O verão, os vinhos brancos, os rosés e os espumantes

Nesta época do ano, onde o calor “fala mais alto”, é impossível não falar de vinhos frescos e que são, em sua maior parte, nossas companhias na praia, na piscina ou no momento de puro lazer.

Os vinhos brancos, rosés e espumantes são assim: descontraídos e descompromissados.

Quando o sol aperta e a sombra é o único refúgio após a piscina ou a praia, lá estão eles, no balde nos esperando, como se para nos dar o alívio e atiçar ainda mais nossos sentidos, trazendo o frescor na boca e o gosto da uva compactado em um só lugar.

Sempre gostei desta época. Ela lembra liberdade.

Liberdade é esta sensação de poder ir e vir de forma despreocupada, como são estes vinhos. Não há stress, apenas desfrutamos das coisas. A sensação trazida por isso tudo é única e muito particular. Esta analogia com os vinhos pode ser notada simplesmente segurando uma taça nestas condições que descrevi.

Recomendo para quem gosta, um bom Chardonnay ou Chablis, pela leveza e pela elegância. Entre os rosés, o Casal da Coelheira de Portugal surpreende e é uma das minhas preferências. Além disso, foi eleito como o melhor rosé de 2010.

 

Mas há ótimas opções em vinhos de todo o mundo, basta procurar seu estilo e sem dúvida provar bastante, pois vinhos é experimentação.

O meu gosto pela Chardonnay vem de longe. Com passagem em madeira, ou mesmo um Chardonnay do “Velho Mundo” com estilo da fruta predominando, e ainda o Chablis.

Temos alguns exemplares disso tudo, como cito abaixo 3 vinhos:

Montes Alpha Chardonnay 2009: Da região de Casablanca, Chile, este Chardonnay se caracteriza pela exuberância epela fruta. Com 70% em passagem por madeira, é agradável, tem um corpo médio, é untuoso e elegante.  Um vinho sem dúvida muito bem feito. Um vinho na faixa de R$ 88,00.

Tarapacá Gran Reserva Chardonnay: Produzido no Chile, da região do Vale do Maipo e Vale de Leyda. Um vinho com 13% de teor alcoólico que estagia em 90% em barricas de carvalho francês. Colheita manual, notas de frutas e minerais, aromas tostados fruto da passagem em barricas. Na faixa de R$ 64,00.

Chablis Domaine Long-Depaquit 2009: Não poderia faltar um Chablis francês. Um vinho muito saboroso, fresco e mineral, com toques florais. Do produtor Albert Bichot, na faixa de R$ 98,00. Vinho elegante como se caracterizam os vinhos deste produtor e o cuidado com as uvas em todo o processo.

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Saúde á todos!

Nativa, da Viña Carmen, proposta de vinhos orgânicos traz fruta e frescor

 

 

A recém criada vinícola apresentou seus vinhos em degustação promovida pela Mistral.

Nativa é parte do projeto da Viña Carmen, do Chile e foi criada em 1995. Já em 1999, a empresa foi certificada como a primeira a ter o selo de vinho orgânico.

Em 2009, a Nativa Eco Wines, foi criada e virou parte do portfólio do Grupo Santa Rita, com ambiciosos planos para o futuro, em se falando de vinhos orgânicos e sustentabilidade.

Foram degustados 7 exemplares de criação do enólogo Felipe Ramirez, cuja experiência foi adquirida nos vinhedos biodinâmicos da Alsácia, na França.

O conceito é trazer a “fruta” e toda a sua origem no olfato e paladar, em confluência com a necessidade atual de algo sustentável e coerente com a natureza, o homem e seu bem estar diante da preservação ambiental.

Total interação com a natureza

Claro, por ser orgânico, não leva nenhum tipo de agrotóxico ou defensivo. Seu adubo é orgânico elaborado com os resíduos da fruta, entre outros componentes naturais.

Foram criadas duas linhas: A Linha “Terra Reserva” e a Linha “Gran Reserva” e pude provar os seguintes vinhos:

Nativa Terra reserva Sauvignon Blanc 2009: 100% Sauvignon Blanc, com teor alcoólico de 13,5%. Um vinho fresco, com aromas de frutas doces e cítricas, anis, na boca corpo leve e boa persistência. Sem passagem por madeira. Faixa de preço: R$ 39,00.

– Nativa Terra Reserva Sauvignon Blanc 2011*: 100% Sauvignon Blanc, com teor alcoólico de 13,5%. Um vinho excepcionalmente aromático, intenso, floral, “vivo”. Com grande acidez e presença de boca. Grande harmonia no conjunto. Um vinho que realmente vale a pena. Pela elegância e explosão de aromas. Harmoniza maravilhosamente com frutos do mar, ostras e peixes, e também com uma boa salada Ceaser. Tem um toque de limão na boca. Faixa de preço: R$ 39,00. Diferente do anterior é sem dúvida o melhor vinho branco provado neste dia!

– Nativa Terra Reserva Gewürztraminer 2008: 100% Gerwürstraminer. Teor alcoólico de 13%. Um vinho leve com aromas de pêra doce, médio corpo na boca, untuoso e fresco. Com uma dose de açúcar residual. Harmoniza com molhos agridoces, comida japonesa e indiana. Faixa de preço: R$ 39,00.

– Nativa Gran Reserva Chardonnay 2006: 100% Chardonnay. Teor alcoólico de 13,5%. Passagem de 12 meses por barricas de carvalho de 1º e 2º uso. Um Chardonnay diferente, meio envelhecido, sua característica própria gerada pelo toque orgânico. Aromas torrados, amanteigado na boca. Harmoniza com peixes mais gordurosos, frango e massa com molhos temperados. Faixa de preço: R$ 59,00.

– Nativa Terra Reserva Carmenère 2008: 90% Carmenère, 10% Cabernet Sauvignon. Teor alcoólico de 14%. Vinho com coloração roxo vivo, aromas de pimenta negra e pimentão vermelho. Passagem de 4 meses por barricas de 2º e 3º uso. Faixa de preço: 39,00.

– Nativa Terra Reserva Cabernet Sauvignon 2007: 90% Cabernet Sauvignon, 5% Merlot, 5% Carmenère. Aromas adocicados e de mentol, anis, com leve toque animal. Na boca pimentão. Corpo leve. Envelhecido por 6 meses em carvalho americano. Faixa de preço: R4 39,00.

– Nativa Gran Reserva Cabernet Sauvignon 2006*: 100% Cabernet Sauvignon. Um vinho com aromas de hortelã e menta. Na boca “mato” fresco, um toque herbáceo, balsâmico, com bom corpo. Um vinho diferente, elegante e vibrante. Vale á pena experimentar. Dos tintos, foi o que mais gostei. Faixa de preço: R$ 75,00.

* Os vinhos que para mim, foram destaque

 Saiba mais acessando o link: http://www.nativa.cl/ingles/historia.html

 

 

Ravin e Valdivieso, uma parceria que vem fazendo história

 

Estive nesta última terça feira, dia 12 de Junho, em degustação promovida pela Importadora Ravin, no Restaurante Praça São Lourenço, na Vila Olímpia.

O objetivo foi á divulgação da parceria, que já se apresenta com excelentes resultados nas vendas, e apresentar os vinhos que compõe o catálogo de produtos da Ravin, deste produtor.

Quando do lançamento do catálogo de produtos da importadora em março deste ano, já havíamos provado um dos vinhos do produtor, que havia chamado muito nossa atenção. Tanto pela qualidade do vinho, como pela uva que o compõe, a Cabernet Franc.

Apresentação Valdivieso

O vinho em questão é o Valdivieso Single Vineyard Cabernet Franc 2007. Um vinho do Vale de Colchagua, Chile, de grande complexidade aromática, harmonioso, equilibrado, estruturado e elegante. Feito 100% da uva Cabernet Franc, estagia 12 meses em barricas de carvalho francês e possui 14% de teor alcoólico.

Para mim, o melhor e mais agradável vinho da noite, embora houvesse outras estrelas e vinhos impressionáveis.

Valdivieso Cabernet Franc 1998: O vinho estava bem "vivo"

Mas, o que realmente me chamou a atenção foi o fato de ter a oportunidade de provar a safra 1998 no jantar que foi servido em seguida. Excelente! Uma surpresa e tanto perceber que tanto nos aromas como no palato, o vinho se apresentou intenso e ainda mais complexo, determinando sua capacidade de guarda e longevidade.

Não posso deixar de falar também do vinho branco, o Valdivieso Gran Reserva Viognier 2010.

Um vinho com coloração amarelo/palha, brilhante, com notas aromáticas de frutas, aromas finos. Na boca grande frescor e intensidade. Um vinho de corpo e que pelo seu teor alcoólico de 14%, pede alimento.

20% do mosto fermenta em barricas de carvalho francês e este mesmo percentual estagia em barricas por seis meses.  Os outros 80% fermenta e estagia em inox.

O produtor possui uma linha básica para consumo no dia a dia, a linha Winemaker Reserva, a linha Gran Reserva, linha Single Vineyard e linha Prestige.

Abaixo os vinhos degustados e a ordem que foram apresentados:

– Valdivieso Gran Reserva Viognier 2010: 100% Viognier, 14% de álcool, do Vale de Curicó. Faixa de preço R$ 74,00.

– Valdivieso Gran Reserva Carmenère 2009: 100% Carmenère, 15% de álcool, do Vale de Colchagua. Vinho com aromas de frutas intensos, na boca pimentão vermelho cozido, o que lhe confere a doçura percebida. Faixa de preço R$ 74,00.

– Valdivieso Single Vineyard Cabernet Franc 2007: 100% Cabernet Franc, do Vale de Colchagua, 14% de álcool, um vinho maravilhoso! Faixa de preço R$ 89,00.

– Valdivieso Single Vineyard Cabernet Sauvignon 2008: 100% Cabernet Sauvignon, do Vale de Maipo, 14,1% de álcool, com notas adocicadas, 90 pontos conferidos por Robert Parker. O vinho amadurece por 12 meses em barricas de carvalho francês. Faixa de preço R$ 89,00.

– Valdivieso Éclat 2007: das uvas 65% Carignan, 20% Mouvédre e 15% Syrah. Do Vale de Maule e com 14% de álcool. Um vinho bastante expressivo e tânico, com acidez e equilíbrio. Faixa de preço R$ 99,00.

– Valdivieso Caballo Loco nº 12: Um vinho das uvas Cabernet Sauvignon, Malbec, Carmenère e Merlot, sem safra. Mistura em sua composição, safras de vários anos.

Talvez a grande aposta do produtor e do importador, pelo corte das uvas e pelo apelo de “mistério” na composição. Tornando-o complexo, com taninos macios e harmoniosos. Faixa de preço R$ 235,00.

Do Vale de Maipo, Vale de Colchagua e vale de Curicó. 14,6% de teor alcoólico, permanecendo 18 meses em barricas de carvalho francês.

Valdivieso Caballo Loco nº 12

– Valdivieso Éclat Botrytis Semillon 2007 – 375 ml: Um vinho de sobremesa do Vale de Curicó, feito 100% da casta Semillon, e teor alcoólico de 8,7%. Passa em parte por barricas, dando uma complexidade a mais nos aromas e no palato. Aromas adocicados e de fruta, na boca sensação de mel. Faixa de preço R$ 116,00.

Claudio da Vinnobile

Jantar com os vinhos da Valdieso, após a degustação

Almir da Vinnobile e Vinho dos Anjos

Bem, mas o que mais me chama a atenção, é a seriedade como a importadora tem conduzido seus trabalhos e escolhas dos vinhos, aproveitando as oportunidades e se preparando para ter em seu portfólio de produtos, por volta de 300 rótulos, dos 5 continentes.

Sem dúvida ainda ouviremos boas histórias e veremos grandes resultados sobre os vinhos e sobre a importadora.

Ainda bem, assim, quem aprecia vinhos com certeza saíra ganhando! Saúde!

Veja mais em: http://vinhodosanjos.wordpress.com/2011/03/22/ravin-lanca-seu-novo-portfolio-de-produtos-um-mergulho-apaixonante-no-mundo-dos-vinhos/

A Temperatura do vinho…

Não, não é o que você está pensando. Vou falar sim sobre a temperatura de servir o vinho, seja ele branco, tinto ou rosé, mas vou falar sobre isso, depois de falar sobre a temperatura do vinho que “CHEGA” até você.

Trabalhei gerenciando lojas de vinhos, e também como bom observador, sempre vi os vinhos expostos nos pontos de venda.
O que posso dizer, é que o vinho realmente “sofre”.
Sofre desde que parte lá do produtor, até chegar ao país de seu destino final (se não for vinho nacional).
Além da oscilação no transporte, que deixa o vinho “nervoso”, é claro que há também a oscilação na temperatura e a influência da luminosidade.
O que se dirá então, do vinho parado no porto, esperando a liberação?
Sofre, sofre muito com o calor.
É algo assim como trabalhar de paletó em um país tropical com temperaturas no verão, acima de 30° C, como é o nosso caso.

Inconcebível!

Com o vinho ocorre o mesmo. Vi e senti várias vezes a temperatura que os vinhos chegavam às lojas, principalmente no verão. As garrafas ficavam quentes.
Se existem empresas que fazem o transporte em veículos refrigerados, elas são poucas.
Na verdade, todos tampam os olhos para  os fatos e para o custo que seria implantar em grandes redes ou em produtores e transportadoras, este procedimento que seria o ideal.
Ás vezes ouço falarem do vinho nacional com desprezo, mas já imaginaram ter uma garrafa acima de US$ 1.000 ou US$ 2.000 sem refrigeração? Quem vai dizer que está ruim, não digo estragado, mas sofrido mesmo. Quais seriam os comparativos ou a argumentação?
O vinho nacional pode até, por negligência de algum transportador, sofrer no transporte, ficar “nervoso”, mas é sem dúvida uma boa opção para aqueles que não querem um vinho que tenha sofrido tanto com desembaraços alfandegários, a ponto até de “cozinhar”.
Mesmo porque, no caso do vinho nacional, este está subindo de qualidade. Vide os ótimos espumantes e prêmios que vem conquistando, assim como os tintos.
Certa vez ouvi em um curso que o vinho na geladeira, no abre e fecha da porta, recebia muita luz e poderia estragar. Ora, convenhamos, se ele tiver que estragar estraga antes, no ponto de venda com muita luz e na oscilação da temperatura.
Dei risada, porque é claro, estamos falando em abaixar a temperatura no refrigerador. Se alguém guarda o vinho na geladeira, é até válido a observação, com ressalvas. Existem muitas outras variáveis a serem levadas em conta e, ou se entende um pouco de vinho (e aí o cuidado é valido) ou não se entende nada e não se perceberá a diferença entre o que é bom e o que é ruim.
Portanto, lembro bem: ao comprar um vinho, veja a sua exposição no ponto de venda, se recebe muita luz, a safra, a qualidade do rótulo (se está rasgado e sujo, pode ser um bom indicativo ), veja a cápsula, se está intacta ou se houve ou se percebe vazamento e qual é o importador no contra-rótulo.

No mais, meu amigo, conte com a sorte…

O Serviço do Vinho e sua temperatura ideal.

Em geral, o vinho é servido à temperatura de refrigerador para os brancos e entre 18° -20° C para os tintos. Isto seria um resumo do básico, mas não o ideal.

Temos vários tipos de vinhos brancos e tintos, assim como vinhos rosés. Além das variáveis como a temperatura ambiente (pode estar muito quente ou muito frio), o que determina a elevação ou manutenção da temperatura do vinho, após aberto.
Use para os espumantes, a temperatura entre 6° – 8° C, para os brancos, de 6° – 9° C. Quanto mais licoroso ou doce, aumente a temperatura em relação aos 6° C fixados inicialmente, podendo chegar até os 10° – 12° C dependendo do tipo e estrutura do vinho.
Para os rosés, a temperatura ideal seria de 6° – 8° C.
Com relação aos tintos, quanto mais jovens, sirva-os mais frescos, entre 10° – 12° C. Tintos comuns entre 14° – 15° C e para os encorpados e estruturados mantenha na casa dos 17° – 18° C.
Lembre-se que o vinho em um país tropical com elevadas temperaturas no verão, aquecem rapidamente. Use um balde de gelo e aos poucos vá aumentando a temperatura da garrafa, acrescentando pedras de gelo ao balde.

Na dúvida, prefira servir o vinho mais fresco do que de costume, aos poucos ele irá se aquecendo e mostrará todo o seu teor e complexidade.

Saúde!