Os vinhos, o “timer” da vida e o equilíbrio

 

Não há como falar de vinhos e de vida, se não considerarmos a questão do equilíbrio.

Quando bebemos um vinho e sentimos que há uma parte dele em desequilíbrio, seja a questão do álcool ou mesmo da madeira em desacordo, sentimos este desequilíbrio que acaba por estragar a harmonia que deveria estar presente.

O álcool em demasia também é outro fator a ser levado em consideração na questão do equilíbrio e harmonia.

Assim é também a vida. Em seus altos e baixos a vida nos leva a estados que variam do contemplativo ao estado agitado. Esta agitação se sobrepõe por vezes, ao estado natural de equilíbrio que deveríamos manter, alterando nosso estado físico, pelo descontrole emocional.

O vinho, além de ser bom para a saúde comprovadamente, também desperta as emoções, constrói relações e proporciona o encontro de pessoas naquilo que se pode chamar de compartilhar.

Também já ouvimos a frase: envelhecer com sabedoria. Que nada mais é do que saber viver.

Quando trato do “Timer” da vida, falo da passagem, do crescimento individual, do equilíbrio de se envelhecer e manter-se com a mente jovem.

Quando olhamos a criança que nasce, podemos comemorar seu nascimento brindando a felicidade do momento. E ao longo de toda a existência, nossas experiências nos remetem ao aprendizado e a experimentação.

Assim é com os vinhos: um eterno experimentar e saborear, num aprendizado sem fim, porém de extremas sensações vivenciadas em cada gole.

Sabemos que ao longo da vida somos pegos em situações que nos determinam viver desafios, avançar, contornar obstáculos e buscar a felicidade.

Neste determinado tempo, no “timer” da vida, experimentamos e experienciamos coisas.

O “timer” da vida é o tempo em que podemos realizar os sonhos, tudo o que planejamos.

O “timer” nos vinhos é a duração, seu ciclo de vida, sua ascensão e declínio, seu instante de consumo, seu momento eternizado na memória olfativa e sensorial.

E não há como falar de vinhos e de vida, se não considerarmos a questão do equilíbrio.

E é nesta sinergia de comparações que acabamos por nos encontrar, como somos nas nossas preferências e nos nossos desejos de tornarmos eternas nossas lembranças.

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