Os aromas e a complexidade dos vinhos

Os aromas são a nossa história olfativa adquirida em toda a vivência através das recordações e das nossas experiências.

 

Eles estão marcados e marcantes nos vinhos, podem nos dar indicações de onde a uva  foi plantada, se os vinhos foram armazenados em barricas de carvalho, se têm aromas de frutas, de flores, de chocolate ou baunilha, entre outros.

Todas estas características encontradas, não significam que se acrescentou algo ao vinho. São indicativos de cada tipo de vinho e da complexidade maior ou menor, encontrada em cada um deles.

 

Em constante evolução, o vinho se transforma dia a dia, numa lenta mudança de cores e aromas, perceptível somente no momento que são abertos.

Os vinhos têm sua característica particular e focam em níveis de público diferentes e para diferentes ocasiões.

 

Existem trabalhos ligados a parte sensorial, com enfoque nos aromas, e ligados á percepção.

A complexidade é um indicativo de qualidade. Vinhos de guarda, são vinhos que têm um grande potencial para envelhecerem ao longo dos anos, sem porém, perderem qualidade.

Na verdade, em constante evolução, eles se tornam mais complexos, por serem um organismo vivo, em constante evolução.

 

O vinho é a planta transformada. Não há como não falar do vinhedo, das uvas, do parreiral, que representam o “terroir”, ou seja, tudo o que envolve o vinho desde o plantio.

Uma garrafa aberta e consumida, jamais será igual á outra, simplesmente porque o momento de consumo é outro. O clima é outro, as pessoas são outras.

 

Quem tem a memória olfativa sabe perceber, as sutilezas dos aromas que marcam a memória e as lembranças em nossa mente.

 

É realmente sutil, único e muito particular esta percepção. Quando analisamos as pontuações dadas aos vinhos, pelos grandes especialistas, tomamos como uma base para errar menos e buscar nossas próprias opiniões. O que vale é o gosto particular.

Pode até soar meio estranho, mas nos aromas estão as nossas vidas, nossas lembranças únicas e particulares.

 

Quando sentimos um “cheiro” ele nos remete a algum momento do passado, nunca do futuro, porque são memórias adquiridas pelo nosso inconsciente.

Quanto mais avançamos no conhecimento e na soma da nossa memória olfativa, mais temos possibilidade de perceber nos vinhos, o que cada aroma representa e assim podermos definir boa parte da sua complexidade.

 

Há referências olfativas, ligadas ás frutas e seus aromas primários, há os ligados aos aromas de envelhecimento (passagem em barricas de carvalho), como os de chocolate, de baunilha e caramelo, entre outros.

 

Mas o importante mesmo é poder degustar e sentir o prazer de fazê-lo. Saúde!

 

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