uma degustação bem uniforme e alinhada como foi esta degustação, assim, meu conselho é o de que os vinhos da D.O. Toro foram imperdíveis e me agradaram em toda a sua vastidão de amostras. Parabéns aos organizadores!