Os vinhos, o vento e as flores no tempo…

Ah! Não poderia ser diferente, iniciar o post com coisas tão maravilhosas como falar dos vinhos e estabelecer uma analogia com as flores, o vento  e o tempo.

Sim, porque no tempo de todos nós, o tempo é que nos leva a mudar nossas posições, crescer, como levados pelo vento, ao sabor da vida e dos acontecimentos.

O vinho é a paixão eterna. Começando pela cor, pelos aromas, pelo sabor, pela complexidade. E tudo o que dá seus frutos, antes é flor. Que desabrocha e carrega através do vento, suas sementes, para propagar a vida na terra, se estabelecer em outros lugares, perpetuar algo em todas as direções.

O vinho é a planta transformada. Não há como não falar do vinhedo, das uvas, do parreiral. Provei tantos vinhos, tantos foram marcantes, outros sumiram nas lembranças, assim como a flor que nasce e morre, dando lugar a outras que virão.

Uma garrafa aberta e consumida, jamais será igual á outra, simplesmente porque o momento de consumo é outro. O clima é outro, as pessoas são outras. Quem tem a memória olfativa sabe perceber, as sutilezas do aroma que marca a memória e as lembranças em nossa mente. É realmente sutil, único e muito particular. Por isso tomo as pontuações dos grandes especialistas, apenas como uma base para errar menos e buscar minhas próprias opiniões, errando por mim mesmo, em meu gosto particular.

Hoje vi esta flor, “Dente de Leão”. Pensei no tempo, no vento, na vida que caminha com o programado, mas também com o imponderável. Para muitos, chamado de sorte, para outros, chamado de oportunidades.

Sinto o vento, percebo o vinho descendo suavemente e marcando minhas lembranças, clareando minha mente pelo momento especial de cada gole.

Não vou falar especificamente de um vinho, mas sim, destacar estas sensações tão únicas que nos fazem ser, indivíduos especiais nesta existência.