Vinhos: O que foi o ano de 2018 e perspectivas para o ano de 2019

20171011_080119

Eventos e degustações marcaram o ano como nenhum outro

O ano de 2018 foi um ano agitado no mundo dos vinhos. Muita coisa acontecendo e uma virada na forma de abordagem junto ao consumidor, nas redes sociais e também no surgimento de sites de venda de vinhos.

Aos que ainda não perceberam, a abordagem “chata” continua sendo o e-mail marketing desenfreado e sem medidas nos envios. O mundo virtual mudou, os jovens de hoje pouco abrem seus e-mails. Estão mais conectados às redes, incluindo uma enxurrada de stories no Instagram que deixou para trás o obsoleto Facebook, ainda ferramenta de compartilhamento, mas sem dúvida menos dinâmica.

E os que como eu têm mais idade, buscam acompanhar o ritmo das coisas e inovar sempre.

A velocidade em que as coisas acontecem é a de um “tiro”. Nunca se assistiu tantos vídeos curtos e a cabeça busca fixar em velocidade impressionante todas as informações e imagens de forma resumida, ou seja, filtrando o que é importante para cada um.

Vimos um grande player do mercado se “atrapalhar” em suas programações de compras e previsões, mostrando que o negócio do vinho vai além de preço e baixa qualidade. Algo a se pensar em termos de marcas solidificadas e construídas ao longo do tempo, em investimentos de dinheiro, empenho e dedicação, desenvolvidos por produtores sérios e competentes já estabelecidos.

E mesmo os pequenos e médios produtores, que seguem a risca suas tradições, mantendo a qualidade e buscando seu espaço, estes sim, têm grande mérito e possibilidade de sucesso.

O ano for marcado por grandes degustações, dentre elas o Gambero Rosso, o evento de vinhos de Chianti, degustações específicas e focados de importadoras como a Decanter, Mistral, Vinci, De Vinum, entre outras e mesmo degustações dirigidas desenvolvidas pelas comissões dos Vinhos de Portugal, Vinhos Verdes, Alentejo, Tejo, produtores independentes e eventos de degustações do setor, que foram muitos.

Também tivemos muita procura por cursos de vinhos, em todos os níveis, o que mostra um interesse pelo vinho e sua cultura, jamais visto em outros tempos.

Tudo isto na minha visão implicará no médio prazo, até mesmo no próximo ano, em aumento do consumo caso nossa política e economia permaneçam ao menos estabilizadas.

Quanto à presença de mais sites de venda de vinhos, uma quantidade enorme de sites surgiu. E para quem ainda buscar se aventurar na internet, vai um conselho de quem já atuou com site próprio e também desenvolveu um dos grandes players do mercado de vinhos:

Internet é investimento, planejamento, foco e inovação. Em tudo isto ainda há a adaptação às redes sociais e sua dinâmica, e a necessidade de um intenso trabalho de marca, diferenciais de mercado, suor e muita dedicação.

È preciso “ser visto”, “ser lembrado” para poder atuar neste segmento, e mais, um dos grandes gargalos são os preços, daí a necessidade de importações próprias. Há também a logística, fator que derruba todo e qualquer site mais bem planejado.

A logística é o grande “buraco negro” de se operar no Brasil com vinhos, visto que é mercadoria sujeita a quebras, além é claro dos valores de frete.

Obviamente o fator qualidade de produto e preços justos são as necessidades primárias do negócio.

Acredito que no ano de 2019 teremos surpresas. O otimismo mesmo não sendo 100% verdadeiro contagia e alimenta a continuidade dos negócios.

Fez surgir vários eventos no setor de vinhos durante o ano e o mercado não estagnou.

As perspectivas são boas em relação aos anos anteriores (2017/2018), o que por si só já é uma boa notícia para o setor.

Bem, desejo saúde e muitos vinhos e degustações neste próximo ano.

2019

Sucesso!