O Vinho como liberdade de expressão. Escolhas

Todos nós temos as nossas preferências. Na vida buscamos o que mais nos agrada, o caminho mais suave, as oportunidades agarradas sem hesitação.

Os vinhos são particulares. Quando escolhemos um, é porque gostamos, ou porque nos recomendaram (e aí só depois saberemos se gostamos), ou porque algo, sua história, seu rótulo, seja o que for, nos chamou a atenção.

Escolher um vinho em uma prateleira não é tarefa fácil. Temos uma gama de possibilidades que nos atraem, nos direcionam e nos influenciam.

Assim como a vida, somos levados ás vezes pela aparência. A casca, o rótulo. Mas, tudo o que importa, é o conteúdo, o líquido, o que levamos em nós internamente, o que somos, o que o vinho é.

Quantas vezes não nos deixamos levar por tudo isto? Quantas vezes erramos nas escolhas mal definidas, nas coisas mal interpretadas. E assim como todos nós, o tempo dirá a verdade. O vinho envelhece na garrafa, se torna outro, novas descobertas, ou decepções de uma vida pouco longeva.

Somos a soma das nossas experiências. O vinho é a soma de sua transformação na garrafa, aliada ao que ele era ao ser concebido.

Carregamos nossa marca desde o nascimento, o vinho também. Temos nossas heranças genéticas, nossa aura presente desde a criação. O vinho carrega esta marca, esta aura de concepção, que o torna um vinho de guarda, ou algo a ser consumido ligeiramente, quase sem expressão de vida, algo imediatista, prazeroso apenas em um instante, mas sem caráter permanente.

Escolher um vinho se assemelha a escolher caminhos. “O que eu quero beber?”. “O que eu quero para mim?”. “Para onde e com quem eu seguirei?”. “O que eu quero que permaneça em minhas memórias, no vinho ou na vida?”. “Serei feliz assim?” “Acordarei bem amanhã?”

Questões para as quais, podemos ter respostas simples, se olharmos o vinho e fizermos uma comparação com nossa vida, não é verdade? Basta simplificar o que parece tão complicado e fazer e provar do que se gosta, Sem rotulagens, experimentar.

Talvez para muitos isto seja confuso, como ainda é a escolha do seu próprio vinho, mas há aí um segredo, que nos faz envelhecer somando, e buscando o melhor em nós e nos vinhos.

 

 

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